Glee 5x17: Opening Night

24.4.14


Tina está de volta e o resto é resto.

É pra glorificar de pé o fato de que em mais 3 episódios encerramos essa temporada tão conturbada. Se na primeira metade alternávamos alguns pontos altos com coisas de qualidade duvidosa, a maioria do que veio depois do episódio 100 é puramente duvidoso.

Peço a compreensão de vocês para não me alongar muito no “plot” de Sue durante o episódio, para constatar apenas que foi ruim, muito ruim. Péssimo. Vergonhoso. Depois disso, sou capaz até de aguentar um destaque para Mercedes sem reclamar, mas não faço promessas. Tirando o lindo esculacho que levou de Rachel no final, depois de passar o episódio todo tentando sabotá-la e vivendo um romance tórrido com o insuportável Mario (que Mario?), nada se salvou, e se alguém achou graça nas piadinhas sobre New York e nas desventuras sexuais no apartamento, com direito a vestir o roupão dos ex-alunos, é hora de procurar ajuda.

Fora essa encheção de saco, a tensão de Rachel antes da noite de estreia de Funny Girl foi até bacana de acompanhar, embora ache que ocupou tempo demais. Sofrendo a barra de ler os comentários ofensivos deixados por trolls de internet (quem nunca?), nossa estrela teve que recorrer às mais complexas estratégias de sabotagem, cortando as cordas do violão de Sam e ignorando toda a positividade de Tina, que já chegou mostrando que a faculdade lhe ensinou muito sobre como fazer amigos, influenciar pessoas e escolher interesses românticos de sexualidade pouco questionável.

Como não podia deixar de ser, Santana é que resolveu a situação lendo as resenhas horríveis sobre Barbra Streisand na época em que fez o musical, já que a carta falsa de Tina foi descoberta. Gosto da dinâmica “Pezberry amigas e rivais” quando as duas agem sem grandes exageros e, dessa vez, foi na medida certa, com o reconhecimento da parte de Santana que, embora seja insuportável em 90% do tempo, cantando Rachel sempre agrada (há controvérsias).

A parte do espetáculo em si eu dispenso, mas admito que é uma questão muito pessoal. Não sou grande fã dos musicais mais dramáticos da Broadway, especialmente Funny Girl, que como o par nojento de Sue bem destacou, não tem nada de divertida. Mesmo assim, há uma parcela do público da série que curte e deve ter ficado bem satisfeita.

Uma pseudo-reviravolta que jamais fará sentido é o nascimento do filho de profª Schue nesse episódio. Sei que Jayma Mays está ocupadíssima com a péssima The Millers e que está difícil encaixar Emma na história, mas o acontecimento merecia alguma coisa mais grandiosa do que Will fazer a ponte aérea Lima-NY, receber a notícia por telefone, viajar de volta e depois falar o nome do bebê no viva-voz.

Para encerrar em alta, só mesmo celebrando o retorno de Tina em todas as suas camadas: Tina reinando absoluta na boate gay, Tina gótica e gaga no sonho de Rachel, Tina fazendo pouco dos que não foram prestar apoio como ela, Tina falsificadora, Tina ofuscando as aparições de segundos de Karofsky. Tina <3

 
PS: com a ausência de Artie no episódio, não temos mais nenhum ator que participou de todos os episódios de Glee.

Músicas do episódio:

Lovefool: The Cardigans - Rachel (Lea Michele)
De longe, a melhor versão no quesito "dá pra colocar no MP3 Player e ouvir de novo", mas como performance ficou bem esquisito. Claro, era sonho e não precisava fazer sentido, mas foram muitas as liberdades criativas e distorções na música, com direito a aceleradas e desaceleradas de voz dignas de quem começou agora a mexer com edição de som. Mesmo assim, deu pra curtir a loucura, especialmente por Santana cheerio e Tina <3
Cotação em Merdas: música limpinha.

NYC: Elenco de Annie - Sue (Jane Lynch) & Will (Matthew Morrison)
Aprendi a minha lição com as performances de Mercedes que me forcei a ver nos últimos episódios e fiz questão de pular essa. Mesmo sem ter visto, digo sem medo que foi ruim.
Cotação em Merdas:

I'm the Greatest Star: Elenco de Funny Girl - Rachel (Lea Michele)
Três palavras para desbancar Mãe Lea: Lily Mae Harrington. Quem viu o que Gordelícia foi capaz de fazer apenas com um microfone na mão e muita presença de palco, após reles 2 horas de ensaio, sabe que essa versão ficou muito aquém e que o acesso de tosse de Rachel que deveria ser teatral e gracioso foi apenas ridículo.
Cotação em Merdas:

Who Are You Now?: Funny Girl - Rachel(Lea Michele)  & Sue (Jane Lynch)
Sério, mas sério mesmo que a música mais emocional do espetáculo, que foi inclusive destacada como ponto alto na review do New York Times, com flashback de Finn, crysinging e tudo mais,precisava dessa intervenção "imaginária" de Sue no meio? A canção não faz o meu estilo e eu não sentiria qualquer emoção de qualquer forma, mas algo que carrega tanto peso dramático para Rachel não poderia nunca, jamais, ser apresentado com esse tipo de gracinha. Nem ia dar Merdas para a música, em respeito à carga emocional do momento, mas essa avacalhação com Sue se metendo na performance, mesmo que só na cabeça dela, me obriga a clamar por justiça.
Cotação em Merdas:

Pumpin' Blood: NONONO - Rachel (Lea Michele) e Mercedes (Amber Riley)
Não pretendo ouvir de novo, mas no meio de tanta música chata da Broadway, é uma versão até bem-vinda e a execução na boate gay foi divertidíssima. Pudemos ver a ousadia de Sam tirando o DJ (futuro namorado de Tina?) de seu posto e a única ressalva que faço é que ele devia ter aproveitado a oportunidade para reencarnar o White Chocolate e faturar uns trocados. Ganha uma Merda pelo fato de ter Merda cantando.
Cotação em Merdas:

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7 comentários

  1. Pelo menos uns 3 na 4ª temporada, o primeiro de Grease, o de super-heróis e o do tiroteio.

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  2. Não gostei da review.

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  3. Há o episódio 16 da 1ª temporada (Home). Rachel não aparece nele.

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  4. Sua review me representa, Leo!

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