Glee 5x09: Frenemies

2.3.14


Amigas e Rivais.

Fazendo referência a uma das melhores novelas mexicanas de todos os tempos (só que não, Glee retorna de seu longo hiatus num episódio mediano, mas que coloca fogo na relação entre Rachel e Santana de um jeito que é impossível para qualquer um de nós não escolher um lado ou não pensar sobre a trajetória das personagens.

Não há a menor dúvida de que as duas roubaram completamente a atenção e que as demais histórias soaram bobas perto do duelo de divas que presenciamos. Há quem diga que uma foi mais infantil e imatura que a outra, mas a verdade é que, no final das contas, nem Rachel e nem Santana estão preparadas de verdade para as pressões da fama e do sucesso.

Mesmo assim, confesso que nesse embate sou mais #TeamRachel. Tenho torcido pelo sucesso dela desde o primeiro episódio de Glee, mesmo que, afinal seja tudo de mentirinha. Nesses cinco anos, vimos sua luta para ter destaque e provar seu valor, para se tornar uma artista completa e agora, ela está a um segundo de realizar seu maior sonho, logo, é perfeitamente natural que ela veja a menor ameaçar como um inimigo de proporções épicas. Se a ameaça tiver a forma, a personalidade e o talento de Santana, aí é que a coisa piora mesmo.

Não diria, jamais, que acho o estrelismo de Rachel justificável. Aquilo é nível Susana Vieira de egocentrismo #loveSusana, mas no fim das contas, não consigo achar a atitude de Santana muito ética ou digna de algo que uma amiga de verdade faria. E se ela não é amiga de verdade, se ela é capaz de jogar com as fraquezas e medos de Rachel mesmo agora, ela não passa da bully da escola. Aquela que precisa diminuir os outros para se sentir bem. E podem reclamar à vontade sobre como Rachel estava tratando Santana, porque pra mim não cola. Rachel, por mais feliz que estivesse por ter mais sucesso que seus colegas de quarto, não estava sendo babaca ou, pelo menos, não senti nem um pingo de tentativa de humilhar Santana em nenhuma atitude dela, nem no convite para que a outra fosse figurante no ensaio para a revista. Por tudo isso, achei o tapa da cara de Santana bem providencial e justo, afinal, Rachel reagiu, talvez como nunca antes na vida, para proteger algo que é precioso para ela e que vai definir seu futuro na Broadway.

Justamente porque estamos falando de duas artistas excelentes, a dobradinha deu super certo no episódio. As melhores músicas, performances e interpretações vieram delas. Adorei ver Sara Bareilles honrada na série com “Brave” e também gostei de ver a famosa “stalker song” do The Police no episódio, embora eu não veja muita ligação com a história em si, já que a letra tem um sentido meio doentio e NADA ligado à amizade ou rivalidade. É basicamente sobre um cara seguindo uma mulher como um psicopata (ou uma mulher seguindo um cara como uma psicopata), mas tudo bem. Até Blaine já cantou música de cunho romântico/sexual para o próprio irmão e a gente deixou passar, então vamos fingir que “Every Breath You Take” coube como uma luva na situação e bola para a frente.

O que dividiu opiniões foi a nova versão de “Don't Rain on My Parade”, executada por Santana em sua glória e safadeza. Gostei bastante do arranjo instrumental que deu essa personalidade mais sensual para a canção e Naya Rivera conseguiu, sim, levar muito bem a parte vocal. Claro que, dentro da história, achei muito DESAFORO de Santana pegar a música que iconizou Rachel e fazer versão latina para impressionar o diretor do espetáculo, mas como número musical, foi ótimo, energético e interessante de assistir. Só fiquei tentando entender qual era a grande sacada no fato de duas pessoas de talento saindo da mesma escola de Ohio, mas comecei a ver nisso a chance de levar o elenco para NY. Pensem bem. Com o sucesso de Rachel e Santana todo o New Directions ganha atenção e todos vão pra NY mostrar como se faz um Glee Club de verdade. NA BROADWAY. Não duvido de nada dessa possibilidade, conhecendo bem a equipe de roteiristas de Glee.

Já que a temática da semana coloca amizades em xeque, eis que Kurt surta e tem alucinações sobre os desejos de dominação mundial de Starchild.  Foi tão absurdo que chegou a ser divertido, mas ainda não entendi porque a loja de guitarras tinha uma aparato para POLE DANCE. Sério? Sou fã  de “I Believe in a Thing Called Love”, mas não é exatamente uma música que prove o quanto você é um fodalhão do rock’n roll ou algo assim. Parecia um clipe mal inserido, honestamente falando, mas todas, TODAS as demais músicas seguiram essa linha e a edição contribuiu muito para que esse episódio não fosse melhor.

“Whenever I Call You Friend” foi bacaninha (inha), assim como “My Lovin’ (You’re never Gonna Get It)”, mas não dá para elogiar além disso. “Breakway” foi bem sonífera, se me permitem dizer e acho que continuamos presos em péssimas escolhas musicais. Glee já foi melhor em selecionar a song list e, repito, a edição e a inserção desses números musicais foi péssima, então todo o resto ficou seriamente comprometido.

Não que haja algo de muito maravilhoso na rivalidade estúpida e sem sentido entre Artie e Tina, mas se a coisa fosse mais bem trabalhada eu teria comprado 100%, pois sempre fiz campanha para Tina ter mais espaço, adoro Artie e todas as performance de Kevin McHale. Plot fraquíssimo, infelizmente. Valeu somente pelas piadas internas de que eles conquistaram o valedictorium por estarem presentes sempre, mesmo que apenas balançando as mãos no fundo da sala do coral. Excelente também o comentário de Blaine sobre Blaine: “Tenho a impressão de que as coisas sempre caem no meu colo e não preciso me esforçar”. CEMIJURA?  Somente Becky poderia encerrar as coisas tão bem, mostrando para ele que Kurt agora está tirando fotos fofas com Starchild. Manter os amigos perto e os inimigo mais perto ainda pode ser realmente perigoso.

P.S*Muitas referências a Smash. Titia Ryan mandando um beijinho no ombro das inimigas pro recalque passar longe.

P.S*Para quem está achando Rachel infantil ao ficar brava com Santana: Se vocês viram Smash (o que deu pra aturar de Smash, pelo menos) vocês sabem do que um understudy é capaz. Veneno no mingau de aveia é coisa até de amador.

P.S*Cobrindo Glee por aqui TEMPORARIAMENTE, até o retorno do Leo Oliveira de suas merecidas férias!

Músicas no episódio:

"Whenever I Call You Friend" - Kenny Loggins and Stevie Nicks: Artie Abrams and Tina Cohen-Chang with New Directions
"Brave" - Sara Bareilles: Santana Lopez and Rachel Berry
"My Lovin' (You're Never Gonna Get It)" - En Vogue: Artie Abrams and Tina Cohen-Chang with New Directions and Will Schuester
"Beautiful Dreamer" - Stephen Foster: Funny Girl understudy audition
"Don't Rain on My Parade" - Funny Girl: Santana Lopez
"I Believe in a Thing Called Love" - The Darkness: Elliott "Starchild" Gilbert and Kurt Hummel
"Every Breath You Take" - The Police: Rachel Berry and Santana Lopez
"Breakaway" - Kelly Clarkson: Tina Cohen-Chang, Artie Abrams and Blaine Anderson with New Directions

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3 comentários

  1. Cadê as gifs crocantes da review? #VoltaLéo </3

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  2. Adorei o episódio c/ suas típicas reviravoltas... ah, os melhores momentos: a cara de Castle c/ cada reviravolta (impagável!), a conversa entre Kate e Alexis (estava faltando um momento desses... amei!) e a cena de Castle e Kate qdo voltam ao apto (me fez lembrar os momentos em que eles viviam brigando... muito bom!). Também senti falta de Martha... Bjus!

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  3. Quero os gifs de volta! haha

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