E eu lhes apresento: Sam, o babaca; Oliver, o louco; Traci: a dormente ; Gail: a traumatizada e um final pra terminar de esmagar nossos coraçõezinhos.
Esse episódio de Rookie Blue começa
como outro qualquer, mas não se engane, ele é provavelmente o mais tenso da
história da série.
Se a renovação de Rookie Blue dependesse desses dois últimos episódios eu não sei, de verdade, se teríamos uma segunda temporada.
Quando Rookie Blue estreou era uma pérola no meio de tantas coisas medíocres da Summer Season. Adorei o Piloto e resolvi seguir com a série, que encantava mais a cada episódio. Era tudo simples e interessante, tínhamos personagens bacanas e uma coisa milagrosa: protagonista carismática.
O “Grey’s Anatomy” com policiais logo fez sucesso e ganhou a renovação - o que me deixou bastante feliz - mas depois, a trama desandou. Não sei se essa posição confortável, de ter uma temporada completa já confirmada estragou Rookie Blue, mas alguma coisa aconteceu. De fato, essa é minha opinião: nenhuma série com dois episódios tão fracos de encerramento ganharia temporada completa para o próximo ano. É uma triste constatação.
Faltou tudo nesse encerramento e não sou só eu quem está dizendo. Basta que vocês dêem uma olhada no site oficial da série para reparar nas dezenas de comentários exalando insatisfação. A maioria é sobre a enrolação com Andie e Sam, mas acredito que esse seja o menor dos problemas.
Para mim, eles realmente não poderiam acabar a 1ª temporada juntos, por razões óbvias. O que segura o público é a expectativa. Se eu não estivesse interessada em saber o que pode rolar entre eles eu não veria a série. Gerar expectativa é o grande trunfo, mas Rookie Blue destruiu isso e transformou o que tinha de bom em algo absolutamente sem sal.
Eu sei que temos muitos fãs de Luke e Andie, mas convenhamos, não vejo química ali. Tenho a impressão de que Andy está nessa para não ficar com imagem de piranha, que deixa o namorado lindo e loiro para se aventurar com um de seus superiores no trabalho. Já entre ela e Sam, rolam faíscas (e deveria ser assim mesmo) só que não acontece nada. Toda aquela paixão de Sam foi enfiada num saco e enterrada a sete palmos. Talvez seja essa a intenção, mas o público não curtiu muito a ideia. Andy mostra que tem dúvidas e até ciúmes de Gail, mas muito pouco. O resultado é que nos quesitos romantismo e emoção, ambos os episódios ficaram devendo.
Bato nesta tecla porque Rookie Blue é, acima de tudo, uma série sobre pessoas. Pode soar como piada, mas é verdade. Os casos policiais são o de menos (ou deveriam ser), só que, de repente, eles se tornaram o foco principal. Aliás, gostei de ver o modo como o desenvolvimento dos Rookies foi explorado. O momento de maturação profissional ganhou vez, mostrando que, talvez, vejamos mais ação daqui para frente. A “cerimônia” do corte das gravatas os libera do treinamento, mas logo em seguida, todos percebem que o aprendizado ainda não acabou e falta muito até que se tornem policiais experientes. Esse foi, sem dúvida, o aspecto melhor trabalhado na temporada e só posso tecer elogios. Andy, Gail, Traci, Chris e Dov cresceram na trama e seus personagens têm amadurecido bastante. Preciso dizer que Sam, Oliver e Noelle também receberam a devida atenção como treinadores dos Rookies, mas o desenvolvimento de Luke, por exemplo, deixa muito a desejar.
Nem pretendo entrar em muitos detalhes sobre ambos os episódios e o que aconteceu neles, porque o grande problema da Season Finale “dupla” está no que não aconteceu. Quando o “In Blue” entrou nos 10 minutos finais, comecei a preparar o coração para algo forte. Esse episódio PEDIA algum acontecimento bombástico, que nos levaria absolutamente alucinados para os 45 minutos finais, que seriam ainda mais emocionantes, terminando com um cliffhanger ainda mais interessante e o sentimento de: “puta que pariu, eu não sei se agüento esperar até a segunda temporada”! Desculpem o termo chulo, mas é isso aí. É assim que se termina uma temporada, deixando o público louco por mais. Infelizmente, Rookie acabou e eu pensei: “Ah, ok. É isso, então”? Decepção define.
Claro que eu vou ver a próxima temporada, mas espero que melhore. Já entendi que não teremos muita ação e que essa é a característica de Rookie Blue. Aceito isso. No entanto, não posso aceitar que fiquem devendo em drama e emoção, porque honestamente, é isso que faz uma grande série.
PS* Minha frustração com a Season Finale foi tão grande que nem consegui encaixar a clássica piada com as sobrancelhas pretas de Gail. Quem sabe no ano que vem. Até lá.
O episódio dessa semana de Rookie Blue foi tão chatinho, mas tão chatinho, que nem me dá vontade de falar sobre ele.
Tem dias que é melhor esquecer e tem episódios que nunca deveriam ter sido filmados. Não sei vocês, mas Rookie Blue quase me mata de tédio e isso nunca tinha acontecido antes. Foi a primeira vez em que eu torci para acabar logo e me livrar do suplício de uma trama sobre Parkour e outra sobre um pai bêbado. Isso sem falar nas axilas suadas de Gail e no plot mega interessante sobre confiança, do detetive Luke.
Foi uma sucessão de erros. Simples assim. E hoje não pretendo soltar nenhum elogio por aqui, sinto dizer. Todo o lance do pai de Andy foi completamente aleatório. Do nada trazem o cara de volta e querem fazê-lo suspeito de matar um criminoso. E um criminoso bêbado. Começo a achar que a intenção era montar a Liga da Justiça com nosso amigo do Parkour, mas não colou. Claro que voltamos ao drama entre Andy, Luke e Sam. Aliás, entre Andy e Luke. Sam superou e vai muito bem, obrigado. É como se ele nunca tivesse se interessado por sua pupila.
Nada foi mais interessante que o arco de Gail. Uma pessoa tão sem timidez ter tanto medo de fazer um discurso? Achei muito forçado. Para mim, ela tem medo é de que as pessoas riam daquela sobrancelha na cara dela. Eu sei que eu riria. Ou pelo menos ia dar aquela encarada significativa e mandar bilhete por debaixo da mesa, avisando que a “raiz já cresceu” e precisa reforçar o descolorante.
E já que não tem escapatória, vamos destrinchar toda essa incrível trama de ação policial que começa com a genialidade de “uma dupla de dois tiras: Fucker and Sucker”. Acabo de decidir que esse é novo codinome de Chris e Dov. Cai como uma luva, já que eles foram capazes de deixar a chave dentro do carro.
Além dessa demonstração de que confiam na segurança de bairros pobres, a ponto de deixar carro aberto com tudo dentro, ainda tivemos o prazer de ver Fucker and Sucker perseguindo aquele arremedo de Tokusatsu. Guardião uma ova. Se o cara queria pagar de herói japonês devia ter investido num modelito Jaspion que é mais tendência e nunca sai de moda. Faltou ter um veículo que se transforma em robô para dar o toque final, mas é isso: super herói de baixo orçamento nunca sai da periferia. As cenas de ação continuam pífias, para dizer o mínimo e não há nada mais a acrescentar sobre o assunto.
A fórmula se manteve e vários arcos se desenvolveram ao mesmo tempo. Agora, começo a me perguntar quando é que vai começar a ação de verdade.
Série policial sem ação é um paradoxo. Não existe. Não cola. Mas Rookie Blue é justamente isso. E eu gosto. O problema é que, mesmo adorando a série, eu já comecei a questionar algumas coisas (e não era sem tempo).
O resultado é que fico cada vez mais perplexa ao reparar que as cenas de perseguição são tão ágeis quanto efeito de câmera lenta e que os policiais passam mais tempo sentados e discutindo relações do que propriamente fazendo alguma coisa.
Não é que eu imagine que o trabalho de um policial seja correr e perseguir bandidos 24 horas por dia, mas em algum momento isso irá, inevitavelmente, acontecer. O foco aqui são os novatos, porém, situações complicadas não escolhem os mais experientes e imagino que essa falta de ação seja um dos motivos que mantém nossos rookies tão sem talento para uma simples sessão de tiros.
Basta reparar nas cenas em que Andy e Sam precisam recapturar o fugitivo. Peraí! Os dois passaram meia hora batendo papo no capô do carro e saíram para uma leve caminhada na floresta, na esperança de encontrar chapeuzinho vermelho, levando doces para a vovó. E o fugitivo? O mais burro do mundo ou o quê? Pernas pra que te quero, meu filho. Deu bobeira e foi preso de novo. Toda essa seqüência é tão absurda que chega a irritar. Tanto que eu quase (quase) esqueço do drama de Andy dividida entre dois homens, tentando ser amiga do chefe que já agarrou e esperando que nada seja estranho. Ah, e falando. Falando, falando, falando. Sem parar. Quase pedi socorro e imaginei que Sam estava prestes a fazer o mesmo.
Atentarei também para o fato de que Andy é a única rookie que nunca troca de instrutor. Alguém comentou isso comigo em algum lugar, aqui ou no twitter, falando que enquanto Gail e Chris aprendem a profissão sozinhos ou Dov e Traci se afundam em burocracia, Andy tem a vantagem de sempre estar em campo, com um instrutor exclusivo. Mais um defeitinho de produção para nossa lista do dia.
Na delegacia, vimos Gail ter chiliques porque não consegue encontrar o tom certo de tintura para acertar a escuridão contrastante de suas sobrancelhas. Ou quase isso. Na verdade ela está brava com Chris, porque afinal, encobrir crimes é a atitude correta, mas sobra para todo mundo, especialmente Dov, que pulula de uma trama aleatória para outra, sem nunca ganhar uma história para chamar de sua em definitivo.
Toda aquela confusão com o detetive Barber só podia acabar em briga de casal. Pressenti que ele ia culpar o filho de Traci pelo sumiço do caderno de anotações, embora, até o momento, ele tenha sido a pessoa insistindo em aprofundar o relacionamento. Do nada, ele é divorciado, tem problemas em se adaptar no namoro e não gosta mais de crianças.
E a noiva de Chris foi mesmo para o espaço. Foi esquecida e é como se ela nunca tivesse surgido num final de episódio, com caminhar revelador e vento batendo nos cabelos.
Para quem acha que eu só sei elogiar Rookie Blue, fica meu desabafo. Ainda adoro a série e gostei desse episódio, mesmo com defeitos mil em roteiro e produção. Só espero que acertem tudo isso, para que o resultado seja ainda melhore tenhamos temporadas com qualidade garantida, já que eu não posso pedir meus 40 minutos de volta.
Ok, Rookie Blue, você conseguiu fazer um episódio na medida certa. Agora mantenha a receita e utilize daqui para frente.
Parece que foi só eu comentar por aqui os defeitos de produção da série para as coisas entrarem no rumo certo. Essa semana eu não tenho absolutamente nada a dizer de ruim. Fiquei impressionada em ver que conseguiram juntar um caso policial interessante e emocionante, desenvolvendo ao mesmo tempo os variados arcos de todos (eu disse todos) os personagens.
Isso incomodava. Era como se eles tirassem no palitinho quem ia ter mais de falas naquele dia. Compreendo toda a dedicação à Andy e suas trapalhadas amorosas e profissionais, mas a série não é feita de um personagem só. Aliás, o episódio dessa semana mostra quantas personalidades bacanas nós temos em Rookie e como elas rendem, se ganharem a devida atenção.
Para não perder o costume, preciso falar do trio formado por Andy, Sam e Luke. Eu não sei como um detetive deixou passar tantas pistas, porque Luke estava com percepção zero e precisou da macumba de Traci para ele cogitar os motivos de ter chifres crescendo na testa. Que fórmula genial! Se quiserem, podem anotar o passo a passo: Escreva o nome do bofe/bofa que quer esquecer num papelzinho amarelo (pode ser da cor de sua preferência, mas branco não dá charme ao feitiço), coloque num copo cheio de água, de modo a afogar seus sentimentos ali, tampe e depois congele, para esfriar de vez essa relação que te impede de ser uma namorada/namorado bacana para seu oficial. Achei a idéia digna de aplausos, porque, na pior das hipóteses, seu cônjuge vai abrir o congelador e descobrir tudo, aí você fica livre para curtir com o/a amante. Simples assim.
Mas, o realmente importante é que as farpas vão voar de dois lados. Até agora, só Sam soltava suas indiretas e comentários enciumados, mas Luke promete ser o rei do mimimi na delegacia e criar uma situação bem complicada, que vamos adorar.
Gostei de não esquecerem o desejo de Noelle em ser mãe e de unirem isso à tensão do caso de seqüestro da menininha. Preciso elogiar o modo como casaram todas as situações pessoais com essa investigação, colocando Chris e Gail em brigas por confiança e o retorno nada tranqüilo de Oliver, depois de ter sido baleado.
Até mesmo Dov, que foi mandado para escanteio teve um desenvolvimento legal. Aposto que Edith vai voltar a aparecer, já que esses dois asmáticos, loucos por perseguição e livros de auto-ajuda, parecem ser feitos um para o outro.