Produzida pela TNT, Memphis Beat tem malemolência. Como todos sabem, Memphis é o lar de Elvis Presley e a trilha sonora, assim como o texto dos diálogos, vão por esse lado blues e rock balada, meio malandro.

O clima é interessante, as músicas também e até curti a investigação que permeia essa Season Premiere. O problema é que, desconfio, a série deve cair numa fórmula e numa rotina e eu não suporto essa receita das séries policiais.

Como em todo Piloto, temos uma visão geral dos personagens. Dwight Hendricks (Jason Lee) é o policial sabichão e cheio de humor, insistente, correto, honesto. Seguiu a profissão de detetive para honrar o pai e deve viver às voltas com os namorados da mãe. Para começar, ela já está envolvida com um golpista, o que rende cenas engraçadas em que o filho precisa ver a mãe beijar e flertar com o vizinho. No trabalho, ele enfrenta as novas normas impostas pela Tenente Tanya Rice (Alfre Woodward), que tem a missão de educar os marmanjos do departamento e impor respeito, o que obviamente não é fácil para uma mulher em posição de chefia na polícia.

Há ainda Whitehead (Sam Hennings), o parceiro de trabalho e amigo de Dwight , além de Davey (DJ Qualls) o policial magricela e atrapalhado, que estraga cenas de crime por pura falta de atenção e genialidade inata.

O primeiro caso abordado é bem bacana, com a história de Connie, uma senhorinha que já foi uma lenda das rádios de Memphis, mas que agora sofre com Alzheimer e maus tratos. Já que Dwight não é mesmo um policial comum, ele logo se envolve no caso de forma pessoal e, não fosse por sua teimosia, as coisas jamais teriam se resolvido.

Embora Dwight seja carismático, não sei se vale meu tempo e minha atenção. O pior é que não sinto disposição para ver o segundo episódio e tirar a prova, mas como eu não sou uma amante do gênero, acho que vale a pena assistir e tirar suas próprias conclusões porque a produção é muito boa.