The Voice 6x21/22: Top8/Live Results
16.5.14
Aprendendo a te amar Grimmie.
Em uma semana em que nada foi assim tão excepcional, e que as apresentações dos candidatos do programa sucumbiram a performances estrelares de convidados, quem colocou um pouco de tempero a mais no feijão com arroz e manteve um a certa consistência acabou chamando a atenção. Veja bem que não existiram performances ruins, essa é uma das poucas temporadas do The Voice que podemos dizer tranquilamente que chegamos à um Top8 aonde todos os candidatos são muito fortes, vocalmente falando. Até mesmo os cantores country dão um banho nos da quarta temporada. O que em momento algum que dizer que eles tenham carisma, pelo contrário, metade deles não possui o famigerado apego com o público.
Nesse panorama a tão julgada e questionada, aqui por mim, Christina Grimmie vem se destacando semana após semana, provando que não é apenas de Buzz que se faz uma carreira, é necessário também bastante talento. Quando questionamos o que a cantora teria para oferecer além de sua incrível base de fãs no Youtube, ela nos entregou duas impressionantes adaptações de PBR&B, provando que não só tem talento e fãs, como também entende do hype, sabe muito bem qual o seu espaço como artista e para onde quer levar sua carreira. É normal ficar inseguro quando se espera tudo isso de uma menina tão nova, mas preciso dizer que finalmente dei o meu braço à torcer. No mais, tivemos Blake cantando com a linda Gwen Sebastian, provando que não precisa passar das Battles para ter uma carreira de sucesso depois do The Voice, Tivemos Pharrell Williams e Gwen Stefani se juntando no palco para anunciar sua adesão à próxima temporada do programa... Enfim, muita encheção de linguiça e pouco "vamos ao que interessa!"
A noite abriu com mais uma clássica apresentação de Sisaundra Lewis, e é aí que reside todo o problema. Bem lembro que semana passada sugeri que ela cantasse algo mais contemporâneo. O problema de Sisaundra não é versatilidade, pois bem vimos que ela sabe cantar de tudo, o problema é que tudo o que ela veio entregando na fase ao vivo da competição soou extremamente datado, ao contrário das fases eliminatórias, aonde cantou Alicia Keys e Lady Gaga. A cantora bem que tentou chacoalhar de alguma forma. Tentou o apelo com o público, com a história de sua mãe; deu um belo Up em sua performance no palco, mas agitada, com dançarinas e o caralho... Mas no fim das contas tudo soou muito antigo, como o estilo de cantora que Sisaundra é, que apesar de ser uma grande diva, parece estar com sua veia comercial esgotada.
Nesse momento eu queria perguntar apenas uma coisa à vocês: o que é o #FATORUSHER na carreira de Josh Kaufman? Não adianta, quem sabe produzir e vive brilhantemente disso está anos luz à frente de quem é apenas amador no assunto. O tino musical que Usher tem parao que é cool e o que vai vingar, e como adaptar isso para o seu artista, é simplesmente fenomenal. Apesar do pequeno deslize semana passada, Josh voltou chutando bundas essa semana com sua envolvente versão de "I Can't Make You Love Me". Não posso dizer que foi a melhor apresentação do cantor, afinal senti muita falta de seus falsetes, e acho que ele se esforçou pouco vocalmente, sem contar que depois de ouvir a versão de Justin Vernon, qualquer outra passa a ser amadora. Porém, como a música era a cara do cantor, e seu treinador sabia disso, não foram precisos muitos esforços para que ele hitasse e voltasse ao topo de seu jogo.
O fato de não ir muito bem na semana anterior, ou o público não ter gostado muito de sua apresentação pode ser determinante para o declínio da maioria dos participantes do The Voice, porém Kat Perkins veio para ser a exceção e provar que todo o mal entendido não só não lhe abateu, como serviu de combustível para ela entregar suas melhores performances no programa até agora. Depois de sua brilhante performance no Bottom3 semana passada eu achei que nada conseguiria superar esse brilho. Eis que a cantora me aparece com um conceito totalmente inovador de uma música pop atual, uma execução bem clara e afiada com o seu trabalho e uma performance de colocar qualquer outra apresentação da noite no chinelo. Sério, essa mulher é brilhante! Além de cantar ainda produz suas apresentações... Fascinante! Para mim a versão que Kat Perkins fez de "Get Lucky" foi a melhor coisa da noite, e por um bom tempo ouvirei apenas essa versão metal da canção. Sério, a parte do "To The Staaaars!" É perfeito! Para mim ela foi o "Stay With Me" e o "Hold On We're Going Home" da semana, apesar do público não ter valorizado da mesma forma.
É claro que depois da melhor apresentação da noite a tendência era realmente acharmos as seguintes um pouco fracas em relação a ela. Foi exatamente o que aconteceu com Kristen Merlin. Depois de ter apostado em algo mais pop na semana passada, a cantora resolveu voltar a sua raízes country, e apesar de ter feito uma apresentação bem emocionante, para mim algo continuou faltando. Pode ser birra pessoal, alguma coisa que apenas eu vejo, mas não sei, ela não me convence de forma alguma, e nem a performance em que parece que ela entregou o máximo de si no palco conseguiu me convencer. Sinto falta de um "breakthrough", da mesma forma que Sisaundra, o agravante para o caso de Kirsten é que ela não é nem dois por cento da cantora que sua concorrente é. Eu não sei o que vêem nessa mulher, acho que estão votando nela por causa da Shakira.
A noite continuou e parece que as coisas não melhoraram muito. É inegável que depois de Sisaundra Lewis, Delvin Choice é sim a voz mais versátil e impressionante da temporada, porém como disse no começo da review, o fato de ter uma boa voz não dá vitória a ninguém. É preciso sim, ter dentro de si muito mais que o fator artista, é preciso ser uma estrela. Semana passada o cantor já estava na corda bamba, mas o fato de ter apresentado uma música hype, uma vibe mais cool, meio que fez as pessoas ignorarem sua falta de empatia com o público. Porém essa semana, quem escolheu sua música foi Adam Levine, e o fato de ter pego um grande clássico para o rapaz cantar, deu a ele apenas uma opção... Uma Grande Música, Sua Voz e A Cara à Tapa. Ao executar músicas desse tipo, não existe meio termo, ou você hita ou flopa. E a tímida apresentação de Delvin, não chegou nem aos pés do que vimos Jermaine Paul apresentar na segunda temporada, e todo o brilho que ele resplandecia. O candidato acabou entregando o que esperávamos dele na semana passada, apenas empurrou um pouquinho com a barriga, mas flopou do mesmo jeito.
Entre as apresentações sem graça da noite, sem dúvidas a pior delas foi a de Audra McLaughlin. Em seu momento mais esquecível da temporada, a cantora subiu ao palco e cantou uma música da qual eu não me lembro, com arranjos completamente batidos, apresentando o que já estamos cansados de vê-la fazer, e dessa vez sem nenhum destaque como na semana passada. A música era desconhecida, sua performance foi sem sal, e a única coisa que conseguiu destacar no seu vocal foi aquela nota que ela segurou no final. e é exatamente nesses momentos em que a veia criativa do artista se esgota que vemos se é um produto que gostaríamos ou não de ouvir. Audra é uma ótima vocalista, mas jamais venderia no rádio.
Jake Worthington veio na sequência com uma apresentação um pouquinho acima da média das anteriores, mas que ao mesmo tempo me deixou extremamente confuso. Para mim a performance de "Hillbilly Deluxe" do rapaz tinha tudo para super hitar, é sempre refrescante ver um cantor de country fazendo algo mais animado no programa. Porém, por fatores que desconheço, a apresentação do rapaz não explorou nem metade de tudo que ele pode fazer e acabou ficando as sombras do que poderia conseguir. Foi inevitável ficar o tempo todo comparando com The Sowns Brothers e como eles envolveriam toda a platéia se cantassem essa música. Não sei se Jake estava cansado por estar doente, mas apesar dos seus vocais sempre impecáveis, ele parecia um cantor velho de country no palco, prestes a se aposentar, que mal conseguia tirar os pés do chão.
Fechando a noite e me surpreendendo mais uma vez, Christina Grimmie subiu ao palco e provou que uma reta final de Reality Show não pode ser feita de altos e baixos, e que é nessa fase mais crucial da competição que é preciso estar mais do que nunca alinhado e manter uma consistência durante todo o processo. A cantora desmistificou a aura de inexperiente que existia em torno de si, e mais uma semana nos entregou um produto de qualidade, muito bem executado, dentro de sua visão de artista, deixando de uma vez por todas carimbado, que apesar de sua idade, ela é sim o "Real Deal", e que está pronta para as rádios e para ser uma grande estrela. Ela simplesmente arrasou em sua versão da música de Lil Wayne. Fiquei realmente impressionado.
Na noite de resultados a loucura dominou o palco, foi uma cagação de regras, uma correria nas apresentações, tudo virou um tremendo Shenanigans, ficou muito similar ao samba do crioulo doido que é feito no The Voice Brasil. E de repente não teríamos dois candidatos eliminados, mas sim um Bottom4 aonde nada menos que metade dos participantes teriam que cantar mais uma vez para conseguir continuar na competição. Essa temporada do The Voice foi bem similar as primeiras, o tempo reservado para os Live Shows foi muito pequeno, se comparado com a primeira fase da competição. Ao meu ver isso é bem ruim para o Reality.
Das duas apresentação em grupo na noite, a de "Latch" com os cantores realmente interessantes da competição, realmente me chamou a atenção. Achei perfeita, se não foi tão boa quanto "Lego House" na temporada passada, quase chegou lá. Quando Josh Kaufman cantou Sam Smith no início da temporada ao vivo, eu sabia que era uma questão de tempo até que alguém no programa performasse a música do Disclosure com ele. Meus olhos brilharam, não só pela escolha musical mas também pelo banho de vocal que os candidatos deram. Em primeira instância eu achei que Sisaundra e Delvin dariam um banho nos outros dois, pela extensão vocal que a música exige, porém vimos Josh chegando junto, com o mesmo empenho que cantou "Stay With Me", e Christina Grimmie colocando todo o seu jeito pop e refrescante na canção. Achei incrível a apresentação, não me canso de ver, até aquele erro do Josh durante a música foi perdoado, de tão bacana que o resultado ficou. Dez à zero naquele pessoal cantando country. Sem mais delongas vamos comentar as apresentações do maior e mais louco Bottom formado na história do The Voice.
Sisaundra Lewis abriu os trabalhos do Bottom4 e em momento algum desceu do salto. Parece até que era um recado sendo mandado pela cantora: "se eu vou para casa irei como uma Diva". Em momento algum da competição deixou de permanecer honesta ao seu estilo para tentar algo mais comercial. Visivelmente emocionada a cantora nos entregou uma belíssima versão de "Natural Woman", porém dentre os quatro artistas que se apresentaram, ela foi uma das que não deu tudo de si. Parece que o fato de estar no Bottom4 em momento algum à fez cócegas, para que apresentasse algo que surpreendesse o público. Por ter recusado a sair de sua zona de conforto durante toda a competição, uma das cantoras que tinha grande potencial para levantar o caneco, assistiu de camarote sua eliminação extremamente precoce da competição.
Quem finalmente resolveu sair da zona de conforto foi Audra McLaughlin, achei tudo um pouco forçado, mas foi bem válida a mudança de postura. Se ela não tivesse deixado tão para última hora, era uma coisa que poderia ter alimentado e à ajudado a ir mais adiante na competição. Gostei bastante da forma como interagiu com o público, e sua performance de "Done" também foi bem precisa, sem perder suas características de Power Vocal House. E vem cá, quanto que The Band Perry está pagando para aparecer toda semana?
Eis que então sobe ao palco ela, destinada a lacrar a noite. Kat Perkins, sabendo que não merecia em hipótese alguma estar naquela posição, subiu ao palco para fazer o que faz melhor "Rock The Stage". Já bem sabemos que Heart é o que a cantora faz de melhor, e tem realmente alguma coisa na vibe e na atitude da cantora que é muito identificável com as irmãs. Até agora estou sem saber porque as pessoas do telefone não gostam de Kat, só sei que as mesmas pessoas que à levaram quase que ao Top10 do iTunes votaram e a salvaram pela segunda vez no Instant Save, fato histórico no The Voice. Apesar de ter assistido tudo bem animado e achando que estava no Guitar Hero, não acho que essa tenha sido a melhor performance da cantora, foi a mais fraca das três últimas, mas ainda assim ela estava acima de seus oponentes, e não merecia sair depois de todo o show que deu na segunda. E pelo iTunes a cantora nunca pertenceu ao Bottom.
Fechando as apresentações do Bottom, Delvin Choice subiu ao palco para fazer uma tímida versão da música de Bruno Mars. Achei bacana o fato de finalmente ele ter se atualizado, porém é meio que um fato que o cantor não pertence ao pop. Alguma coisa na música não casou com ele, senti que ficou faltando algo, talvez pelo fato da música não explorar todo o seu potencial vocal... Só sei que assim como Sisaundra, a impressão que ficou, foi que o cantor não deu o máximo de si nesse crucial momento.
No mais é isso meus caros, o Top8 foi uma semana bem fraca na trajetória do programa e que acabou revelando a consistência de alguns artistas em agradar o público, ou pelo menos uma parcela dele. Peço desculpas por não ter postado essa review na semana passada, pois estava bem enrolado. E depois de termos uma fase ao vivo encurtada, várias regras mudadas e muitas surpresas, só nos resta contar com as grandes apresentações desse Top5, e que os artistas façam valer seu lugar nas semifinais.
2 comentários
o nome da banda é heart no singular
ResponderExcluirkkk sorry!
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