Arrow 2x12: Tremors
5.2.14
Arrow terminou 2013 muito bem, mas a pergunta que não quer calar é: será que a série conseguirá a mesma proeza do ano que se passou?
Qualquer episódio depois de uma midseason finale é inferior do que o antecedente, afinal todos os neurônios foram usados para criar um episódio memorável. Por isso, o episódio Blast Radius pode ser considerado medíocre para alguns, mas pelo menos tivemos um desenvolvimento de alguns personagens, enquanto outros continuaram estagnados.
O caso mais interessante é o plot de Laurel, que finalmente deu as caras na narrativa principal da série. Geralmente, ela fica marginalizada, com alguma coisa que não parecia importante, algo banal, na verdade. Agora, Laurel entrou de pé e cabeça na luta contra Sebastian Blood, algo que com certeza renderá muitos momentos importantes. Entretanto, devo ressaltar que nenhuma pessoa sóbria acreditaria em uma mulher que está internada com problemas mentais. Laurel decidiu investigar Blood mais à fundo por causa desse encontro, mas convenhamos que uma pessoa normal precisaria de mais provas além de um relato de uma louca.
Porém, o vilão da semana foi um dos mais fracos até o momento. Shrapnel frequentava um website anti-governo e tem também altos conhecimentos em fazer bombas e lidar com tecnologia. Suas reais motivações não foram bem exploradas, deixando o personagem muito superficial e esquecível.
Fomos presenteados nesse episódio com mais um momento de tensão entre Oliver e Felicity, ou melhor, Olicity. Oliver ficou irritadíssimo com Felicity por algumas bolas fora, mas como Diggle bem colocou ele “não tinha nenhum problema com a performance de Felicity antes da mesma ter conhecido Barry”. É bonito pensar que os dois ficarão juntos no futuro, mas, por favor, roteiristas, vamos NÃO transformá-los na versão mais nova de Clark Kent e Chloe Sullivan, OK? Ou seja: não fiquem jogando cenas de Olicity se não há planos para os dois em um futuro próximo – isso irá acabar bastante com a credibilidade.
E por falar em Laurel, a personagem recebeu todos os holofotes no episódio Blind Spot, deixando claro que quando recebe um papel decente, consegue desempenhá-lo. Pena que quando ela finalmente consegue fazer algo interessante, é presa por porte e dependência de drogas. Depois de sua visita à instituição, Laurel põe em movimento uma série de eventos que quase revela a identidade do verdadeiro vilão em Starling City, mas sabíamos que ela não conseguiria desvendar nada e que seu vício por drogas iria atrapalhar o resultado dessa caçada. Nada de novidade aqui, mas com certeza foi interessante vê-la desempenhando algo mais interessante e lutando, ao lado de seu ex-amor. Todo mundo agora acha que o Blood Brother está morto, e isso só torna os próximos episódios ainda mais interessantes.
Depois de todos esses acontecimentos, Laurel receberá uma carta branca para começar de novo. Desde o início da temporada tinha ficado claro que para que a personagem se tornasse a Canário Negro reinante, algo muito pesado tinha que acontecer. A personagem acaba de atingir o fundo do poço e tudo indica que isso é necessário para que ela volte renovada.
Por outro lado, Slade continua nos agradando com sua presença, mas especificamente, deixando claro para Blood que ele não consegue fazer o trabalho direito. O personagem apareceu no final do ano passado e mesmo assim não temos certeza de suas motivações. O jogo de manipulação entre os dois e Laurel deu no que deu, e convenhamos que ambos tiveram uma ótima ideia e souberam muito bem como fazer Laurel parecer uma lunática e acabar totalmente com a credibilidade da coitada.
Descobrimos, porém, nos flashbacks, que Sarah tinha prioridade e Laurel não aguentou e precisou ter Oliver primeiro. Isso com certeza foi uma revelação um pouco inusitada, afinal no final Sarah conseguir ter Oliver também, então não há a necessidade de ficar se remoendo por causa de quem foi ou não a primeira a receber a flecha de Oliver. Ainda sobre Sarah na Ilha, a personagem é duvidosa e cheia de duplicidade. Não havia nenhum motivo para ela ter iniciado uma conversa com o Dr. Ivo, mas mesmo assim, ela o fez, e o tom da conversa não foi nada animador – ela parecia genuinamente agradecida por tudo que ele tinha feito por ela enquanto estava no barco. Será que veremos uma Sarah passando a perna em Oliver mais uma vez?
O momento pelo qual todos estavam esperando finalmente aconteceu em Tremors. Roy agora está no Team Arrow, como Felicity bem descreveu. Foi uma longe e árdua jornada, muitos toquinhos na água, mas Roy finalmente entendeu a necessidade de se manter calmo e não acabar com tudo e com todos. Claro que para que isso acontecesse, Oliver teve que se revelar para o namorado da irmã, mas pelo menos agora Roy sabe muito bem com quem ele está convivendo. Essa oportunidade é o que Oliver estava esperando, Roy ser injetado com Mirakuru dá-lhe a oportunidade de corrigir o erro que fez com Slade, um mal que ele acredita que resultou na morte do próprio. Oliver agora se tornou expert em lidar com seus próprios demônios e ele usará Roy como sua nova meta na vida.
Até o momento, todas as cenas em que Roy apareceu foram bem irritantes, mas particularmente por Thea, que até hoje não consegue se tornar uma personagem interessante. Ela basicamente fica reclamando dia e noite sobre a falta de comunicação que existe entre ela e Roy. Depois desse episódio, porém, fica claro que a personagem precisa de melhores rumos, já que todos os outros possuem suas próprias narrativas. Até Mama Queen, que teve uma grande parcela de culpa na primeira parte da temporada voltou a dar as caras esse ano com o plot “posso me candidatar a prefeita, mas Thea não pode saber a identidade de seu pai verdadeiro”. Esse plot é bem interessante, porém, quem realmente acha que ela vai conseguir ganhar? Acredito que o povo de Starling City só votará na milionária quando descobrirem que Blood anda matando várias pessoas e criando super soldados, só porque ele pode.
A cena inicial do episódio foi bem nojenta, mas isso deu insumo para que o Wolverine Chocolate voltasse à ativa. Em sua primeira apariação, o personagem foi muito mal aproveitado, mas agora ele teve um momento de redenção, com algumas cenas de ação bem produzidas. A máquina de terremotos está de volta também e prevejo que essa não foi a última vez que a veremos na série. Mesmo que o plot tenha acabado de forma previsível, o que não foi previsível foi a aparição da fodona Amanda Waller, recrutando Wolverine Chocolate para participar de seu Esquadrão Suicida. Ainda precisamos de mais desenvolvimento, mas tudo indica que veremos Amanda por muito mais tempo nessa temporada.
Agora que Laurel atingiu o fundo do poço, ela precisa de muita ajuda para finalmente sair de lá. Infelizmente, a personagem ainda não colocou esse plano em ação e passou o episódio inteiro passando vergonha com sua bebedeira. Pelo menos tivemos o retorno de Sarah e isso deixa claro que a personagem será morta em breve, servindo como empecilho final para que Laurel se transforme naquilo que todos queriam desde o início: a verdadeira Canário Negro.
Para finalizar, deixo aqui um momento de silêncio para Arrow e sua previsibilidade, em especial nos acontecimentos da Ilha. Cada dia que passa fica mais e mais claro que Slade continuará a se remoer por achar que é o responsável pela morte de Shado, até descobrir que Oliver foi o responsável por tudo, por achar que Sarah é melhor na cama. Na verdade, esse é o caminho mais previsível do mundo e Arrow poderia muito bem contornar essa situação, entregando algo mais elaborado.
7 comentários
O mundo da moda não é algo que me fascine especialmente, até porque não percebo nada nem ligo muito para tendências, mas achei muito bom a série acrescentar mais uma homenagem à sua longa e diversificada lista, com a referência ao Diabo Veste Prada.
ResponderExcluirAs piadinhas e teorias do Castle estavam perfeitas no contexto, a Beckett aprofundou bastante a personagem com aquele momento lindo em que ela se permitiu sonhar (nem vale a pena elogiar mais a actuação da Stana, já toda a gente disse o quão fantástica ela é passando toda essa emoção sem falar nada, impecável!) e finalmente tivemos algumas cenas super fofas de casal dos dois. Gostei do contraste de cena inicial com a Beckett bem descrente em relação a todas aquelas revistas e noivas cliché e o a alegria dela quando se olha ao espelho pela primeira vez no vestido de noiva. É interessante que eu me consegui identificar bastante com o drama dela nesse episódio porque por acaso também vou casar em breve e alguém que eu sempre imaginei que fosse passar por tudo isso comigo já cá não está. No meu caso não foi a mãe, mas sim a minha prima que sempre foi a minha melhor amiga desde criança. Sempre imaginei que fosse ela a ajudar-me com um monte de pormenores desses que a Beckett falou de flores e vestidos, porque eu nunca tive o menor jeito para decoração e ela adorava imaginar essas coisas, não no sentido da moda, mas com sim com um toque e um estilo bem próprios. Decidi fazer a minha decoração com girassóis porque eram a flor preferida dela. Então foi, como o Castle bem pontuou, bem humano da parte dela sentir falta da mãe nesse momento tão feliz que toda a gente sempre gosta de partilhar com os seus entes queridos. É por isso que Castle, mesmo com alguns baixos pontuais, é uma série….fora de série!! Não conheço nenhuma outra, e não estou só a referir-me a séries criminais, que
desenvolva e aprofunde um casal e ambos os personagens individualmente ao longo dos anos com tanto carinho e coerência. É por isto que Castle é a minha série favorita actualmente e que a maioria das pessoas que não acompanha e acha que é só mais um procedural criminal não percebe porque é que a série tem tantos fãs tão fieis.
Super feliz e emocionada com seu comentário Su. Legal mesmo ver alguém compartilhar os sentimentos do que está vivendo aqui após assistir ao epi. Isto é Castle! E assim como você acho uma série fora de série.
ResponderExcluirA vdd é que se houve algum descontentamento ele se apagou diante da perfeição em que o assunto sobre a Beckett não ter a mãe ao seu lado em um momento destes, foi abordado.
Sensacional, assim como a cena no espelho.
Bjks.
PS: Adorei que vc comentou aqui nos comentários do google, porque não consegui me habituar com o do blog. Acho que vou pedir pro pessoal voltar a comentar aqui.
Hey Ricardo. Sabe o que eu ia pedir, acho que vou pedir para todos a partir da próxima review, para comentar pelo Disqus, aqui tá tão ruim responder, a página carrega o tempo todo e às vezes o comentário desce, não fica embaixo de quem eu respondi. Mas bora lá.
ResponderExcluirTu assistiu denovo com a legenda né? Entendi.
Então, concordo muito contigo. A cena do vestido me emocionou muito, assim como o desabafo dela para o Castle e já pedindo desculpas quando ele reconhece o quanto aquilo é humano.
Mas sabe o que mais me emocionou?
Ele disse para a Martha que não queria perder mais tempo, porém quando a Kate desabafa com ele sobre o lance da mãe, a primeira coisa que ele pergunta é se ela precisa de mais tempo.
Achei sensacional, porque mostra o quanto ele está colocando o relacionamento em primeiro lugar às próprias vontades.
Bjks.
Copiei para não perder o histórico.
=================================================================
Sol,
Tem razão sobre Castle, ele está super cuidadoso e não impondo nada para Beckett, deixando-a a vontade, isso porque ele a entende melhor do que ninguém e sabe que ela é muito independente.
Mas por outro lado, esta temporada mostra uma Beckett super carinhosa com Castle e sua familia. Ou seja, lembra daquele dialogo dela com a Lanie a respeito da Alexis em Like Father, Like Daughter em que nenhuma familia era perfeita e que ela tinha que ajeitar a "bagagem dela com a bagagem da familia dele", pois é justamente isso que está acontecendo. Esse é um pequeno exemplo de como Castle tem qualidade nos detalhes e é feito com muito cuidado por eles para os fans.
Bem era isso e e agora em diante conversamos por aqui. E é muito bom trocar essas idéias e ponto de vistas sobre Castle com pessoas como você, pois não nos fazem no sentir sozinhos no mundo Castle. e se deixar fico falando horas, pois realmente gosto de Castle e como ele é escrito, dirigido e interpretado pelos atores.
bjks,
Boa noite, Solange! Bem, vou começar discordando de muitos fãs, mas eu gostei do vestido! Ao mesmo tempo em que foge do branco tradicional (c/ tom cinza no corpo), a saia remete ao vestido de noiva comum... achei que tem muito a ver c/ a Beckett... No mais, a velha e MARAVILHOSA série Castle: interpretações emocionantes de Stana e Nathan (sem adjetivos p/ qualificá-los! =o), as piadas incríveis de Castle, o romantismo e amadurecimento do casal (que amor mais lindo!)... concordo c/ vc quanto como foi fofo ver Castle falando c/ Martha que não queria mais esperar e, depois, entender a tristeza que abateu Beckett e perguntar se ela queria esperar... e, em meio a tudo isso, como pano de fundo, mais um caso de assassinato p/ desvendar. Enfim, foi por essa receita de AM que me apaixonei! Bjus!
ResponderExcluirNem me diga Ricardo, nem me diga.
ResponderExcluirAs vezes, coloco um cronometro ao lado do pc para me policiar em não passar mais de 1h vendo coisas e falando sobre Castle, porque eu sou incontrolável. kkkk.
Fico feliz por escrever estas reviews, principalmente por conta destes laços que a gente conseguiu criar aqui embaixo nos comentários, é muito legal mesmo.
bjks. E de agora em diante pelo Disqus é bem melhor :D
Estamos nesta junto Jana. Paixão por Castle, Always.
ResponderExcluirAgora sobre o vestido, menina já li tantos sonhos de como aquele vestido pode pegar fogo e a Kate usar outro, kkkk. Nem te conto.
Mas eu acho, sei lá, que mesmo que ela use ESTE vestido, no contexto da festa, dos amigos, do NOIVO, do conjunto da obra. Vai ser difícil pensar se ele era belo ou feio, não é não? Bjks.
É verdade, o vestido será apenas um detalhe (sem deixar de ser menos importante, claro). Paixão por Castle, Always! Ah, esqueci de agradecer pelo espaço em que podemos compartilhar essa paixão... obrigada! Bjus!
ResponderExcluirComenta, gente, é nosso sarálio!