The Blacklist 1x03/1x04: Wujing/The Stewmaker
19.10.13
1x03: Wujing
Reddington é um vilão, e é excelente que uma série decida que seu protagonista não é um herói com o qual o espectador possa se identificar facilmente. Breaking Bad, Dexter (nas quatro primeiras temporadas), Mad Men, House, todas são exemplos de séries cujos protagonistas são, no minimo, anti-herois e todas são enriquecidas por reconhecerem a moralidade deturpada deles.
O problema com The Blacklist até aqui é que os roteiristas parecem tentar maquiar a realidade. Se num momento Reddington mata friamente um homem que não fez nada de errado, e ele sabe disso, mas é acusado de traição por Wujing, no seguinte ele se justifica dizendo estar apenas protegendo Elizabeth.
É verdade, ele fez para protegê-la, mas não muda a sua ação. Não chega nem a ser uma questão onde os fins justificam os meios e os personagens tem de lidar com as consequencias, e sim uma situação onde não há consequencias. Reddington matou um homem que não precisava morrer, mas esta tudo bem pois ele tinha justificativa válida para fazê-lo.
E a série não se sabota apenas nesse aspecto, mas no desenvolvimento de Elizabeth. Se por um lado é interessante ver que ela possui fraquezas, como no momento onde hesita em aceitar a missão para se infiltrar por que ela teme pela sua vida, por outro, logo na cena seguinte, há um discurso tão piegas de Donald, fazendo a protagonista ver as fotos dos agentes e dizendo que “o sangue deles estaria nas mãos dela”. Clichê e desnecessário, é apenas um recurso para mostrar a hesitação válida dela e logo mudar sua atitude por que a trama deve prosseguir
1x04: The Stewmaker
O mesmo problema de desenvolvimento de personagem de Wujing se repete nesse episódio. Reddington mata o vilão do episódio e tudo esta bem por que ele fez para salvar Elizabeth, novamente.
Além disso, foi um episódio bom. Pela primeira vez não achei os agentes do FBI completos imbecis. Donald foi capaz de improvisar quando Reddington o forçou a isso e conseguiu descobrir a identidade do Stewmaker. Essa inteligencia da mais valor a idéia de Reddington - a cena no carro onde ele faz toda a encenação de dono preocupado com seu cão é ótima -, que foi mais esperto que investigadores mas sem que para isso fosse necessário emburrecê-los.
O vilão da semana foi melhor que os outros vistos até aqui. Com pouco tempo em cena, o Stewmaker é eficientemente construido como um psicopata meticuloso - algo muito bem estabelecido na primeira cena, num quarto predominantemente vermelho onde ele tranquilamente prepara seu local de trabalho - cuja violencia dos atos contrasta com seu comportamento calmo, criando uma figura interessante. Ele se desculpa por causar dor mas não hesita por um segundo em fazê-lo.
É bom que a trama semanal consiga sustentar o episódio já que até aqui nada de muito interessante acontece na investigação de Elizabeth sobre o passado do marido e o passado de Reddington permanece tão misterioso quanto no piloto. Em um episódio vemos ele receber um envelope com um numero, e nesse recuperar uma foto de alguém obviamente importante para ele que foi vitima do Stewmaker. São apenas pontas soltas que não oferecem nenhuma informação concreta.
Se eventualmente os roteiristas de Blacklist decidirem qual acreditam ser a verdadeira natureza do seu protagonista, e se dedicarem mais as motivações dele, indo além de dicas largadas esporadicamente sem muita importancia, a série tem muito a ganhar. Ainda acredito no potencial para uma ótima série que vi no primeiro episódio, mas ele ainda esta longe de ser alcançado.
Reddington é um vilão, e é excelente que uma série decida que seu protagonista não é um herói com o qual o espectador possa se identificar facilmente. Breaking Bad, Dexter (nas quatro primeiras temporadas), Mad Men, House, todas são exemplos de séries cujos protagonistas são, no minimo, anti-herois e todas são enriquecidas por reconhecerem a moralidade deturpada deles.
O problema com The Blacklist até aqui é que os roteiristas parecem tentar maquiar a realidade. Se num momento Reddington mata friamente um homem que não fez nada de errado, e ele sabe disso, mas é acusado de traição por Wujing, no seguinte ele se justifica dizendo estar apenas protegendo Elizabeth.
É verdade, ele fez para protegê-la, mas não muda a sua ação. Não chega nem a ser uma questão onde os fins justificam os meios e os personagens tem de lidar com as consequencias, e sim uma situação onde não há consequencias. Reddington matou um homem que não precisava morrer, mas esta tudo bem pois ele tinha justificativa válida para fazê-lo.
E a série não se sabota apenas nesse aspecto, mas no desenvolvimento de Elizabeth. Se por um lado é interessante ver que ela possui fraquezas, como no momento onde hesita em aceitar a missão para se infiltrar por que ela teme pela sua vida, por outro, logo na cena seguinte, há um discurso tão piegas de Donald, fazendo a protagonista ver as fotos dos agentes e dizendo que “o sangue deles estaria nas mãos dela”. Clichê e desnecessário, é apenas um recurso para mostrar a hesitação válida dela e logo mudar sua atitude por que a trama deve prosseguir
1x04: The Stewmaker
O mesmo problema de desenvolvimento de personagem de Wujing se repete nesse episódio. Reddington mata o vilão do episódio e tudo esta bem por que ele fez para salvar Elizabeth, novamente.
Além disso, foi um episódio bom. Pela primeira vez não achei os agentes do FBI completos imbecis. Donald foi capaz de improvisar quando Reddington o forçou a isso e conseguiu descobrir a identidade do Stewmaker. Essa inteligencia da mais valor a idéia de Reddington - a cena no carro onde ele faz toda a encenação de dono preocupado com seu cão é ótima -, que foi mais esperto que investigadores mas sem que para isso fosse necessário emburrecê-los.
O vilão da semana foi melhor que os outros vistos até aqui. Com pouco tempo em cena, o Stewmaker é eficientemente construido como um psicopata meticuloso - algo muito bem estabelecido na primeira cena, num quarto predominantemente vermelho onde ele tranquilamente prepara seu local de trabalho - cuja violencia dos atos contrasta com seu comportamento calmo, criando uma figura interessante. Ele se desculpa por causar dor mas não hesita por um segundo em fazê-lo.
É bom que a trama semanal consiga sustentar o episódio já que até aqui nada de muito interessante acontece na investigação de Elizabeth sobre o passado do marido e o passado de Reddington permanece tão misterioso quanto no piloto. Em um episódio vemos ele receber um envelope com um numero, e nesse recuperar uma foto de alguém obviamente importante para ele que foi vitima do Stewmaker. São apenas pontas soltas que não oferecem nenhuma informação concreta.
Se eventualmente os roteiristas de Blacklist decidirem qual acreditam ser a verdadeira natureza do seu protagonista, e se dedicarem mais as motivações dele, indo além de dicas largadas esporadicamente sem muita importancia, a série tem muito a ganhar. Ainda acredito no potencial para uma ótima série que vi no primeiro episódio, mas ele ainda esta longe de ser alcançado.
2 comentários
Bom, eu não tenho muita animação assim com The Blacklist. Esse é o primeiro episódio que realmente me animou durante a série, mas mais mesmo por causa do Stewmaker. A cena do improvisso do Donald também foi muito boa, mas acredito que sejam os únicos destaques do episódio... Porém também acompanho pois acho que poderá haver algum desenvolvimento interessante... Algum plot twist ou sei lá o quê... E pelo menos nesse episódio também não esfregaram na nossa cara de novo - sem finalmente dizer - que o Reddington é o pai da Elizabeth!!! Sério, depois das quinhentas insinuações disso nos episódios anteriores duvido muito que eles deem uma saída diferente pra esse "mistério" que já tá mais do que resolvido.
ResponderExcluirMas bem. James Spader continua divando e a atriz que faz a Beth continua me dando sono... Mas vamo nessa.
Sobre a review: realmente não posso dizer muita coisa Hadriel. Estando no trabalho é difícil prestar a devida atenção pra poder elogiar sinceramente ou criticar qualquer coisa :/
Também acho que tudo se resolverá no bom e velho "Lizzy, eu sou seu pai". E como está tão na cara, se eles fugirem disso, correm o risco de deixar a sensação de deslise e furo no roteiro.
ResponderExcluirComenta, gente, é nosso sarálio!