The Voice AU 2x21: Live Finals Part 3
12.7.14
O Samba do crioulo doido da terceira temporada do The Voice Austrália.
Estou simplesmente atordoado depois do episódio dessa semana. Demorei para escrever esta review, porque sinceramente eu não sabia nem por onde começar. Estamos à dois episódios de ser revelado a grande voz australiana, e eu não faço a menor ideia de quem vai ganhar esta merda. Está tudo muito dividido, os candidatos não tem mantido uma certa constância, e a cada semana um candidato diferente passa a ser o destaque. Em contra partida, o público australiano parece que não deixará se levar por ventos momentâneos, e mesmo parecendo conservador, manteve o seu favoritismo nos mesmos nomes da semana passada, que eu poderia já julgar finalistas, se a temporada não estivesse tão instável.
Foi um misto de muitas emoções o último episódio. Apesar de ter percebido que os candidatos evoluíram, como um todo, nitidamente, e que finalmente todos parecem estar nos Live Shows, parte o coração saber que tem times que estão tão fortes, que qualquer um que deixasse a competição sentiríamos, e times tão fracos que podiam eliminar todos que não notaríamos a ausência de ninguém. Sobre o público australiano, parece que eles se acostumaram com favoritos, depois de duas temporadas de grandes pimps, eles estão meio que adestrados a manter uma certa coerência em seu voto por telefone, o que de forma alguma condiz com a popularidade online e vendas no iTunes. Sem mais delongas, vamos as apresentações.
A noite começou com a mais do que pimpada Sabrina Batshon. Ela fechou o primeiro live, não satisfeitos à colocaram para fechar o segundo, não suficiente, mudaram as regras essa semana, e colocaram o aprovado do público para se apresentar antes do instant save, só para ela abrir o programa. Porém, parece que as coisas não foram tão empolgantes essa semana. Estava demorando para Rick Martin colocar uma música viada para a menina cantar, se empolgou com essa parada de diva pop, e as coisas saíram meio que do controle. A música escolhida claramente não tinha nada a ver com o tom de voz da cantora. É claro que ela conseguiu dar um jeito de superar as dificuldades da música, e entregar uma versão power/master como sempre, por causa de sua imensa dedicação, mas não teve o mesmo encanto que nas outras semanas. Aliás, a cantora só vem perdendo força desde que se reafirmou com "Chandelier", mas se ela quiser mesmo ganhar a temporada esse é o low máximo que ela pode atingir.
Quem abriu o instant save foi Elly Oh, para fazer sua tão famigerada última apresentação no The Voice AU. Eu sei que é muito bom ver um #PimpFail, que estamos esperando essa eliminação da japonesa desde os Showdowns, mas ao mesmo tempo dá muita pena em saber de que ela deixará a competição e em momento algum foi explorada de forma correta pelo seu técnico. Se ela ao menos tivesse tido a oportunidade de trabalhar com Will.I.Am., as coisas teriam sido muito diferentes, ela poderia estar deixando a competição nessa mesma altura, mas de outro jeito. Vem cá, é sério que colocaram a música da Jessica Mauboy para ela cantar? Não tem nada a ver com ela! É incrível a visão unifacetada que Rick Martin tem do mundo da música... "Ou você é pop, ou você não é nada!" Muito triste. Outra coisa que me deu dó, foi que pela primeira vez tive a real noção do quão limitado é o inglês dela, e do tamanho de sua dificuldade. Eu ficava zoando ela, mas deu até pena quando ela agradeceu nossa paciência. Enfim, Elly Oh era bastante sobre forma e impacto, mas a verdade foi que suas habilidades estavam muito aquém do que esperávamos.
Quem salvou o #TEAMRICK da mesmice essa semana foi Jackson Thomas. É incrível como esse rapaz tem nos surpreendido a cada semana que passa. Eu não dava nada, absolutamente nada para ele, e olha ai, já está na semifinal, e vendeu bem mais que Sabrina Batshon no iTunes, essa semana. Apesar da escolha musical batida, não podemos julgar muito, porque funcionou perfeitamente com Harrison Craig ano passado. Escolha um classicão, que emociona as pessoas, e adicione à ele uma voz incrivelmente envolvente e cativante... É infalível! Me peguei assistindo várias vezes essa apresentação do rapaz. Foi linda! A agonia, a urgência que ele tem em sua voz, é uma coisa que te arrepia de dentro para fora, e te obriga a torcer por ele. Se o cantor queria ter alguma chance nas semifinais, era exatamente isso que ele tinha que fazer. Parabéns aos envolvidos!
#TEAMKYLIE continua tão avulso que não ganhou nenhuma abertura nem fechamento de programa até agora nos Live Shows. E se era para cagar a única coisa boa que ela tinha no time... Olha, fez muito bem! Que tipo de treinador em sã consciência colocar uma música tão fudida vocalmente, como "Telephone", para um de seus candidatos performar, a poucos metros da grande final? O resultado só poderia ter sido o grande desastre que foi. Como a melodia é muito quebrada e Kat Jade não tem muita habilidade nos baixos registros, ficou uma coisa bem estranha. Fiquei com vergonha por ela, não só por ter esquecido a letra, mas também por não ter conseguido entregar tudo o que a música pedia, além de sua respiração ofegante que já estava irritando.
Poxa, porque Robbie Balmer foi embora para casa mesmo? Que apresentação linda, que falsete incrível! Acho que se tem alguém que poderia cantar The Temper Trap essa temporada, esse alguém era Robbie. Apesar da apresentação super desconectada da semana passada, o cantor voltou bem forte, em sua zona de conforto e me deixou boquiaberto com sua performance de "Love Lost". A verdade é que não existe justiça em reality musical, passa para a próxima fase quem tem uma seleção musical mais popular, e não quem realmente sabe inovar e entregar algo diferente e realmente gostoso de se ouvir. Realmente uma pena!
Em contrapartida à apresentação de Robbie tivemos mais uma performance extremamente entendiante de Johnny Rollins, pela terceira semana consecutiva, deixando bem claro que o problema não estava na bateria e sim na falta de jogo de cintura do cantor. Obvio que o cantor só foi aprovado pela escolha musical popular, mas nem de longe ele fez jus à canção. Apenas assista Josh Kaufman e faça a lição de casa! Cadê os falsetes? Cadê a dimensão vocal que Sam Smith imprime na música? O que vimos na apresentação de Johnny foi apenas uma base do que pode ser uma grande música. Como o cantor pegou um pick muito bom no iTunes, eu fui ver qual era a diferença, e realmente o estúdio está bem melhor, mas apesar disso não sei se ele consegue passar Kat Jade, visto que ele é um dos candidatos com maior índice de rejeição nas internetes.
Queria continuar aqui falando mal de Holly Tapp, e dizendo que ela é uma cantora extremamente sem graça, mas a verdade é que é uma coisa de gosto, de preferência. É inegável a coerência que Joel Madden tem mantido nesse personagem que criou para ela nos Live Shows. Por mais que as apresentações seguintes não tenham tido o mesmo impacto que "Bang Bang", não podemos dizer que nenhuma delas foi ruim. A performance de "Lovefool" da cantora foi muito boazinha, foi gostosa de ouvir e fez todo o sentido com o que ela está tentando vender. O único problema na saga de seu treinador em levar sua favorita para as finais parecem ser suas versões de estúdios, que estão vendendo bem pouco. Porém, se o iTunes der defeito como na semana passada, aposto nela como finalista.
Essa estratégia de Joel Madden já está quase que ficando manjada. Toda semana que ele quer se livrar de alguém, ele coloca uma música de menos impacto para essa pessoa. Como Isaac McGovern era o próximo da lista de menos favoritos, essa semana sobrou para ele. Quando vi a seleção musical e li essa "Geronimo", eu me perguntei que diabos era isso, mas no fim das contas, por mais que Isaac queira dizer o contrário a música tinha sim a ver com ele. Pela segunda vez ele foi posto a prova, se conseguia se virar com uma música mais agitada, e pela segunda vez ele falhou. A música era indie sim, só que era mais farofão. Não sei se é pelo fato de se considerar em alta estima, ele simplesmente cria esse personagem que caga para uma aproximação mais quente com o público no palco, e no final acaba pagando por isso.
Quem não tem vergonha nenhuma de ir para galera e fazer o papel exatamente oposto que Issac faz no palco é Frank Lakoudis. Mesmo as vezes ele pareça um bobo da corte no palco, ele não tem medo de arriscar, vai para a frente, chama o público. E "We Are The Champions" foi a escolha mais acertada para ele em toda a temporada, disparado sua melhor performance. Sem ter que ficar sambando de um lado para o outro do palco igual um retardado, parece que o cantor conseguiu fazer uma conexão maior com o público e provou que o carisma está nele, e não no personagem rock'n'roll, e nos picks musicais que ele faz. Voz ele tem, acho que só faltava mesmo ele convencer que podia fazer uma grande apresentação como essa, sem a parafernália.
É chegada a hora de falar de ZK! Está ficando cansativo eu pelar o saco da dupla toda review que faço aqui, mas na verdade é mais forte do que eu. O encanto, a magia que envolve eles em todas as suas apresentações é simplesmente de outro universo. Veja bem o caso de "Time After Time", uma música simples, um palco singelo, não precisou de mais nada, apenas de uma grande letra, para que a dupla conectá-se com o público e fizesse novamente sua magia. Foi lindo! Do começo ao fim, acho que foi a performance mais cativante que já vi, dessa música, em todos os The Voice. Aquilo que Will.I.Am. disse, deles se apresentarem na Opera House, é a mais pura verdade, eles tem cara de artista grande, de gente que já está há anos na estrada, apesar de ironicamente não possuírem nem um ano de carreira. Quando ZK sobe ao palco nós já sabemos que assistiremos um grande espetáculo, e que seremos envolvido por sua aura mágica.
Foi realmente triste e surpreendente, mas é chegada a hora de comentar a saída de Gabriel & Cecilia, e chegar a uma explicação plausível do porque dessa eliminação precoce da dupla/artista mais criativo, musicalmente falando, de toda a história do The Voice Austrália. Creio que se estivéssemos em uma grande premiação, ZK seria o artista concorrendo na categoria principal e Gabriel & Cecilia na categoria alternativa. Eles foram muito bem, o único problema é que o #TEAMWILL todo é muito bom, e querendo ou não o estilo de Gabriel & Cecilia é o menos traduzível para um público mainstream. A grande surpresa foi ver que mesmo pegando top10 e ter tido a música mais comprada do episódio da semana passada no iTunes, ainda assim a dupla foi eliminada #iTunesMente. Sua versão de "Smells Like Teen Spirit" também foi incrível! Mesmo mudando as músicas eles trabalham com um estilo muito próprio, e tudo acaba convergindo para uma identidade que é a cara da dupla. Mesmo sendo eliminada da competição a dupla ainda pegou a segunda melhor posição no iTunes, atrás apenas de ZK. Ao que tudo indica, quem compra músicas quer realmente ouvir algo inovador,ao contrário de quem vota pelo telefone, que se contenta com mais do mesmo.
Eu queria mesmo era poder descarregar toda a minha raiva pela eliminação de Gabriel & Cecilia em cima de Anja Nissen, mas nem isso eu posso fazer. Se você, assim como eu, já considerava a cantora como carta fora do baralho, que ela não estava aguentando a pressão das apresentações ao vivo, e que iria sucumbir da mesma forma que Elly Oh, pois então que grata surpresa não tivemos. É o que eu falo desde o começo, o treinador que você escolhe influência grandemente no seu andamento durante a temporada. Anja Nissen não só calou a boca de todos que falavam que ela não dava conta do recado, como também destruiu a concorrência, leia-se Sabrina Batshon e Kat Jade. A novinha sambou essa semana, e se continuar assim pode muito bem superar o mito que se tornou ZK. Eu fui ouvir o estúdio para saber o porquê do pick tão baixo, e realmente ficou bem aquém da apresentação, que é o que realmente vale, então ela está no lucro.
No mais é isso meus caros, foi realmente uma noite de grandes surpresas e ótimas apresentações, acho que desde que os Live Shows começaram, esse é o primeiro episódio que eu posso tirar umas cinco apresentações que achei impressionantes. #TEAMWILL todo está de parabéns, um artista mais incrível do que o outro, Frank Lakoudis elevou a barra para o #TEAMJOEL essa semana e Jackson Thomas não deixou que #TEAMRICK passasse desapercebido. Seguindo eles vieram Sabrina Batshon, Robbie Balmer e Holly Tapp também com boas apresentações, e o meio de campo continua mais embolado do que nunca.
#TEAMJOEL pela primeira vez não foi o mais fraco da noite, isso graças a visão focada que Joel Madden tem para os seus candidatos. Semana após semana o treinador manteve o mesmo estilo musical para eles, consolidando eles como artistas. Frank Lakoudis pegou um pick muito bom essa semana no iTunes, mas se a história curta dessa temporada diz alguma coisa, isso não representa muita coisa. Holly Tapp contou com o voto do público australiano por duas semanas e eu arriscaria que ele continuará indo na mesma direção.
#TEAMKYLIE para mim fez sua pior semana, a única apresentação realmente boa no time foi a de Robbie Balmer, e ele foi eliminado. Apesar de eu ter achado a performance de Johnny Rollins super entediante, parece que as pessoas curtiram, e além disso ele foi muito bem no iTunes, ao contrário de Kat Jade. A mocinha pela primeira vez mandou mal, e corre o risco de ser surpreendida na reta final e não contar com o voto popular por uma terceira vez. Foi bem ruim a apresentação dela, digna de eliminação.
#TEAMWILL destruiu essa semana! Só deu #TEAMWILL! Tomou conta do jogo de uma forma inegável. Depois de um começo bem xoxu nos Live Shows, semana passada os candidatos foram bem melhores, mas todos ainda não estavam na mesma página. Essa semana Anja Nissen voltou a mandar bem, deu trabalho para as duplas e se classificou surpreendentemente, quando que para mim já era carta fora do baralho. Creio que ela não seja assim uma ameaça tão grande para ZK, há três semana que a dupla vem se consolidando, e se bobear, eu diria que eles são os favoritos dos australianos para ganhar a competição e não Sabrina.
#TEAMRICK foi bem aleatório esta semana, senti muita falta de uma apresentação de peso. Sabrina Batshon, apesar de continuar franca favorita, meio que já caiu no lugar comum, e continua entregando mais do mesmo, já que funcionou; Elly Oh tadinha, foi tarde; e Jackson Thomas, apesar de estar fazendo um ótimo trabalho e surpreendendo a cada semana que passa, você olha para a cara dele e vê que ele não tem pinta de campeão, falta uma boa dose de carisma ao rapaz. O jeito é Sabrina Batshon se recuperar na semana que vem e voltar a apresentar algo realmente marcante, e nos fazer torcer por ela novamente.
Ficamos assim então, muita coisa foi dita e nada foi acertado, continuamos na dúvida sobre quem é realmente o favorito para ganhar essa temporada. ZK e Sabrina Batshon continuam na frente da corrida. Se por um lado a cantora fez um ótimo começo nos Live Shows, por outro ela vem perdendo muita força nessa reta final, enquanto a dupla se manteve constante durante toda a temporada. As coisas serão mesmo decididas na semana que vem e não vejo a hora de ouvir as canções originais dos artistas. Até lá!
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