Almost Human 1x13: Straw Man (Season Finale)

7.3.14



A natureza procedimental de Almost Human é evidente em quase todos os episódios dessa primeira – talvez única – temporada. Um final como Straw Man é apenas coerente com essa falta de uma narrativa continua, já que encerra esse ano de estreia da série com uma história que poderia ter sido o segundo capítulo ou o último, e jamais pareceria deslocado.

Isso inclusive foi feito, e esse é o maior atestado da aleatoriedade da série, onde as tramas raramente tem consequências duradouras. Dessa forma, cada episódio fica excessivamente dependente da qualidade do caso apresentado: se os roteiristas estão inspirados, há uma boa história, senão apenas quarenta minutos de tédio.

Em Straw Man aconteceu o primeiro caso. Usando o ponto forte da série – os avanços tecnológicos existentes naquele futuro, dessa vez na forma de uma impressora capaz de replicar pessoas – como forma de criar uma mudança de rumo inesperada na trama, desviando do caminho fácil de usar apenas um serial killer como o vilão da vez.

Sempre que essas tecnologias são bem utilizadas em um episódio, surpresas no caso da semana e detalhes que ajudam a enriquecer o universo surgem, adicionando um pouco de continuidade, algo que a série tanto precisa. Mostrar, por exemplo, aqueles abrigos e máquinas capazes de produzir pilulas que atendem as necessidades exatas de cada pessoa é uma situação perfeita que mostra o bom casamento de uma tecnologia futurista – nada inovadora no gênero sci-fi – com o contexto social no qual ela é usada se unindo para tornar aquele lugar real.

As partes em que vemos revelações sobre o passado de Kennex não funcionam tão bem já que nunca soam pessoais. Qualquer policial poderia ter sido o investigador anterior daquele caso já que a informação de ter sido o pai de Kennex não acrescenta nada ao protagonista, exceto na cena onde o detetive revela a motivação para ter se tornado policial, algo que poderia ser revelado em qualquer outro episódio.

Mesmo que tenha se revelado um bom episódio – exceto pelas partes da avaliação de Dorian, que parecem jogadas, sem motivo – ele é uma síntese da falta de continuidade dessa primeira temporada. Se a série receber uma chance para voltar na próxima fall season, que ela corrija esses problemas e alcance o potencial que acredito que ela tem.

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4 comentários

  1. Boa review Hadriel Maia. Não acredito na continuidade da série,já que o último capítulo não deixou nada no ar para que seja resolvido em uma possível segunda temporada. Simplesmente acabou. Infelizmente deixaram para traz uma estória com potencial para 2 ou mais temporadas, desde que tivesse uma mitologia mais rica e muito mais imaginação, só que dá a impressão que largaram mão e não querem.Que pena, espero que esteja errado pois gosto muito dos personagens e do futuro criado na série.

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  2. Eu gostei do episódio, mas achei tão mediano pra final de temporada. Ficou com aquela sensação, de não ter certeza de outra temporada, o que é totalmente verdade até agora. Talvez ela seja cancelada mesmo.

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  3. Ricardo,
    Me metendo na sua conversa com a Sol, eu concordo com tudo que você falou sobre a participação de Castle ser mais "efetiva", vamos dizer assim.
    Quanto aos votos, Kate já os tem prontos: é só ler a carta que ela escreveu. Ele pode ser mais bem-humorado, mas, acredito que vai ser bem romântico (vide a declaração dele no final da quarta temporada). Só não pode faltar a palavra ALWAYS dos dois lados, concorda? Abs, Fátima

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  4. Excelente episódio para alterar com aqueles mais divertidos e leves. Sabia que ia ser um clima mais tenso, mas o envolvimento com o Senador apanhou-me totalmente de surpresa! E que boa surpresa o rumo que isso tomou, tornando-se maior do que "apenas" o assassinato da mãe dela, como sempre haviam prometido.

    A Beckett brilhou muito neste episódio, foi praticamente 100% dedicado a ela e ela mostrou o quanto vai além de ser uma "simples" detective.. o único senão foi mesmo o que já foi aqui referido por outras pessoas de todo o resto do elenco ficar mesmo muito de lado e a investigação não ter dado em absolutamente nada. Se dependesse deles ela estava morta :| o Castle não fez nada senão desesperar.. eu sei que é mesmo o mais lógico e mais provável ele não poder fazer nada por muito que queira, mas gostaria de o ter visto a tentar algo invulgar, mesmo que não desse em nada. Não queria que ele salvasse o dia nem nada assim porque isso seria forçado, mas gostaria de o ter visto mais activo, ele basicamente fez exactamente o mesmo papel que a Jenny quando o Ryan ficou preso no fogo, acho que ele podia ter sido mais criativo ainda que igualmente ineficaz. E já que falei no Castle, fico mesmo com pena de não o conseguirem desenvolver no quesito dramático e de passado como fazem com a Beckett! Não percebo porquê! Qualquer episódio centrado no drama da Beckett com o pano de fundo do assassinato da mãe é promessa entregue de qualidade. E com o Castle conseguiram concretizar isso uma única vez com o rapto da Alexis no episódio duplo do ano passado. Que já agora, ao contrário de outras opinoões que li, para mim continua a ser superior a este, por muito que eu tenha gostado deste. Tenho mesmo pena que não consigam repetir o feito, nem tentem muito fazê-lo :( com a Beckett funciona sempre e com o Castle parece que não engrena, e não é culpa do Nathan Fillion que veste muito bem um Castle sério e dramático quando é preciso, então não entendo...mas pronto, chega de reclamar com um episódio tão fantástco ;) é só mesmo porque eu sei que eles têm potencial para fazer o mesmo com ele e gostava muito que isso acontecesse..

    E claro não poderia deixar de comentar a declaração de amor mais linda que a Beckett já fez ao Castle..pena ele não ter tido a oportunidade de ouvir, como foi comentado na review, mas ainda bem que nós tivemos :)

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