The Paradise 2x04: Episode 04
18.11.13
Estamos sempre contando com o talento dos
personagens para que tudo corra bem na loja, mas desta vez fomos conduzidos por
um caminho assustadoramente diferente. A coisa que mais gostei no episódio foi
perceber que embora goste muito de alguns e pouco ou nada de outros, no fim sou
QUASE que exatamente como Jonas, torcendo prioritariamente pelo sucesso da The
Paradise.
A cada minuto que passava, parecia maior a iminência
de um desastre. Não me recordo de algum episódio anterior em que tantos
personagens estivessem tão concentrados em si mesmos a ponto de não enxergarem
a proximidade dos conflitos. Se, por um lado isto soou bastante realista e
factível, afinal as pessoas tendem a ter seus momentos de instabilidade, por
outro pareceu fantasioso ao nos garantir um final muito feliz. Tenho a
impressão de que a vida não costuma perdoar certos deslizes, mas vou atribuir
este final à boa estrela da sorte, com a qual todos precisam contar de vez em
quando.
Quem em sã consciência colocaria a cozinheira
desbocada para servir o mulherio da alta sociedade?? Ceder à pressão da Myrtle
foi apenas o primeiro desafio de Denise e não posso afirmar que ela foi
aprovada com louvor. Se a própria mulher não houvesse finalmente despertado
para a grande barreira entre ela e o outro lado da loja, sou propensa a
acreditar que a idéia positiva sobre o chá de senhoras acabaria sendo um
fiasco. Não estamos falando sobre oferecer oportunidades, mas sobre reconhecer o
perfil do funcionário, suas habilidades e proporcionar o adequado treinamento para
o exercício da função. É impossível permanecer agradando a todos e foi a
primeira vez que fiquei aborrecida por vê-la seguir em frente com um plano
contrariando a tudo – neste caso inclusive ao bom senso!
Como se o problema de Myrtle não fosse
suficientemente ignorado, surge o drama de Susy. Por mais que eu goste e entenda
a situação da moça diante da mãe alcoólatra que a abandonou, seria impossível
para Katherine voltar atrás em sua decisão, especialmente havendo uma causa
justa. A curiosidade de Flora também aconteceu como um puro golpe de sorte,
incrementado pelo destrato sofrido pelo pai, que a garota ama e tenta
compreender. O plano em si era tão fadado ao fracasso quanto suas caras
demonstraram até que a menina entrou em cena.
Está muito claro que a nova chefe de departamento
vai sofrer bastante para continuar no cargo e que possíveis desafetos estão a
caminho. Pode ser interessante acompanhar o seu amadurecimento profissional,
mas ao mesmo tempo tão difícil!!! Divida em duas aqui!!!! Desejando uma mulher
forte, prática e decidida que também possa ser doce e compreensiva. Gosto de
ver que ela tem coragem e corre riscos, portanto faço apenas uma ressalva: de
que as boas atitudes e decisões duvidosas possam provar seu valor ao invés de
contar apenas com o benefício da sorte.
Pela segunda vez me deparo com um atencioso Dudley
perto de Denise. Pode não fazer muita diferença na área sentimental, mas pode
muito bem significar uma gradual transferência de lealdade. Especialmente enquanto
Moray volta a esconder as artimanhas difusas ao lado de Jonas.
Se consigo ficar confusa com as atitudes de Moray,
mesmo conhecendo suas intenções, não imagino como será para Denise. Lógico que
a ampliação da loja só deixaria ainda menores suas chances de conseguir
financiamento, mas é péssimo vê-lo trabalhando contra algo bom para a loja. Flertar
com Katherine? Fazer propostas absurdas e de gosto duvidoso para as novas
vitrines? Começa a brotar uma antipatia por ele que outrora nem cogitaria!
Jonas é um dos personagens mais complexos que já vi.
Ele lida com todo mundo, observa, age, tem iniciativa e é capaz de me
surpreender, de mudar meus sentimentos a cada momento. Quando acredito começar
a entender o que ele está pretendendo, ele apresenta novas jogadas e dificulta
meu raciocínio!! Como não ficar desconfiado quando ele procura aquele mal
caráter que quer comprar a loja e andou sabotando tudo? Como não sorrir quando
ele chega até Denise com uma palavra de incentivo? Que pensar dele quando,
afinal, apesar de ganhar a confiança do Weston acaba proporcionando um momento
tão delicado de aproximação entre pai e filha?
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