The Mentalist 6x04: Red Listed
25.10.13
Quero ver Bruno Heller fazer
episódio melhor que esse!
Que Red Listed não seria um capítulo qualquer, deu para sacar de
cara, pois recapitular as cenas que envolviam Bob Kirkland não podia ser à toa.
Mas que o episódio fosse capaz de causar taquicardia... por essa eu não
esperava!
Aquele ar sutil de coisa sinistra
característico dos episódios não caso da semana, mais focados na trama central,
estava lá desde o início. Tudo começou com o agente Reede Smith chamando Jane e
Teresa para uma cena de crime e lançando a bomba: Patrick era um dos principais
suspeitos, se não o único. Como assim? Pois a vítima era ninguém menos que o
cara enterrado vivo pelo mentalista em carnavais passados. Enterrado vivo e
liberado como tal ao confessar o crime. Mas, claro que Smith queria que a culpa
fosse de Jane a qualquer custo. E aí, parecia que provar a inocência dele seria
a questão central do episódio.
Nada disso! Numa espécie de
montanha-russa cheia de altos e baixos, adrenalina e desdobramentos
inesperados, Red Listed veio
para reforçar o que em quatro episódios já ficou mais que evidente, isto é, que
Red John não está para brincadeira e que a porra é mais séria do que
aparenta.
Já começa que um detalhe que
havia ficado no ar – entre outros – foi esclarecido. As anotações de Patrick
sobre os suspeitos de ser o assassino da carinha feliz, roubadas por Kirkland
na temporada passada, eram dados falsos plantados propositalmente. Já era de se
esperar que o charlatão não fosse marcar bobeira. Com isso, outra charada
resolvida: Bob não é RJ.
Se o resto do cenário estivesse
simples assim, a vida de Teresa e seus coleguinhas seria melhor. Mas, para
saber quem estava por trás da invasão ao cafofo de Jane no prédio da CBI sem
dar com a língua nos dentes para a pessoa errada, havia poucas opções
disponíveis. Como consultar o chefão, Bertram, se ele está na lista de
suspeitos?
Foi nesse impasse que
desenterraram (mesmo) Madeleine Hightower. Para complicar um pouco, havia
boatos de que a poderosa e os filhos haviam morrido em uma ocorrência bem duvidosa.
Porém, a desconfiança de Patrick estava tão estampada que foi fácil notar que a
morte era armação da própria Hightower para fugir do radar de Red John. De toda
forma, sem palavras para descrever a sacada de mestre que foi trazer essa
participação especial. Com a mesma postura imbatível e cortante, a ex-chefona
da CBI entregou informações cruciais a Patrick.
É, a Homeland Security estava na
parada, investigando o mentalista. E, de repente, fazia quase todo o sentido
que Kirkland fosse o cara que estava torturando os suspeitos da lista falsa
para descobrir o verdadeiro Red John. Só que a pergunta era: por quê?
Aos poucos, as verdades foram
sendo reveladas. E, progressivamente, o lado surtado de Bob Kirkland. Até então
ele sempre parecera muito centrado, até demais, o que o tornava algo suspeito.
A conversa com Reede Smith, em que jogou um verde soltando o arrepiante “tiger,
tiger” e chamou o cara do FBI de peão, baixa patente e etc., foi uma das
últimas mostras de um Kirkland contido. Foi também o último momento em que
Smith pareceu inofensivo.
No ápice do descontrole, Bob
tacou o terror, quase torturou Jane e revelou que seu irmão fora um seguidor de
Red John. Pois é, a treta com Patrick era para garantir a vingança contra o
assassino em série para ele. Aqui, alerta para um território perigoso: esse
lance de seguidores de RJ, esquemas policiais, e o alto escalão envolvido em
algo muito maior do que parece pode dar muito certo ou fugir totalmente ao que
a série se propôs no começo – se é que já não fugiu.
Apesar do receio, o episódio em
si não deixou a desejar. De forma previsível, Lisbon e Hightower chegaram para
resgatar Patrick a tempo. De novo, destaque para a presença especial de
Madeleine, que deu brilho ao capítulo.
Com a saída dela de cena
novamente, e a de Kirkland rumo à cadeia, parecia que Jane teria um aliado por
força do destino. Pelo menos, era o que a promessa de uma conversa entre os
dois na prisão indicava.
O final do episódio, aliás, apontava
para um desfecho feliz. Depois da crise de Rigsby ao longo de Red Listed (a parcela de comédia
foi garantida por ele e Cho, especialmente na cena épica em que a dupla foi
tentar oferecer proteção policial a um dos criminosos da lista fake de Jane), ter Van Pelt exibindo o
corpo esbelto de lingerie em pleno escritório só poderia ser um bom presságio.
Só que não. Ou pelo menos, não
para Kirkland. Enquanto Grace e Wayne iam curtir a lua de mel, Bob partia dessa
para melhor. De suspeito potencial à vítima, o moço da Homeland Security acabou
sendo morto pelo agente do FBI de baixa patente. É, não dava nada pelo Smith. Ledo
engano!
A morte de Bob Kirkland conseguiu
ser comovente. E a diminuição da lista oficial de suspeitos não aliviou nenhuma
questão. Quem é Red John? Quem está na organização além de Smith? Quem será a
próxima vítima?
A tensão aumenta exponencialmente
nessa temporada.
Tiger, tiger.
O desafio está lançado, produção.
2 comentários
Pra mim ta ficando The Following demais pro meu gosto.
ResponderExcluirNão sei se é importante, mas o Kirkland falou que o irmão que seguia RJ era gêmeo e provavelmente morreu, mas ele não tinha certeza absoluta. Será que o ator volta como o irmão?
ResponderExcluirComenta, gente, é nosso sarálio!