American Horror Story: Hotel 5x04/05: Devil's Night/Room Service
8.11.15
Ryan Murphy, seu sádico, insano e maravilhoso filho da mãe, eu te amo!
Jeffrey Dahmer, adorado pela indústria musical e eleito por mim o serial killer mais gato e um dos mais hediondos, fez de vítima 17 homens e garotos, em assassinatos que envolviam estupro, canibalismo e necrofilia. "Eu tive esses desejos e pensamentos obsessivos de querer controlá-los, possuí-los permanentemente.", disse ele numa entrevista ao Inside Edition. Já preso, foi espancado em novembro de 1994 e morreu a caminho do hospital. Vários filmes e documentários relatam sua vida.
Aileen Wuornos, considerada a primeira mulher serial killer dos Estados Unidos, assassinou, na Florida, entre 1989 e 1990, sete homens que, segundo ela, a estupraram ou tentaram enquanto ela trabalhava como prostituta. Sentia ódio pela raça humana e dizia que mataria novamente se fosse solta. Sua história é mostrada no filme Monster, de 2003, que rendeu à atriz Charlize Theron o Oscar de melhor atriz.
John Wayne Gacy, o Palhaço Assassino, já havia sido fonte de inspiração para o palhaço Twisty em Freak Show. John Carroll Lynch, que interpretou Twisty, retorna dessa vez como o próprio John Gacy, o bom cidadão que fazia churrasco pros vizinhos, se vestia de palhaço para alegrar crianças e até tirou foto com a ex-primeira-dama Rosalynn Carter, mas na verdade escondia em seu porão os restos mortais de 29 garotos. Seu número de vítimas era ainda maior.
Esses são meus três preferidos, mas Devil's Night traz várias outras referências. Richard Ramirez, Zodiac, Gordon Stewart, Charles Manson, que só não foi representado porque ainda não morreu. Infelizmente, porque eu adoraria uma pitada de Helter Skelter em AHS.
Sou apaixonado por histórias de serial killers. Não que eu seja sangue frio e goste de assistir a torturas e mortes, mas gosto de entrar na mente de um serial killer e entender sua vida, seus pensamentos e motivações. A mente de um psicopata é mórbida e extremamente intrigante. É exatamente isso que Ryan faz em American Horror Story. Transforma o doentio em arte.
Reunir os mais famosos assassinos da história é uma ideia genial e eu adoraria que o restante da temporada fosse assim. Talvez seja por isso que eu esperava mais desse plot e não tenha gostado tanto assim de Room Service. A premissa já vista em Murder House de os espíritos poderem vagar livremente na noite de Halloween se encaixa muito bem aqui. A ideia desses notórios assassinos hanging out juntos no Hotel Cortez também é muito bacana.
Lily Rabe estava fantástica como Aileen Wuornos, demonstrando todo seu desprezo pela humanidade, mais especificamente pelos homens. Seth Gabel também fez um belo Jeffrey Dahmer, numa frieza agridoce e ausência de remorso. Ver John Carroll Lynch com a maquiagem do Gacy original foi assustador e fantástico. Tive que rever a cena do jantar algumas vezes, porque eu queria focar no que todo mundo estava fazendo. Só acho que eles podiam ir além de apenas servir para convencer John do que está acontecendo no hotel. Até porque Sally, a personagem de Sarah Paulson que menos gosto até hoje, veio ferrar com tudo.
Quem estava reclamando de Chloë Sevigny interpretando uma personagem normal pela primeira vez pode ter começado a se contentar, assim como Kathy Bates saindo do papel de mãe sofrida e finalmente sendo Kathy Fucking Bates. O desejo de sangue de ambas não decorre apenas do vírus, mas também de seu sentimento materno frustrado. Iris, após anos sendo desprezada pelo próprio filho e por todo mundo, se rebela. Alex, tentando consertar o descuido de uma mãe pelo filho, acaba causando uma sequência de merdas que culminam num massacre vampírico numa escola. Não sei como isso vai se comunicar com o hotel.
Room Service não acrescenta muito à trama principal. É apenas um cenário secundário do Halloween. Gostei que finalmente Liz Taylor teve seu momento, em vez de apenas servir drinks. A filosofia Born This Way foi o principal elemento de sua história, fazendo desse plot uma grande música de Lady Gaga.
P.S.: Pela primeira vez na vida desejei a morte de Darren Criss. Puta personagem chato.
P.S.: E essa trilha sonora maravilhosa?
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