The Strain 2x04/05: The Silver Angel/Quick and Painless

19.8.15


Os mais recentes episódios de The Strain espoem o ritmo inconstante da série. Diferente de seus antecessores, The Silver Angel e, principalmente, Quick and Painless se concentram em desenvolver tramas muito mais interessantes e ligar as situações isoladas que antes se multiplicavam sem propósito aparente.

Os antes entediantes planos de Palmer para a consumação do apocalipse vampírico são enriquecidos pelos flashbacks que mostram sua antiga parceria com Setrakian e pela cena do restaurante, que demonstra como o interesse do empresário pelo Occido Lumen não diminuiu com o tempo. Se antes ele parecia apenas alguém que eventualmente seria descartado pelo Mestre assim que sua função fosse exercida, agora ele parece ter objetivos próprios além de apenas servir na expectativa de que uma criatura que ele não compreende cumpra sua promessa.

A prisão de Fet, que levou ao encontro dos protagonistas com o grupo de caçadores que age para limpar a cidade foi uma avanço bem-vindo. A união tornou Quick and Painless um episódio que raramente parece arrastado. Seja pelas cenas de ação onde o grupo tenta remover os infectados de um prédio – numa série cheia de bizarrices, as crianças aranha se destacam como uma das coisas mais esquisitas –, ou pequenos momentos onde dois grupos que faziam o mesmo trabalho até então sem se conhecer apenas trocam informações, o episódio quase nunca deixa o ritmo cair.

Se isso acontece, é apenas quando o filho de Eph surge em cena. O garoto parece ter um talento especial para despertar desejos infanticidas até no mais pacífico dos seres humanos. Desprovido de qualquer carisma ou trama que justifique suas cenas – a única razão para sua permanência na série é ser uma ameaça para o grupo, já que sua mãe vampira está cada vez mais perto de achá-lo – o garoto parece criado para ser o foco do ódio de todos os telespectadores.

Eph funciona muito melhor longe do filho. Mesmo que ele tenha virado um alcoólatra clichê, parecendo sempre estar um tanto descontrolado, suas cenas no trem tentando permanecer incógnito funcionam criando suspense como um contraponto as cenas de ação envolvendo Fet. O fim daquela viagem de trem é a maior demonstração do descontrole e obsessão de Eph em curar a epidemia quando ele atira seu antigo chefe do trem.

Ainda há áreas a melhorar. Seria bom saber qual a extensão do problema já que num momento vemos um prédio em chamas e portos com cabeças de vampiros penduradas em postes, mas em outros, como nas cenas de Gus no quarto episódio, ha pessoas jantando como se nada acontecesse. Apesar de problemas como esse, a temporada parece ter encontrado seu ritmo.

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