S.A.Top [Especial Dia das Crianças]: Séries que marcaram a infância dos Seriadores Anônimos
12.10.13
Dentro de cada seriador vive uma
criança. E em homenagem às crianças que nos transformaram em grandes viciados
em séries, o S.A.Top de hoje relembra as pérolas televisivas que marcaram a
infância e formaram o caráter de nossos colaboradores. Robôs, extraterrestres,
grupos de heróis, feiticeiros e até vadiagem adolescente fazem parte dessa
seleção que é pura nostalgia nesse especial para o Dia das Crianças.
Chaves (El Chavo del Ocho) – Por Diogo Pacheco
Não importa em qual década você
foi criança, Chaves é uma série que está no ar há mais de 30 anos, repisando
feita louca no SBT, e marcou e ainda marca a infância de várias gerações. Não é
a toa que ela é um verdadeiro marco da televisão em toda a America Latina,
personagens mais do que carismáticos, histórias incrivelmente divertidas e
piadas físicas que conseguem conquistar até mesmo os corações mais peludos,
garantem a diversão de crianças e ex-crianças há muito tempo. Sabendo inserir
diversão e alegria dentro do contexto da dura realidade latina, Chaves é um
verdadeiro moldador de caráter e não poderia ficar de fora da nossa nostálgica
lista.
Se diferenciando de tudo que é
feito para crianças nos Estados Unidos, a série sempre conseguiu juntar muito
bem a malandragem presente nos países latinos com a inocência da criança, sem
julgar ou desrespeitar qualquer um dos estereótipos retratados. Não tem como não se divertir com Seu Madruga
sempre fugindo das cobranças de aluguel, de Chaves fazendo todos perderem a
paciência, das crianças contando histórias sobre a Bruxa do 71 e seu cachorro
Satanás e de todas as confusões causadas.
Além de sempre manter um
excelente nível de comédia com piadas extremamente simples e até cretinas,
Chaves foi capaz de nos presentear com episódios épicos como o da viagem para
Acapulco (ou seria pro Guarujá?), o da venda de churros ou aquele em Chaves
bebe uma quantidade exagerada de refresco de tamarindo. Mesmo contando a triste
história de um menino órfão que mora em um barril, Chaves com certeza foi um
dos programas que mais divertiram repetidamente a nossa infância, adolescência,
vida adulta e quem sabe a nossa velhice.
Power Rangers – Por Luciano Guaraldo
São
poucas as séries que conseguem sobreviver a 20 temporadas e ainda ter fôlego
para muito mais, mas é exatamente o que acontece com "Power Rangers",
a série que definiu - e continua definindo - meu caráter. Eu me lembro como se
fosse ontem de quando Jason, Kimberly, Billy, Zack e TRINI (e, posteriormente, Tommy)
surgiram na tela da Globo e começaram a me ensinar valores importantes para
todas as crianças, como a melhor maneira de derrotar um monstro gigante, os
perigos do lixo tóxico numa lanchonete que só servia milk shakes e, claro, que
duas cabeças pensam melhor do que uma (o que ganha um contexto bem diferente
agora que analiso isso como um adulto).
Nem as
milhares de mudanças no elenco, na emissora e até no nome da série alteraram a
estrutura que faz de "Power Rangers" o que a série é. Os diálogos são
toscos? Sim. As cenas de ação são ridículas? Claro. A produção existe só para a
Bandai vender bonequinhos? Com certeza. Fato é que "Power Rangers",
muito antes da finale de "90210", me ensinou que a vida nada mais é
do que é uma luta depois da outra. E tenho dito.
Castelo Rá-Tim-Bum – Por Gabriela Spinola
Quando me questionam a respeito da tal da aurora da vida - a infância - , a
primeira coisa que me vem à mente são fitas VHS. Incontáveis fitas viviam em
todos os cantos da minha residência - fitas da locadora, fitas virgens, fitas
do casamento de meus pais, fitas dos meus ultrassons. Mas, acima das fitas, vem
aquilo que eu nelas gravava, sem o menor critério de organização: o melhor dos
programas que a TV Cultura teve o prazer de me apresentar.
Não existe outra definição para Castelo Rá-Tim-Bum além da mais irônica
possível: uma série mágica. Tal como certo outro castelo habitado por outros
magos (que eu viria a conhecer tempos depois), o lar de Nino, Tio Victor e
Morgana tornou-se o refúgio de Zequinha, Pedro e Biba - e, consequentemente, o
meu. Não havia como não amar as peripécias dos meninos, como não se apaixonar
pelo carismático Mau e o atrapalhado Godofredo, como não ficar entre o medo e o
riso com o Doutor Pompeu Pompílio Pomposo e suas manobras loucas para comprar o
terreno do Castelo. A série foi produzida por apenas quatro temporadas, mas perdurará para
sempre nas mentes de todas aquelas crianças que, como eu, até hoje se lembram
do Ratinho tomando banho.
Super Vicky (Small Wonder) – Por Camis Barbieri
Quando lembro na mini Camis e nas
séries que eu gostava de assistir na minha tenra infância tenho uma lista
imensa de programas que preenchiam meus dias e minhas tardes e pelas quais eu
obrigava mamãe a operar o vídeo cassete (joguem no Google para saber o que é
esse aparelho de outras eras), sempre penso em Super Vicky, que é o nome
brasileiro de Small Wonder. Lembro-me de assistir o mesmo episódio duzentas
vezes na Sessão Comédia da Globo, e sempre sentir o gosto da novidade. Apesar
disso, Super Vicky tem 96 episódios, mas aqui no Brasil a continuidade nunca
foi o forte das emissoras então é provável que eu tenha visto sempre o mesmo
episódio e achado que vi a série toda.
O grande lance dessa série era
minha fixação por essa ficção cientifica para crianças, já que na série, Vicky
era uma menina-robô que convivia entre humanos e, durante sua trajetória, ia
também se tornando humana. Aliás, o nome dela era V.I.C.I (Voice Input Child Indenticant), mas para que a
experiência de testar as habilidades (a coitada sempre ficava com tarefas como
lavar louça e levantar mobília, pois tinha super força) seu criador, o
engenheiro Ted Lawson, a incorpora à família e a transforma em “irmã” para seu
filho Jamie. A série já é vintage, lançada em 1985, mas ainda penso nos
momentos divertidos ao lado dessa androide com cara de menina, que às vezes
pifava e criava a maior confusão.
Sabrina - A Aprendiz de Feiticeira
(Sabrina - The Teenage Witch) – Por Tiago Costa
Quem não morre de saudades da bruxa mais teenager do mundo é porque não
teve uma infância moldada na magia! Sabrina, a aprendiz de feiticeira contava a
história de uma adolescente loira (Melissa Joan Hart), de 16 que aprendia como
usar seus poderes por ser uma bruxa.
Sabrina era criada por duas tias doidas e por Salem, um gato preto que
falava e e falava muito #todasamamsalém. O programa durou 7 temporadas e
começou contando todos as confusões da bruxinha em tentar aprender a controlar
seus poderes e terminou com Sabrina abandonando o noivo no altar pra fugir com
o seu verdadeiro amor, Harvey Kinkle. No Brasil a série foi exibida pela
Nickelodeon, Rede Globo, Rede Record e teve também uma versão em desenho
animado para o SBT, além de um filme que de vez enquanto bate na porta da
sessão da tarde!
Barrados no Baile (Beverly
Hills, 90210) – Por Leo Gravena
Já faz treze anos que Beverly
Hills, 90210 foi encerrada, e até hoje não consigo me acostumar a esse nome,
para mim, você, e provavelmente todos que assistimos esta série na televisão,
ela é Barrados no Baile, e sempre será. Eu nasci exatamente no meio do seriado,
quando ele acabou tinha cinco/seis anos. E foram apenas alguns anos depois que
fui ver a série através de reprises. Junto de minha irmã, passávamos toda a
tarde em frente à televisão assistindo as aventuras de Brendon, Brenda, Kelly,
Steve e Dylan. Além disso, tenho muita certeza de que Donna (Tori Spelling) foi
uma das minhas primeiras paixões platônicas da TV.
Barrados no Baile influenciou
toda uma geração, diversos jovens que acompanhavam a galera de Beverly Hills
tiveram suas vidas mudadas e moldadas pelos dramas e felicidades dos
personagens, sem dúvidas é uma série que lembra a infância, a minha pelo menos.
Fato é que esta série moldou minha visão de mundo... E como disse Leo Oliveira,
sim, “Isso explica muita coisa.”.
The Simpsons – Por Yuri Souza Pereira
Famílias disfuncionais são o tema
principal de um bom número de séries, principalmente voltadas para comédia. O
problema é criar uma legião de fãs, referências, ganhar diversos prêmios e se
tornar parte das nossas vidas. Há mais de 25 anos no ar, a família amarela de Springfield
permanece agradando o público com um humor ácido e renovado. Além de ser
copiado por inúmeras séries animadas ou não.
Quem nunca compartilhou as filosofias nonsense
do Homer, quis imitar as traquinagens do Bart, ter a inteligência da Lisa,
achou semelhanças entre Marge e nossas mães e sempre quis um bebê fofo igual a
Maggie. Os Simpsons consegue manter uma relação fiel aos fãs. Tanto que o
trailer do especial de Halloween que será dirigido por Guillermo Del Toro, teve
mais de 14 milhões de acesso em menos de uma semana. Posso dizer que amarelo vai ser manter na
moda par crianças e adultos.
A Extraterrestre (Out Of This World) - Por Leo Oliveira
Uma confissão embaraçosa: passei grande parte da minha existência
seriadora acreditando piamente que a famosa Super Vicky era, na verdade, A
Extraterrestre. A verdade é que não me lembrava da menina-robô e sempre que os
saudosistas mencionavam esse nome, associava-o imediatamente a Evie Garland
(Maureen Flannigan), a garotinha meio humana e meio ET que, ao juntar os dedos,
parava o tempo, fazendo uma série de mudanças no mundo à sua volta antes de,
com um bater de palmas, trazer tudo de volta à "normalidade".
Exibida no Brasil pelo canal do tio Sílvio, A Extraterrestre é uma
produção original do canal americano MCA e foi exibida de 1987 a 1991,
totalizando 4 temporadas e 96 episódios de pura diversão canalha. Para quem
precisa de mais um motivo para ver, Burt Reynolds (não o jacaré) interpreta
Troy Garland, que do planeta Anterias se comunicava com Evie por meio de um
cristal e cedia e tirava poderes à filha a seu bel-prazer. Entre bizarrices como
a mudança de cor no rosto de Evie de acordo com seu humor e o desejo de ter o
poder de trocar de sapatos, a série brinca com diversos clichês do universo (!)
alienígena e certamente marcou muitas infâncias por aí. Mesmo a daqueles que
esqueceram o nome da série e passaram a chamá-la de Super Vicky.
Três é Demais (Full House) –
Por Samuel Sales
O que faz uma serie realmente marcar a sua vida de uma forma especial não é
simplesmente o produto em si, mas a forma como você se envolve com os
personagens e como aquela serie afeta diretamente a sua vida. Full House,
conhecida aqui no Brasil como Três é Demais, é um ótimo exemplo disso, pois
marcou de uma forma muito especial a vida de muitos seriadores de várias
gerações, seja na exibição original na TV Colosso da Rede Globo ou nas
constantes repises do SBT.
As aventuras de um pai, viúvo, que com dois amigos tinha que cuidar de três
crianças era fonte de inspiração para muitas situações da vida real já que era
impossível não se identificar com os conflitos de Stephanie, que era uma
criança estranha tentando se adaptar na escola, os dramas exagerados de DJ que
acabara de entrar na adolescência e era reflexo da maior parte da geração que
acompanhou a série, além de rir muito com as peripécias da fofíssima Michelle
interpretada pelas gêmeas Olsen que mesmo após o fim da série em 95 arrastou
ainda muitos para os deliciosos filmes da dupla nos cinemas. Situações
engraçadas e sempre uma liçãozinha certeira foram a fórmula para arrebatar
milhões de fãs desta série que sempre será muito querida por quem viveu nos
inigualáveis anos 90.
Mundo da Lua – Por Camila
Barbieri
Um dos canais a que eu mais assistia quando criança era a TV Cultura
(#PNCFEELINGS) que, verdade seja dita, é um exemplo de qualidade e cuidado de
produção quando o assunto são os programas nacionais produzidos para o público
infantil. Além de clássicos como Rá-Tim-Bum (o original), Glub-Glub e X-Tudo,
uma série em formato mais clássico se destaca. Minha espera pela estreia de
Mundo da Lua foi cheia de expectativa. Quando pude ver o primeiro episódio foi
amor à primeira vista e nunca me permiti perder um único episódio da saga dos
Silva e Silva.
O elenco da série é fenomenal, a história familiar é simples e
ensina valores preciosos por meio de roteiros que exalam primor e acima de
tudo, bom humor. Mundo da Lua é a série que mais capta o universo infantil. E
digo isso dentre produções de todo o mundo, não apenas brasileiras. A possibilidade
de invadir a imaginação de Lucas Silva e
Silva (falando diretamente do mundo da lua, onde TUDO pode acontecer) é uma das
coisas mais legais para o telespectador. Vivi dezenas de aventuras com ele,
criei as minhas próprias e ainda hoje, tento guardar um pouco do espírito curioso
do personagem comigo. Pensar em Lucas é pensar numa criança eterna e ele é o
grande representante da essência da infância de todos nós ainda hoje.
9 comentários
As séries da TV Cultura marcaram a minha vida <3
ResponderExcluirTirando Super Vick e A Extraterrestre assisti a todas e amava.
Na minha listinha ainda entra Punky, A levada da Breca, deve ter sido o primeiro drama da minha vida, lembro até hoje do episódio do uso de drogas e da menina presa na geladeira.
Que top mais fofo e saudades de tudo ai <3
ResponderExcluirNostalgia gritando alto aqui! Deu até vontade de procurar algumas na internet pra rever uns episódios, mas ae eu fico triste e lembro que to velho! ahuahuahua
ResponderExcluirPost lindo. Sempre achei que tinha imaginado a Extraterrestre, pois quando comentava com o mundo real ninguém lembrava dela. Obrigado pela sessão nostalgia.
ResponderExcluirPs; Satanás também já foi um gato.
Fiz uma maratona Sabrina a pouco tempo, realmente tudo a ver com a minha infância, junto com Kenan e Kel, já que passavam juntos na nickelodeon <3
ResponderExcluirAdorava Super Vic, Mundo da Lua, Castelo Ra Tim Bum, Full House, Sabrina.... E alem dessas, as séries que marcaram a infancia dessa seriadora nata que vosfala foram: Punky a Levada da Breca, Família Monstro, Blossom, Galera do Barulho, Clarissa, O Mundo é dos Jovens, S Club 7, irmã ao quadrado...
ResponderExcluirFinalmente descobri que Camis e Camila Barbieri são doppelgangers!!! Bownnnn!
ResponderExcluirPs.: Full House *-*
Mundo da Lua definitivamente <3.
ResponderExcluirEu amava Are you afraid of the dark? e Caça talentos :x
Nossa, a Cátia presa na geladeira é uma das memórias mais fortes que eu tenho dessa época! adora Punky!!!
ResponderExcluirComenta, gente, é nosso sarálio!