Glee 5x11: City Of Angels
16.3.14
Depois do que pareceu um longo século,
eis que chegamos às Nacionais. Demorou sim, mais do que o normal, por motivos óbvios
e que o próprio episódio faz questão de destacar. Demorou porque Glee teve que
se reestruturar após os acontecimentos com Cory Monteith e a equipe precisava
de um tempo para respirar e nos trazer até esse episódio que, afinal, era
bastante esperado, assim como todos os que mostram etapas da competição dos
corais.
No fim das contas esse é mais um
episódio mediano. Começa frio e vai aquecendo, da metade para o final, muito
por causa da nova homenagem a Finn e ao que ele representou na série. Cheguei a
pensar se era realmente necessário voltar no assunto e conclui que sim. Finn
estava muito envolvido com o New Directions e trabalhou com os colegas,
preparando-os para as apresentações, portanto, era apenas justo e até bastante óbvio
que o New Directions fizesse essa homenagem. Uma parte importante do grupo,
ex-membro e mentor, morreu. O que eles deveriam fazer? Passar por cima dos
fatos? Em termos de narrativa, a homenagem coube muito bem nesse episódio, mas
não é algo que possa ser usado novamente sem causar cansaço e críticas.
De certa forma, o fato de o grupo
ter escolhido as músicas favoritas de Finn para as Nacionais é jeito singelo de
demonstrar carinho e respeito. Foi bonito e é claro que eu fui levada pela emoção
quando começaram a aparecer os flashbacks, quando vimos o quanto Finn tocou a
vida de cada colega. A melhor parte foi com “I Still Haven´t Found What I´m
Looking For” e confesso sem a menor vergonha que não gostei muito das músicas
que antecederam, embora Tina e Blaine tenham feito uma boa dupla em “More Than
a Feeling”. Para “America” achei a movimentação de palco estranha.
Minha sensação é a de que, na
verdade, ninguém deveria ganhar essa competição. Não achei ninguém bom de
verdade e eu sempre solto um “UAU” para alguma apresentação das Nacionais. Como
sempre, ganhamos um grupo avulso para ser nêmesis do New Directions, mas o
Throat Explosion foi meio “blé”, na falta de descrição melhor. A participação
de Skylar Astin como Jean Baptiste não foi um diferencial importante e as músicas
do grupo rival até que foram mais empolgantes, mas as performances de “Mr.Roboto”
e “Counting Stars” não passaram de bacaninhas.
Depois ainda entramos na
babaquice do roubo da placa de homenagem a Finn, estratégia que deveria abalar
a confiança do ND e, mesmo que todos esses desafios tenham unido o grupo ainda
mais, faltou alguma coisa. Lembrem que se a série “se mudar” para NY estamos
diante da última competição do Glee Club. Pensando assim, esse foi um episódio
bem pobre.
Foi bom ver Sam se transformando
num novo líder, saindo do papel do “palhaço” para realmente se tornar responsável
por um desfecho importante para eles e para nós. As baquetas foram um símbolo
para guardar na memória, assim como cada frase proferida por Burt e Carole. Aqui,
é preciso dizer, quase erraram a mão. Mais um pouco de Carole tendo ataques e
fazendo comentários amargurados e eu teria odiado a coisa toda. Sei que esse é
um lance pessoal, porque muita gente adorou tudo de Burt e Carole, mas para mim
ficou no limite do “over”. Não que ela, como mãe, não fosse ter essas reações,
foi problema de texto e interpretação. E o que importa de tudo isso? Apenas a
conclusão de que Finn deixou seu legado, com certeza e pudemos ver, sentir e
ouvir nesse episódio.
Sobre as demais músicas, “Vacation”
cai na categoria do insosso. Já “I Love L.A.” foi interessante e cumpriu o
papel de apresentar a Cidade dos Anjos e onde os sonhos artísticos são
massacrados ou se tornam realidade. E para traçar esse paralelo ganhamos (ou
perdemos, no caso, eu perdi) a presença de Mercedes. Minha antipatia por ela e
tudo o que a envolve é gigante então nem consigo ver graça no cachorro de pelúcia
e no falso glamour que ele vem para representar. Cumprindo esse papel, Mercedes
é a pessoa que dá um sacode em Marley quando ela pensa em desistir de cantar e
compor.
Fiquei surpresa que tenham dado
duas falas para Ryder, Marley e Jacob, mas já enxergo tudo isso como desfecho
dos personagens. Está cada vez mais claro que os novatos ficam de fora na próxima
temporada e que o caminho escolhido para limá-los da história é deixá-los cair
no esquecimento total. Alguém aí pode até dizer que esses personagens não fazem
diferença. E não têm feito mesmo. Sem ter trama nem Rachel faz diferença.
E justamente no fim, vem o gancho
para o episódio 100. Vocês têm noção que chegamos a 100 episódios de Glee? Pois
é nesse momento que Will perde e Sue vence. Aposto que ninguém achou que
chegaria o dia em que ela triunfaria e o New Directions seria exterminado por
ser o primeiro perdedor. Só os clubes vencedores ganham verba para continuar
existindo e esse golpe é, provavelmente, o mais sólido nas inúmeras tentativas
de Sue acabar com o Glee Club. Chegamos ao ponto em que a piada central da série
se tornou uma realidade e vai trazer todo mundo de volta para Lima.
Foi uma boa “desculpa”. Só fico
na dúvida sobre o que farão com isso depois. Acabar com o ND é a grande sacada
para transferir tudo para NY, mas não sei se irão persistir nisso. Até hoje
sempre foi possível reverter a situação, então, estou pagando para ver.
P.S* Como sempre jurados
maravilhosos para as Nacionais. Adorei ver Marlee Matlin como a jurada surda.
P.S* Becky sempre maravilhosa em
todas as suas aparições. Chego a ter medo da autoridade que ela impõe.
Músicas no episódio:
"I Love L.A." - Randy Newman: Will Schuester, Blaine Anderson, Artie Abrams, Sam
Evans and Jake Puckerman with New Directions
"Vacation" - The Go-Go's: The Amazonians
"Mr. Roboto"
/ "Counting Stars" - Styx / OneRepublic: Jean-Baptiste
and Throat Explosion
"More Than a
Feeling" – Boston: Blaine Anderson, Tina Cohen-Chang
and New Directions
"America" - Neil Diamond: New Directions
"I Still Haven't
Found What I'm Looking For" - U2: New Directions
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