Almost Human 1x09: Unbound
6.2.14
Unbound
é um episódio que parece desejar iniciar a construção de uma
mitologia para a série. Apesar de geralmente apresentar bons
episódios, todos são isolados e há apenas uma única trama que
ressurge repetidas vezes: quais as circunstâncias por trás da
emboscada à Kennex vista no começo da série. Com esse cenário em
vista, é excelente que a série comece a explorar mais seu
universo.
O Dr. Vaughn é um
personagem que carrega muito da história da série, estando ligados
a eventos relevantes e trazendo consigo alguns questionamentos mais
profundos sobre, por exemplo, a identidade de Dorian, o que o define.
Quando o androide descobre ter a mesma “alma” de Danica, a
indagação sobre o que isso diz sobre ele é inevitável, e ele não
foge desse pensamento.
Diferente dos
humanos que o cercam, que sempre buscam a explicação mais simplista
ao categorizar qualquer pessoa que pratica um atos cruéis como um
“monstro” e não como um semelhante, Dorian tem que lidar com o
fato de que ele veio do mesmo lugar que Danica, tendo surgido da
mesma mente, um intelecto capaz de criar uma forma de vida pacifica
ou outra praticamente sem freios morais.
A
atitude de Danica, ao não matar a criança e a mãe no táxi, apesar
de extremamente piegas, exemplifica como ela capaz de se importar com
a vida das pessoas a sua volta. Esse lado da personagem foi um pouco
sacrificado em prol do avanço da trama.
Se tivesse sido mais explorada, essa faceta da XRN poderia torná-la
um pouco mais próxima de Dorian, um pouco mais humana e tornando
mais difícil percebê-la como uma vilã.
O
muro, mencionado várias vezes ao longo de Unbound,
é uma revelação intrigante. Até agora a visão de futuro da série
não parece pessimista do ponto de vista econômico ou social. O
crime ainda existe, pessoas pobres também, mas estamos longes das
costumeiras distopias imaginadas pela ficção. A Terra de Almost
Human pode não ter melhorado,
mas tampouco se tornou pior. Assim, quem esta do outro lado daquela
construção? Quem são essas pessoas sempre vistas como improváveis
criminosos que vivem em um lugar inóspito?
Pela primeira vez a
série começa a mostrar aquele futuro talvez não seja tão
tranquilo quanto parece.
2 comentários
Estou a gostar bastante desse retorno! Adorei o plot da Katherine, acho que ela nunca tinha tido muito desenvolvimento individual e essa busca dela está a ser bem interessante. Além do mais o amigo dela é super divertido e ela até fica mais solta e confiante perto dele.
ResponderExcluirAinda bem que largaram o ambiente da política, estou feliz que tenham voltado para Carlon, assim como espero que a história do Ty fique por aqui. Tenho muitas saudades de ver a Bay e o Emmett juntos, mesmo como amigos, espero que daqui para a frente apostem neles os dois e que não arranjem nenhum interesse amoroso para a Bay lá na faculdade. Se assim for, apoio totalmente essas aulas, fazia tempo que ela não se dedicava às artes e acho óptimo voltarem-lhe a focar esse lado.
Os novos alunos e o centro comunitário também parecem promissores. O lance da Regina é que está visto que vai ser furada e que ela e o Ângelo vão acabar com problemas de dinheiro.
Ótima review. Realmente existe um sensação clara de todos que acompanham a série de que as coisas começam a tomar formar. É o tipo de episódio que faz nascer uma vontade de acompanhar ainda mais de perto, criar uma relação entre o telespectador e o show.
ResponderExcluirÉ possível trabalha com o sistema de novos casos a cada semana sem ser um simples e estafado procedural. Os casos vão continuar, tem de continuar, mas, a revelação de uma história central é o que traz sorrisos de satisfação ao fim dos episódios.
Comenta, gente, é nosso sarálio!