Glee 5x20: The Rachel Berry Untitled Project

16.5.14


Many days fell away with nothing to show… How am I gonna be an optimist about this?

A frase cantada por Rachel e Artie em “Pompeii” resume bem o sentimento com Glee depois do que passamos ultimamente. Uma penúltima temporada completamente inconstante, pra dizer o mínimo, terminou com o mesmo foco e propósito que permeava todas as últimas tramas: nenhum. Como é que vamos ser otimistas quanto às proximas?

Com exceção da 1ª temporada, Glee nunca foi exatamente de fazer bons finais. O da 2ª, “New York”, é criticadíssimo e provavelmente responsável por grande parte das alegações de que essa temporada inteira foi ruim. O da 3ª, “Goodbye”, carrega o peso de terminar uma estrutura já conhecida da série de uma maneira muito dramática após o ótimo “Nationals”, que já tinha feito isso com competência. O da 4ª, “All Or Nothing”, pega o período de derrocada da série após uma época de renovação criativa, com a ausência de Cory Monteith, na época em que estava na reabilitação, e plots pouco interessantes do meio do ano letivo, se salvando só na despedida de Brittany. Mas mesmo com todos os defeitos, nenhum desses episódios podem ser considerados tão vazios quanto “The Untitled Rachel Berry Project”.

Sem exageros, dá para pular 40 minutos e entender todo o direcionamento pretendido com os 3 minutos de “Pompeii”. O resumo da ópera é que a série estrelada por Rachel ganhou luz verde, Blaine se mudou novamente para o loft para continuar nos entediando muito ao lado de Kurt, Sam está de volta ao McKinley, provavelmente para reconstruir o New Directions e confirmar seu status de novo Finn, Mercedes embarcou para seu tour e Artie continua sem qualquer função prática.

É de se questionar como um arco de episódios teoricamente voltado para a realização dos sonhos dos personagens na Big Apple termina com todo mundo se espalhando novamente, alguns sem motivação alguma (Sam já aparece seminu num ônibus e por isso vai largar tudo e voltar para Ohio? Really?). A falta de planejamento e o arrependimento dos roteiristas em terem feito essa transição porca é tão clara que tiveram que, do nada, forçar um discurso sobre “mais o fim de uma era” pra enterrar esse fracassado da série em NY. A mensagem que fica dessa sequência de episódios e de grande parte da 5ª temporada é:

Flagra registrado por nossa consultora Erika Ribeiro

O restante do episódio consiste num amontoado de cenas pastelão com a roteirista metida a engraçadona da série de Rachel, uma moça bipolar que fala de diarréia enquanto escreve cenas retardadas com hashtags, Brittany e Blaine na cama e fantasias esdrúxulas, tudo muito exagerado e sem a menor graça. O retorno de Brittany, aliás, não traz nada muito digno de menção dessa vez, e faz ainda menos sentido considerando a ausência de Santana no episódio, ainda que sua voz seja claramente audível na já citada performance musical de encerramento.





Como cereja do bolo, temos histórias dos casais favoritos de absolutamente ninguém: Blaine inserindo Kurt a força na apresentação de June, obrigando-a a admitir que os dois são uma dupla perfeita, talentosa e todo aquele blá blá blá; e Sam e Mercedes seguindo na lenga lenga de terem que se separar porque ela não quer liberar e ele tem necessidades. A única coisa aproveitável é a cena em que Sam é seduzido pela fotógrafa safadinha, embora o essencial mesmo tenha sido cortado, que é a cena descrita por ele, em que chorou desesperadamente apenas de cueca. Torçamos apenas para que a próxima temporada não continue Samerda.


Músicas do episódio:

Shakin' My Head - Original: Merda (Amber Riley) e Brittany (Heather Morris) só dublando e dançando

All of Me - John Legend: Blaine (Darren Criss)

Girls on Film - Duran Duran: Sam (Chord Overstreet)

Glitter in the Air - P!nk - Rachel (Lea Michele)

No Time at All - Pippin: Blaine (Darren Criss) e June

American Boy - Estelle feat. Kanye West: Blaine (Darren Criss) e Kurt (Chris Colfer)

Pompeii - Bastille: Artie (Kevin McHale), Sam (Chord Overstreet) Rachel (Lea Michele) Blaine (Darren Criss), Kurt (Chris Colfer), Merda (Amber Riley), Brittany (Heather Morris) na dublagem e Santana (Naja Rivera) em espírito

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2 comentários

  1. Te amo Leonardo caza comigo meu rei

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  2. Brittany enfiada no episódio ocupando obviamente o papel no episódio que seria de Santana.
    Chegou a ser embaraçoso.

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