Um final sem gosto de final. Mas não foi um final sem final. Coisa que eu abomino numa série. Visto individualmente pareceria um episódio qualquer de Dead Like Me.

A idéia em si, originalíssima, mas para dizer a verdade mesmo não poderia ir muito além do que foi. Acredito até que os 29 episódios foram a medida exata, antes de deixar a coisa chata e sem novidades.

Aliás, é o que acredito ser o futuro de Pushing Daisies, série também de Bryan Fuller, um cara que tem, no mínimo, um afixação com mortes, defuntos e toques. Sim, tanto Dead Like Me quanto Pushing Daisies tem mortos, defuntos (alguns que voltam à vida por 15 segundos, alguns que viram reapers) e toques(alguns que trazem a vida por 15 segundos e outros que coletam as almas de quem vai morrer).

Encerrando, vimos uma Georgia bastante integrada e até feliz com sua vida após a morte. Ela, que era infeliz e amarga se encontrou como ceifadora de almas, anjo da morte ou seja lá o que for.

Já sua família, especialmente Reggie e Joy, nunca vão realmente superar a morte trágica da irmã e da filha. E mesmo que aos trancos e barrancos, elas acabam se entendendo.

Nesse final, é dia de Halloween e todos tem mortes numa mesma rota, com horários bastante específicos. Serial Killer, claro. Que também acaba morto.

Rube está superando suas questões pessoais e seus arrependimentos de quando era vivo. Roxy continua sendo Roxy. Mason, não poderia jamais deixar de ser aquele britânico esquisito, atrapalhado e charmoso ao mesmo tempo, assim como Daisy não poderia deixar de ser a atriz sedutora que morreu num incêndio durante as filmagens de ...E o vento levou.

A maior mudança é mesmo em Georgia, que chega a conclusão de que não é tão ruim para ninguém estar morto como ela.

Mason e Daisy temem que alguém descubra o assassinato de Ray e por isso mesmo os dois agem de maneira estranha.
Especialmente depois de receber de Rube um post-it roxo, diferente dos demais, amarelos, Mason tem certeza de que é seu último dia como reaper. Então, a seu modo, ele começa a se despedir dos companheiros, antes da hora marcada para a partida da alma que iria coletar e da sua própria.
Mas, qual não é sua surpresa quando ele está lá ainda, no dia seguinte, e descobre que o post-it roxo era apenas por que os amarelos estavam em falta na papelaria.
E Reggie que começa a ficar sozinha em casa, tem um experiência traumática quando JD (Just Dog) é atrpelado e morre. Com pena da irmã, Georgia deixa na porta de sua antiga casa, seu sapo de estimação.

O que acontece quando algum mau elemento, sem hora marcada para morrer, vira presunto?
Eu também não sabia. Mas agora, Dead Like Me revelou: Graveling!
Aqueles monstrinhos que estão sempre por perto para dar um empurrão nas mortes acidentais.
E assim foi com o Ray, o namoradinho da Daisy. Eu previ um destino infeliz para o caso, que ela tentou terminar e no fim, acabou mal pra ele, já que durante uma briga, Mason dá cabo do boçal.
Georgia tem que coletar a alma de uma mulher sem memória e tem enorme trabalho para ajudá-la a entender isso e fazer a passagem.
Rube ainda está estranho com aquele lance de família e a mãe de Georgia vai à Happy Time procurar emprego. No fim, ela descobre um talento nato: o de organizar cozinhas.

Em mais um dia de coleta de almas, Georgia vai buscar a de um mendigo, que acaba como John Doe (ou zé ninguém). Mas, incomodada com isso e com o fato de ele não ter um funeral ou uma lápide, ela e Mason -que na verdade tinha a esperança de que o morto tivesse família rica - vão ao necrotério identificá-lo. É aí que ela descobre que teria de pagar 400 dólares pelo serviço funerário e desiste de identificar o "tio Arthur".
Mais tarde, um cara do serviço social aparece e a chama de desumana. Então Delores entra em campo e dá a George o dinheiro como adiantamento. Ela pensa em comprar um novo casaco de couro, mas acaba voltando ao necrotério, pagando o serviço e descobrindo que o homem não teria lápide, nem funeral: havia sido cremado.
Daisy entra para o mercado do "Teste de Fidelidade", mas aquela coisa chata do João Kleber dizendo: Páaaaaaaaaaarraaaaaaaaaaa, Páaaaaaaaaaaaaaaarrrrrrrrrrrrrrrrrrraaaaaaaaaaaaaaa!!
E tudo isso por culpa do Ray, o produtor de tv com quem ela está enrolada e que é meio possessivo e até violento. Vai acabar mal, até porque Mason está bem aborrecido com esse caso de sua musa. E diante das atitudes de Daisy ele diz que a ama, mas simplesmente agora, não gosta mais dela.

Tenho me limitado a apenas resenhar os episódios de Dead Like Me e acho que já sei o porquê. É que nos 45 minutos de duração, pouca coisa acontece. Ou pelo menos, pouca coisa que mereça ser mencionada, ou mesmo que as pessoas que não assistiram ou assistem poderiam compreender.

Se bem que, esse episódio que acabo de ver, foi mais bacaninha. Teve a Georgia encanadíssima com o Trip, que não ligou pra ela depois da primeira vez. Brava, grossa, estressada e insana, ela até foi parar na cadeia num ímpeto de raiva, depois de quebrar uma vitrine de loja de noivas.

Sua salvação de ver o sol nascer quadrado veio de Delores, que se tornou meio que uma mãe para ela.

A mãe mesmo, Joy, saiu daquele luto de divórcio e teve um encontro, quase arruinado, diga-se de passagem. O ex-marido percebeu que ela ia sair e inventou que não podia cuidar de Reggie. Mas isso não foi obstáculo, já que a menina acabou indo junto.

Daisy encontra um produtor de tv num bar e os dois ficam juntos, para desespero de Mason. E Rube, está na busca por informações sobre sua família e eu tive a impressão de que talvez Georgia seja parente dele. Quem sabe eu descubra no próximo capítulo.