O armário machucado.

Decidi que, para aproveitar e não reclamar repetitivamente todas as semanas nessa última temporada de Glee, vou simplesmente ignorar qualquer absurdo chato cometido por Sue e qualquer mimimi de Kurt e Blaine, quer isso ocupe 2 ou 20 minutos de episódio. Assim, dá pra tirar alguma coisa de positiva desse episódio que, sendo parte 1, será analisado somente pela metade que deu certo.

Assim, elogio o que foi bem-vindo nesse plot megalomaníaco de Sue abrindo as portas do inferno por causa de um garfo descartável: o seu altar de fotos destacando o sumiço misterioso de Matt, seu discurso sobre o descaso de Will com alunos como Rory e aquele cara dos dreads que não merecia mesmo destaque algum, seu encontro com a sensual irmã do diretor Figgins (que se chama Principal!) e sua estranha obsessão surgida de lugar algum em ser daminha do casamento de Kurt e Blaine, com direito a presentar Karofsky com um urso. Até as sessões de hipnose com Sam e a performance de "Bitch", com aparições aleatórias em gavetas e armários não foram de todo ruim.

Vai ter Samchel sim, e se reclamar os dois vão se casar sambando na cova de Mercedes. Hipnoses á parte, a química de Sam e Rachel nunca foi tão palpável, seja com as aulas de piano com direito a mãozinhas entrelaçadas, seja no gosto compartilhado por "As Branquelas" e a reprodução do clipe de Vanessa Carlton com seu hit "A Thousand Miles". De quebra, essa vilanização de Sam provocada por palavras aleatórias ainda trouxe um pouco de rivalidade para Will e Rachel, embora esteja bem claro que ele não vai insistir no Vocal Adrenaline muito tempo, simplesmente porque eles são um coral de robôs. A prova disso são as performances de "Rock Lobster" e "Whip It", intimidadoras para a competição, mas absolutamente mecânicas e sem qualquer apelo emocional.

Músicas:

Bitch - Meredith Brooks: Sue Sylvester

A Thousand Miles - Vanessa Carlton: Rachel Berry and Sam Evans

Rock Lobster - The B-52's: Vocal Adrenaline

Whip It - Devo: Vocal Adrenaline