Grey’s Anatomy 10x03: Everybody’s Crying Mercy
7.10.13
O remédio é rir para não chorar.
Esta semana, Grey’s Anatomy conseguiu apresentar um episódio
bom, nada muito sensacional, mas um bom entretenimento puro e simples. Mesmo
sendo carregado com muito drama pesado e cansativo, o grande mérito foi
conseguir criar situações de humor, que deixaram tudo bem leve e até agradável.
Não estou muito satisfeito com praticamente nenhuma das tramas que vão se desenhando
na temporada, mas consegui me divertir com este clima de descontração e com
alguns momentos de vergonha alheia.
Se até a Meredith já está dormindo só de ouvir Cristina
começando a falar pela milésima vez que a separação de Owen anda complicada
significa que esta trama já deu o que tinha que dar e que ambos precisam seguir
em frente o mais rápido possível. Por mais que Cristina goste de correr riscos
e viver perigosamente, seu casamento já terminou há muito tempo e o público
merece um descanso desta história.
Uma história que mal começou e também já cansou é a
separação de Callie e Arizona, que cortou o cabelo, colocou um vestido vermelho
e ficou parecida com a Amy Poehler. A semelhança com o histórico de Yang e Hunt
é tão grande que fica até absurdo ver Cristina escutando Callie falar sobre a
traição. Obviamente a terapia de casal não funcionou com eles e também não
funcionará com elas e a gente vai ter que aturar as duas fazendo mimimi por
muito tempo ainda.
O drama de Webber também me pareceu um pouco desnecessário
até o momento em que ele revelou os motivos pelos quais ele escolheu Meredith
como responsável pelas decisões difíceis, quando a trama se tornou pesada e até
cruel com a personagem, que nem de longe tomou alguma decisão equivocada em
relação ao tratamento que o Chief precisava. Se ele queria morrer, deveria ter
manifestado logo este desejo e não ter deixado um enigma do Mestre dos Magos
para Meredith desvendar. Ninguém merece tanto mimimi numa série só.
April acabou passando no exame em que havia sido reprovada
porém continua repetindo de ano em sua história. O chove e não molha entre ela
e Avery é tão grande que eu nem sei mais se torço pelo casal, principalmente
porque gosto muito da química entre April e Mathew.
O que mais gostei no episódio foram os muitos momentos
engraçados ou ao menos divertidos. Adoro ver Meredith toda zoada com vomito de
bebê no cabelo, sem dormir e com diferentes pés de sapato enquanto se mete a
resolver alguma crise. Acho sempre muito legal como a série consegue fazer a
personagem ser uma grande loser sem deixá-la caricata ou forçada demais, como
ocorreu com a Dra. Addison em Práticas Privadas. Cristina, como já é de
costume, também estava muito afiada, tirando sarro sem parar da falta de sexo
na relação de Alex com Jo. Outro momento muito legal foi quando Avery acabou
comparando a função de Owen com a de um policial de trânsito, deixando o Chefe
que manda menos no mundo com uma cara nada amigável.
Entretanto, por incrível que parece, o que mais me divertiu
no episódio tinha na verdade um objetivo dramático. Gostei muito de como a trama
da mulher que pediu para Leah contar suas puladas de cerca para seu marido caso
ela viesse a falecer conseguiu não se levar a sério e ser bem divertida. O
ridículo dilema de Leah rendeu momentos bizarros e muito engraçados. As caras
de coitada e de dúvida que Leah fazia durante o episódio foram muito boas e me
fizeram me afeiçoar pela personagem. Como Shonda matou Brooks, á natural que
algum dos novos internos herde o papel de nos fazer rir. Outro aspecto que deve
se intensificar na temporada são as tentativas de fazer os internos crescerem
na trama, visto que muitos dos personagens veteranos podem sair da série ao
final da temporada. Assim, como Shonda não quer largar o osso, é natural que
ela invista nesses personagens mais novos que podem carregar o futuro da série.
A temporada de Grey’s Anatomy segue não muito animadora,
porém sem entregar episódios ruins ou maçantes mesmo com a grande onda de
repetição que a série vem sendo atingida. Acredito que Greys precise
urgentemente reformular suas tramas e propor algo novo para praticamente todos
os personagens. Não é todo dia que as piadas e os momentos engraçados
conseguirão segurar um episódio inteiro.
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