Dexter 8x11: Monkey in a Box
21.9.13
Saudades, Dark Passenger.
As despedidas se intensificaram
no penúltimo episódio de Dexter. Não há como adiar mais: em questão de horas
conheceremos o esperado final. Ao ver Monkey
in a Box, foi inevitável lembrar-se de quem era Dexter quando tudo
começou e compará-lo a esse que se tornou. Um sentimento resume: saudades do
“passageiro sombrio”.
Se até então na temporada atual
foi mostrado que a regeneração de um psicopata é possível – com boas doses de
amor e um código pensado por uma especialista e ensinado por um pai aflito -, o
8x11 veio para avisar que essa mudança de comportamento custa caro. Felizmente,
quando o episódio começou Dexter ainda tinha alguns miolos sobrando e conseguiu
limpar a cena do crime de Daniel para esconder o próprio envolvimento. Lá se
foram os relatórios, vídeos e etc. que ligavam a Dra. Vogel ao lado assassino
de Dex. E, da mesma forma que se deixaram enganar na morte de LaGuerta, o povo
da Miami Metro caiu no teatro do protagonista. Previsível.
A harmonia na família Morgan teve
continuidade, com Debra e Dexter superunidos e a presença de Hannah mais
corriqueira do que nunca. E, agora, a partida do analista de sangue já não era
segredo para ninguém - ótimo motivo para fazer Elway e Cooper surtarem querendo
apanhar Hannah e os cúmplices antes que fosse tarde demais. Ambos estão se
saindo os aleatórios “pedra no sapato” mais chatos de todos os tempos.
A vida de Dex poderia se resumir
à tranquilidade de empacotar as coisas e planejar uma forma rápida de dar cabo
de Oliver Saxon/Daniel Vogel, não fosse o fato de que o maníaco herdara o
sangue frio da mamãe Evelyn. Destemido,
apareceu no caminho de Dex como se não tivesse nada a perder, tanto indo até o
prédio da Miami Metro quanto pagando de comprador potencial da casa do
protagonista. A finale merecia um
rival para Dexter que fosse à altura do Trinity, o que não é o caso, mas, na
medida do possível, Saxon está cumprindo o papel de deixar o espectador ansioso.
Dexter, por outro lado, nunca
esteve tão molenga. Disposto a abrir mão de matar o rapaz Vogel só para poder
fugir com Hannah, o serial killer
romântico começou a cometer erros no momento em que decidiu baixar a guarda.
Cadê o Código, o Dark Passenger, até o fantasminha camarada de Biney pra dar
jeito na situação?
O amor no coração estava tomando
conta geral dos Morgan, o que incluiu Deb em vias de aceitar o anel que Quinn
“arquivou na gaveta” just in case, Dexter
dando a benção ao relacionamento dos dois e Debra praticamente retribuindo, ao
oficializar a boa relação com a cunhada Hannah. Quase um conto de fadas!
Para não ficar no cor de rosa,
felizmente havia a ameaça de Saxon. Dexter sabia que não poderia partir sem
garantir que todos estariam seguros – e o Vogel biruta à solta não significava
segurança. A tática de atrair o lobo à toca foi boa, de fato, e o trabalho em
conjunto de Dexter e Debra para subjugar Daniel foi de deixar com um sorriso no
rosto. Os irmãos percorreram um longo caminho desde a sexta temporada,
especialmente.
Seria perfeito se Saxon tivesse
acabado sem o próprio córtex e a finale
focasse na fuga da família feliz. Mas, como problema pouco é sem graça, Dex
teve de fazer a cagada de voltar atrás no último segundo - ok, com Hannah deu
mais que certo, com Zac não foi tão ruim, mas três é demais e estava na cara
que ia dar problemaço.
Mais inconveniente do que nunca,
o U.S. Marshall tinha que aparecer e espalhar a merda que já estava feita.
Resultado: a cena que deu mais aperto no coração, isto é, a de Debra sendo
atingida por Daniel. A possibilidade de que uma das personagens mais incríveis
da série morra na series finale é tão
trágica que faz doer só de pensar.
Está claro que a fuga de Hannah
será um problema, mas só um dos reservados ao último episódio. Dentre as
probabilidades de desfecho para Dexter, estão morte, prisão ou escape
bem-sucedido. Sem Dark Passenger e as decisões friamente calculadas, nenhuma
das saídas ao protagonista parece tão boa quanto a morte.
Mas, com o final tão próximo, só
resta o pedido desesperado: que seja bom enquanto durar.
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