Dexter 8x12 (Series Finale): Remember the Monsters?
1.10.13
Sem mais decadência. Acabou, ufa!
Haverá sempre quem discorde – e
que ótimo, pois o que seria do amarelo se todos gostassem do vermelho? -, mas
não consigo encontrar outra palavra para definir o sentimento com relação a series finale de Dexter se não decepção.
As expectativas já estavam em baixa, considerando o rumo da temporada final,
mas aprendi que não se deve subestimar a capacidade dos autores de encerrar uma
série que um dia foi excelente de forma preguiçosa e quase sem rumo.
Sim, Remember the Monsters? deixou a impressão de que os
produtores já estavam tão cansados que deram mais importância às frases de
efeito que aos detalhes cruciais. Isso sem contar que tantas problemáticas
ficaram acumuladas no último episódio que 50 minutos dificilmente dariam conta
do recado – e de fato, não deram.
Na despedida de Dexter, a
resolução dos problemas estava longe de ser alcançada e os conflitos eram
diversos: Saxon continuava à solta, o U.S. Marshall estava fora do jogo, mas
Elway não, e para somar aos motivos para o atraso na fuga de Hannah, Dexter e
Harrison estava o ferimento de Debra.
Agora imagine ter de colocar
ponto final em tudo isso e na história como um todo? Talvez um pouco de boa
vontade tivesse contribuído, mas cenas como o flashback ao nascimento de Harrison, na qual Jennifer Carpenter
estava com uma peruca tão mal feita que dava dó de ver e situações como a
mínima participação de Harry – tão presente até então – reforçaram essa
sensação de que os produtores só queriam encerrar a série de uma vez por todas
e virar a página.
Assim, a sucessão de eventos foi
rápida e surpreendentemente causou pouco suspense. Saxon/Daniel se mostrou de
fato um vilão fraco para a series finale,
tendo sido facilmente capturado e morto em um dos últimos momentos com
verdadeiro derramamento de sangue. Antes, porém, vale dizer que algumas cenas
de certa tensão antecederam essa etapa do episódio. A correria de Dex para
tirar Elway do encalço de Hannah deu nos nervos, enquanto a internação de Debra
e as últimas cenas românticas entre ela e Quinn (esse evoluiu!) deram a falsa
esperança de que o destino da detetive Morgan seria outro.
Com essas questões e o desespero
de Dexter ao se arrepender amargamente de não ter assassinado Saxon, o episódio
seguiu como se fosse apenas mais um. O gosto (amargo) de finale veio só nos minutos derradeiros. Mas, novamente, antes de me
adiantar, destacarei as melhores cenas do adeus de Dexter: a morte de Saxon, se
não considerarmos a estupidez do personagem ao entrar no jogo de Dex e
contribuir para a desculpa esfarrapada de legítima defesa; o último ataque da Menina
Veneno, que aprendeu bem a lição com o protagonista; e a despedida eterna de
Dexter e Debra.
A morte de Debra, contudo, foi um
dos piores (se não o pior) erros de Remember
the Monsters?. É fato que a
moça Carpenter deu um show até mesmo quando sua participação não exigia mais
falas. Mas que a personagem dela tenha morrido de forma tão imbecil – não pela
ação de Dex, mas pela complicação súbita de um quadro que até então era
promissor - foi quase uma blasfêmia.
A tempestade providencial
anunciada por Elway, que permitiu que Dexter escapasse com o cadáver da irmã
sem qualquer questionamento também foi difícil de digerir. Ver o corpo da policial
ser jogado ao mar, no entanto, foi provavelmente a única cena que causou
genuíno aperto no coração.
Já conformada que o final de uma
série que já viveu momentos de glória seria lamentável, acreditei que não
poderia ficar pior e até aceitei “o suicídio” de Dex. Ah! Antes não tivesse
aguardado pelos segundos finais. O fim de
Dexter Morgan foi no autoexílio, com a culpa na bagagem e a esperança de
garantir que Hannah e Harrison não fossem destruídos por ele. O frio assassino
em série quase se tornou mártir.
Haverá sempre quem admire essa
conclusão. Que bom seria poder sentir o mesmo. Dexter merecia um final digno de
seu início. Mas, ufa! Acabou, simplesmente.
Fim.
PS: E qual o propósito da filha
do Masuka na história? A essas alturas, quem se importa...
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