The Strain 2x02/03: By Any Means / Fort Defiance
2.8.15
Urgência parece ser
um conceito que existe distante dos pensamentos do roteiristas de The
Strain. A cada novo episódio
essa impressão se reforça a medida que vemos tramas que se arrastam
e são esticadas além do necessário para preencher um episódio. By
Any Means e Fort
Defiance são cheios desses
momentos, que talvez parecessem bastante interessantes no papel, mas
quando filmados, desapontam.
O
mais claro deles surge no terceiro episódio, quando Gus e sua
companhia de vampiros decidem atacar Palmer. Quando a ideia e
mencionada pela primeira vez, ela parece importante, uma impressão
que se dissipa assim que vemos a execução do plano. Não bastando
ignorar a possível luta
entre Bolivar e os outros vampiros – uma expectativa que o próprio
roteiro cria ao colocar o vampiro gótico na posição de segurança
de Palmer -, o plano do grupo ainda é frustrado da forma mais
anticlimatica possível.
Essa
forma engessada de avançar com a história é um padrão que se
repete em todos os momentos de The Strain.
A duração de quarenta minutos de um episódio é apenas uma
necessidade comercial, nunca algo que parece ser considerado na hora
de construir a narrativa. Fosse a série vinte minutos mais longa ou
mais curta, não faria diferença pois as cenas seriam colocadas uma
após a outra com a mesma falta de cuidado ou planejamento.
A
cenas colocadas em um episódio parecem estar ali para satisfazer um
checklist. Há uma ou
outra cena para mostrar o relacionamento do grupo de Eph se
desenvolvendo – esses atualmente são os melhores momentos da série
-, um flashback que
revela alguma informação relevante, cabeças sendo cortadas e
quando você menos espera, acabou. Semana que vem a série volta para
cumprir o mesmo checklist sem
jamais criar um arco dramático que se sustente dentro de um
capitulo. Isso não é uma série, é uma novela.
Não
sendo suficiente a já clara incapacidade de criar momentos que não
pareçam nada mais que funcionais com as tramas já existentes, os
criadores da série ainda insistem em adicionar mais subtramas, no
que parece ser uma tentativa de inchar a série, usando a quantidade
de personagens e histórias para esconder a falta de qualidade. Qual
importância há a essa altura conhecermos o passado de Dutch com a
ex-namorada? Qual o motivo para dar tanta atenção as disputas
politicas entre o prefeito e a deputada que decidiu tentar limpar a
cidade? Quem se importa com os momentos de criança revoltada de Zach
ou a relação dele com o pai?
Parece
que para a segunda temporada o que devemos esperar é tudo de errado
que havia na primeira sem nenhuma das qualidades.
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