Arrow 2x01x02: City of Heroes/Identity
22.10.13
Wolverine ligou pedindo as garras
de volta.
Finalmente Arrow está de volta para sua segunda
temporada. Os eventos do final da primeira temporada com certeza trariam muitas
consequências e o fato da série confiar o bastante em seus personagens para
mudar praticamente todas as dinâmicas já vistas anteriormente mostra que os
roteiristas sabem muito bem o que estão fazendo.
Logo no
primeiro episódio, somos presentados com um Oliver Queen tirando férias na Ilha
de Lost, como sempre. Naturalmente,
aposentar o capuz e o arco estaria em um futuro próximo e foi bastante condizente
o personagem relutar durante o episódio inteiro para não voltar às origens.
Mesmo que essa decisão tenha sido burra, afinal milhares de pessoas estavam
sendo mortas e atacadas (incluindo ele mesmo!), Oliver manteve-se firme na sua
crença de que ele realmente é um assassino e que ele deveria se manter longe da
ação por causa do que aconteceu com Tommy. E se ele fosse continuar, que fosse
de ‘outras maneiras’, não matando tudo e todos, tentando mudar sua própria
imagem.
No primeiro
episódio vimos que Oliver precisa trabalhar (literalmente) para conseguir mudar
a imagem que a cidade e a própria empresa tem do personagem e de sua família. É
completamente normal que a cidade INTEIRA esteja odiando sua família, mas é
curioso perceber que não estão odiando a boate – ela está mais cheia do que o
costume. Mas talvez seja só o fato Roy e Thea, que andam cuidando da bebê de
Oliver. Thea deixou de ser uma garotinha mimada e estar a frente dos negócios
na boateRoy, por outro lado, possui uma própria agenda e isso envolve quase se
matar toda noite para conseguir um encontro especial com o Arqueiro. Thea, tome
cuidado. Até porque, o drama entre a herdeira Queen e o namorado acaba se
tornando cansativo, pela repetição nessa e na temporada passada. Mesmo assim, é
importante ressaltar que Roy é o Speedy e foi promovido para regular na série.
Ou seja, em breve veremos um Speedy juntando forças com o Vigilante.
A necessidade
de mudar a imagem foi bastante utilizada no segundo episódio, de forma mais
clara, por meio da vida dupla de Oliver. A destruição do Glades e suas
consequências serão plots recorrentes nessa temporada, mas o mais interessante
de se ver é Oliver tentando levar uma vida normal (digo, de empresário)
enquanto o mundo inteiro o odeia. O personagem de Kevin Alejandro, Alderman,
veio para provar isso. Sua participação com certeza será um problema para
Oliver, pois ele já provou que não atura atrasos em nenhuma circunstância.
É triste,
porém, que tanto Oliver quanto o Arqueiro não ganham o respeito necessário. Claro,
a cidade inteira acha que o Vigilante está por trás de qualquer assalto e todo
mundo odeia os Queens, mas Oliver está disposto a mudar sua imagem, sua
identidade, passando de um cara que riscava nomes em uma lista para alguém que
procura outros meios para fazer o bem. É claro que isso fica bem complicado,
especialmente quando você precisa lidar com um Wolverine Negro e uma Lady Gaga
Asiática, mas como a última bem disse, o Arqueiro está diferente.
Porém, essa
mudança vem também com algumas consequências. Além de ter perdido os sinais de
que Roy está praticamente se matando noite após noite, Oliver também não
conseguiu perceber que Diggle está de coração partido por causa de Carly e que
Felicity deve ser utilizada para um bem maior além de fazer um mero cafezinho.
Pessoalmente,
nunca me importei com a vida de Diggle, até porque, tirando a questão do irmão,
ele nunca foi aproveitado, ou pelo menos o roteiro foi tão raso que não havia
como algo bom sair dessa narrativa. Por isso, fica difícil me importar com a
vida pessoal do motorista, principalmente quando ele não demonstra muito bem
seus sentimentos (ou será péssima atuação?).
Se temporada
passada Tommy não mostrou sua importância, nessa temporada temos Laurel se
tornando a personagem mais chata da série em tão pouco tempo. Entendemos o
motivo de Laurel estar tão trabalhada na vingança contra o Arqueiro e sabemos
que ela estava de luto por Tommy pelos últimos cinco meses, mas essa inimizade
com o Arqueiro apareceu repentinamente e fora do aceitável. A questão é que
Laurel parece estar pensando irracionalmente, movida a sentimentos que não eram
tão grandes assim, para começo de conversa. Mesmo que ela tenha explicado suas
motivações para odiar o Arqueiro, isso não é muito convincente, principalmente
levando em consideração tudo o que ela já o viu conquistar. Mesmo assim, a cena
final do segundo episódio torna-se o segundo melhor cliffhanger da série, por
ter acontecido de uma maneira que não dava para prever.
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