Grey’s Anatomy 10x11: Man on the Moon
10.12.13
Progresso.
Legal o episódio que conseguiu me agradar um pouco mais e
mostrar alguma evolução positiva ter como tema central o progresso. Quando se
está a tanto tempo contando histórias com os mesmos personagens é natural que
haja mudanças e que cada um cresça, amadureça e mude com o tempo. Enquanto
algumas mudanças são muito bem vindas, é preciso olhar com cuidado para aquelas
que não vem agradando e ainda mais para as coisas que nunca mudam e nunca
agradaram. É hora dos roteiristas refletirem e tirarem suas próprias conclusões
sobre o que precisa ser mudado, o que está no caminho certo e o que chegou ao
fim da linha. Por mais que eu deseje que a série se despeça ainda com dignidade
em 2014,a verdade é que esta hipótese está praticamente descartada e que os
produtores devem, pelo menos, buscar novas formas de minimizar os desgastes e
devolver um pouco de brilho e graça para o drama da ABC. Nem tudo está perdido,
Shondanás já mostrou que é capaz de conquistar o público com novos personagens
e renovar a trajetória de outros, mas atualmente está precisando se provar mais
uma vez, visto que muitos estão indo por um caminho negativo que não parece ter
volta.
A mudança mais positiva, com certeza, é a evolução de April,
que deixou de ser histérica, chata e incompetente e cada vez mais se comporta
como uma cirurgiã de verdade. Eu sempre gostei dela, mas confesso que já me
irritei muito com as particularidades da personagem e já senti muita vergonha
alheia por causa de seu comportamento. A verdade é que a Dra. Kepner deixou a
virgindade para trás, não é mais uma criança e finalmente está no controle de
sua vida. Toda a participação de suas irmãs me divertiu bastante, mas serviu
principalmente para redimir a personagem de todos os seus pecados, já que é
impossível alguém ser normal tendo uma família como a dela. Graças a Deus,
April achou sua nova família e as mais contrariadas madrinhas do mundo, deixando
o seu passado para trás e sabendo trilhar seu próprio caminho. Agora é hora de
saber se toda esta maturidade a levará de volta à conturbada relação com Avery
(o médico, não o porco) ou se a levará para um caminho mais estável com
Matthew. Particularmente, torço pelo paramédico e acho que ele combina mais com
o jeito esquisito e nerd da Cisne da Cirurgia.
Outra que sempre evoluiu muito bem foi Meredith, que depois
de um período negro virou a voz da razão em muitas ocasiões e me faz amá-la
mais a cada episódio. Meredith está pronta para mudar o futuro da medicina e
seu discurso, que pode muito bem ser usado numa palestra motivacional, sobre o
homem na lua foi muito legal e coerente com o momento vivido por ela. Só acho
que ela deveria usar toda esta maturidade para se acertar com Cristina e para
colocar os internos em seus devidos lugares. Achei um absurdo a interna toda
empolgada com a operação da ovelha não ser cortada e não levar nenhuma bronca
daquela que era conhecida como a Medusa e ainda mais com Shane sendo tão mal
educado com uma atendente. Estou com a impressão de que a vida dos internos era
bem mais dura antigamente e que os novos estão se achando, criando problemas e
não sendo devidamente castigados por tal. Saudade da época que Addison fazia
Izzie se ferrar cuidando de um bebê que já estava condenando apenas para lhe
dar uma lição.
Por falar nele, Ross está na lista dos que estão mudando
para a piorar e seu comportamento deve trazer graves consequências para o seu
futuro. Cristina pensa que não tem obrigação de orientá-lo em relação a sua
personalidade, mas o passado da série diz o contrário, já que ela mesmo tomou
várias lições para aprender a dosar seu forte temperamento. Até acho que poderia
existir uma interação legal entre os dois como aluno e professora, mas a
tentativa de tirar um romance da onde é impossível acaba estragando o que
poderia ser uma ótima dinâmica. Gosto do questionamento se Cristina é capaz de
estragar algum interno, mas a sua vida sexual vem deixando a questão em segundo
plano.
A história de Callie e Derek só me faz concluir que ela é
uma santa e depois de aguentar a Arizona enchendo tanto saco, ainda teve que
aturar a paciente mais mala do mundo. A mulher era tão cheia de vida e de
energia positiva que eu pensei que ela fosse conseguir mexer a mão mecânica
para mostrar o dedo do meio para o seu marido, por quem mostrou muito apresso
durante todo o episódio.
As tramas de Alex e Bailey foram mais do mesmo e representam
uma série de fracassos que nos podem levar ao progresso. Fiquei revoltado com
Richard, que depois de demorar 10 episódios para sair do hospital, não nos deu
uma folga e já retornou rapidamente aos corredores.
Assim como Jimmy, a série está num período de
desintoxicação, mas ainda não sou capaz de saber se meu corpo sobreviverá a
grande abstinência de boas histórias que a série vem o submetendo. É esperar
para ver.
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