Looking 1x01: Looking For Now

23.1.14

Sensação de falta.
É assim que termino a esse primeiro episódio de Looking, nova comédia da HBO voltada ao universo gay. Mas universo gay de quem? Afinal, ainda espero uma série que irá revolucionar esse ‘universo’ a ser explorado de forma peculiar, encantadora, não com os mesmos clichês e pré-conceitos que estão em toda série com essa temática. Posso descrever aqui Looking com duas webs-série: Uma Hunting Season com menos putaria e uma The Outs menos envolvente (menos perfeita, menos fofa, menos real).

Pode até parecer tolo falar da ‘Sex and the City’ do mundo gay esperando uma série fofinha, onde tudo serão rosas, mas é nisso que a criatividade peca. Eles estão apostando o que já é seguro, no que ele sabem que, de certa forma, deu certo com Queer as Folk, e as comparações com Girls. A trama não é nada ambiciosa, e pouco almejo de espera após esse piloto. Ou, quer dizer, esperar sexo com o garoto do metrô? Desculpa HBO, mas eu realmente espero que aquilo não tenha sido um cliffhanger.

A série é estrelada por Jonathan Groff (Provavelmente o que irá segurar a audiência), conhecido por suas participações em Glee, que encarna o nem-tão-jovem Patrick. Após sair de um relacionamento, ele decide tentar em seguir em frente, mesmo que seguir em frente signifique ir até a despedida de solteiro do seu namorado, usar sites de namoro para marcar encontros ou até mesmo receber um handjob (porque falar punheta é muito feio) de alguém em um parque.

Confesso que a minha primeira impressão sobre Patrick foi de ser um total desajustado e não conseguiu me transmitir carisma algum. Ou melhor, ninguém conseguiu me cativar nesse piloto, seja Patrick ou qualquer um de seus ‘amigos’. Mas enfim, falaremos de coisas mais interessantes: O casal Augustin e Frank, que trouxeram a questão casal liberal à tona: Até onde você iria por quem você ama? Ou, pera, ama? Que aquilo que rolou ali não foi um threesome comum.

Me julguem, mas aquilo iria rolar de qualquer jeito, tendo Augustin o ‘consentimento’ do namorado OU NÃO. Não parecia em nenhum momento que Frank curtiu o que viu, ou que sentia vontade de se juntar aos dois, e após, veio à conversa que define uma geração: “Nós seremos um daqueles casais?”. Vou logo avisando que não dá certo, beijos de um namorado frustrado.

Mas, para mim, não houve personagem que se destacou mais nesse piloto com Dom. Não sei se por ser o mais velho entre os três, antes da série iniciar, eu não gostava dele. Mas ele quem trouxe a história mais interessante: Tanto ele quanto eu, estamos cansados de putinhas de 20 anos de idade. Sim! Eu te entendo Dom. Ta perdendo a graça quebrar o coração dos novinho enquanto você ainda tem uma queda pelo seu ex namorado que te espancava. E é essa história que eu quero ver se desenrolar.

Com um piloto patético, Looking fez sua estreia. Sem atrativos, mas espero que eu consiga me lembrar de assisti-la no próximo domingo. Façam um favor a esse reviewer e o lembrem, pois se não, vocês ficarão sem essa crocância semanal.

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3 comentários

  1. Muito fraco este episódio.

    Acho que este piloto foi atrapalhado pela expectativa e talvez até pelos tempos.

    Me lembro que no começo dos anos 2000 era gostoso conseguir uma cópia de Queer As Folk e assistir aos primeiros episódios com os amigos. A sensação era de identificação (Muitos com Michael, alguns com Brian, outros com Justin), existia um sentimento de que algo estava sendo feito retratando a realidade (ou o que gostariamos que fosse realidade)e havia algo até de transgressor em assistir à aqueles episódios.

    Com Looking não existiu nada disso. Não consegui me identificar com nenhum dos personagens (Nem com Patrick que tem a minha idade, a minha área de trabalho e com quem o comportamento seria mais próximo. Sério, consigo me sentir mais próximo de Nolan de Revenge), não há uma realidade ou desejável realidade sendo retratada e hoje em dia não há nada de novidade ou em transgressor neste tipo de série e/ou personagem.

    Jonathan Groff se esforça mas não é o ator mais carismático do mundo e os outros membros do elenco principal então tem o carisma de uma pedra! Russel Tovey que seria o ator mais talentoso e carismático do elenco sequer aparece.

    Espero que tenham sido só deslizes de um episódio piloto e que estas questões sejam resolvidas. Tentarei acompanhar até lá. (Mas pela audiência e pelas criticas quase gerais, duvido que passe dos primeiros 8 episódios).

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  2. Olha, assisti ao piloto com expectativas de uma serie real'istica, mas de boa e fui me deixando levar pelo epis'odio. eu achei um ritmo bom, alternando momentos mais calminhos e mais sensuais, algum humor tb, mas nao o humor corriqueiro depressiativo ao gay afetado, escandaloso, que vira bobo da corte.
    sou gay e me identifiquei bastante com o casal, especialmente com o augustin, lindissimo por sinal, pois tem dilemas que passo e passei. mas as tres personagens trazem tracos do mungo gay masculino, a pegacao, o sexo casual, chats e apps de encontros, abertura ou nao dos relacionamentos, crise de idade aos 30, 40 anos, preconceito de classe (do patrick com o cara que e' porteiro de balada) muita coisa bem realistica. . A serie ate' me lembrou sex and de city, mas lembrou mesmo uma serie mais de nicho que looking, que foi Noah 's ARC, sobre gays negros, produzido pelo canal Logo. Em Noah's arc (melhor serie gay que eu ja vi ate' hoje) havia um personagem gay principal, romantico como o Patrick e que esbarra com seu futuro namorado no primeiro epis'odio - creio que o patrick e o carinha do trem acabem ficando - , e seus 3 amigos, um gay pegador (no estilo do Dom, mas jovem e latino), e 2 amigos casados/com namorados fixos que tb eram negros (o que augustin representa em looking, e ele tem um namorado negro). Curti, fiquei com gosto de quero mais, e de que poderia ser uma serie de 1 hora.

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  3. Tenho o prazer de ter renovado a série looking muitos chamaram as meninas em versão gay, eu sou fascinado ambas as séries, como eles nos mostrar as coisas como elas são problemas ou não acopladas, fluindo o momento

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