American Horror Story: Freak Show 4x03: Edward Mordrake Part I

25.10.14


He's back. Voldermort's back!

Vou ser obrigado a dizer que esse foi o primeiro episódio de Freak Show até agora que me fez ter vontade de olhar o player para ver quanto tempo faltava para acabar, só não o fiz por causa da preguiça de levantar do sofá. E olha que estou falando do episódio especial de Halloween da série, que sempre esteve entre os melhores episódios das temporadas anteriores. Murder House nos presenteou com dois episódios ótimos, com espíritos assassinados por Tate (saudades!) numa cena a la Columbine voltando para assombrá-lo; em Asylum tivemos um episódio foda com direito a um exorcismo digno de ser comparado com o do próprio O Exorcista; até mesmo o de Coven foi legal.
Já o de Freak Show foi chatinho e, pela primeira vez, eu senti os cinquenta minutos passando. Ele também será divido em duas partes, o que pode ter pesado para o resultado final. A história de Edward Mordrake tem muito potencial (deixando um pouco de lados as piadas com Voldemort) e espero que o próximo episódio explore isso. Edward é um caso real de policefalia, uma condição na qual a pessoa possui mais de uma cabeça. No caso de Edward, ele possuía um segundo rosto na parte de trás da cabeça, a quem ele se referia como “meu gêmeo malvado”, que não comia, mas ria e chorava e, segundo ele, ainda “sussurrava dizeres satânicos à noite”. Mordrake, apesar de talentoso, teve uma vida solitária e acabou se matando aos 23 anos.
A forma de apresentar o personagem foi OK, mas falta desenvolvimento aí ou terá sido banal. Um mito dizia que o espírito de Edward apareceria caso alguém se apresentasse num show de aberrações na noite de Halloween. Elsa, que tem seu ego levantado pela suposta cartomante Mystic Miss Esmeralda, interpretada por Emma Roberts, ignora o mito e decide se impor como um. Eis que Edward aparece e aparentemente para fazer com que cada um aprenda a lidar com seus erros do passado.
A primeira é Ethel, que se envolveu com o detestável Dell e acabou tendo que dar a luz ao filho com plateia no chamado “Freak birth”, uma cena triste de se imaginar não por ela em si, mas pela mente doentia por trás dela. Ela ainda tem pouco tempo de vida e o rumo que parece ser tomado vai ser o de redenção de Dell, uma coisa parecida com LaLaurie na temporada passada, aceitando o filho e cuidando dele quando a mãe partir. Jimmy, que agora se sente culpado pela morte de Meep, parece que terá seu espírito de heróis dos freaks aumentado a partir de agora, apesar de ficar nos devendo bastante disso nesse episódio.
Bette e Dot são as melhores coisas dessa temporada. A complexidade das duas é algo muito interessante e fico cada vez com mais pena de Bette, que é a Paulina da história, de um jeito mais bizarro. Dot quer ser separada da irmã e ela não se importa que isso signifique a morte de Bette. O sonho de felicidade para Dot é um pesadelo horrível para Bette. Imagina a situação quando você divide um corpo com seu maior inimigo, alguém que quer se livrar de você custe o que custar. Claro que elas não vão matar uma a outra por enquanto, mas só de pensar no conflito que isso representa me deixa um pouco ansioso e com medo do que pode acontecer.
A novidade além de Mordrake é Maggie Esmeralda e Stanley (Denis O’Hare), dois colecionadores de aberrações que vão para a Florida e logo se interessam por Bette e Dot. Maggie aparece disfarçada como a nova cartomante e, como tal, sabe exatamente o que dizer para enganar as pessoas, fazendo Elsa acreditar que seria uma estrela. Podemos entender aqui a empatia de Elsa em relação a Bette. Bette foi ofuscada por Dot da mesma forma como Elsa foi ofuscada por Marlene Dietrich. Quanto a Stanley, que parece ser anomalamente dotado, coube o momento nojinho do episódio, porque não sou obrigado a ver O’Hare pegando aquele deus que só poderia mesmo estar fantasiado de Thor (com o martelo, claro, apesar de não podermos vê-lo, infelizmente). Aposto que O’Hare está se sentido no papel de sua vida agora (não sei se posso dizer o mesmo sobre o pinto e nem quero imaginar).
Blaine consegue continuar insuportável e fico pensando qual o lugar dele na série. Não tem necessidade alguma. Só serve mesmo para que possamos ver Dora, a empregada, vestida de Pica-pau e desafiando o rapaz a mata-la com todo aquele ímpeto. Blaine ainda tem muito que aprender se quer ser ajudante de Twisty, que agora não é só megaevil, como também ajuda as criancinhas a se livrarem do irmão mais velho mala.
P.S.: I’m the only myth around here.

P.S.: Wes Bentley é apenas uma das delícias convidadas para o show. Ainda teremos Matt Bomer também <3


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