True Blood 6x08: Dead Meat

10.8.13






Na review da última semana mencionei como True Blood parecia um filme B. Na melhor cena desse episódio, onde Sarah persegue e mata uma funcionaria da empresa que fabrica o Tru Blood, todo esse lado absurdo e exagerado transparece.

Ha claro um elemento de realismo ali, pois elas na são assassinas ou seres sobrenaturais superpoderosos, mas, como Sarah aponta, mulheres de negócios. O comportamento desajeitado de ambas é natural, mas a maneira como Sarah persegue sua vitima em um frenesi psicótico pelos corredores, tal como Jason ou Freddy Krueger perseguem adolescentes em seus filmes, é excelente, não apenas pela similaridade com o gênero de terror, mas também pelo cinismo existente. Terminar a sequencia com o "obrigado Jesus" de Sarah foi a melhor parte.

A reação de Eric ao ver Bill logo após perder a irmã também tem um certo exagero no tom debochado adotado por ele. A idéia de que ele, naquele momento, não estava se importando com nada, agindo apenas por desespero pela morte de Nora é boa, mas a aparente loucura dele se limita a esse momento em que ele desafia Bill. Depois, quando ele vai atrás de Adilyn, ele já não parece mais desesperado, mas sim como ele sempre é: controlado e parecendo não se importar com nada. É incoerente que uma hora ele pareça devastado e capaz de tudo e em outro momento esteja normal.

(Como Eric conseguiu acesso aquela dimensão das fadas. Será que é algo tão intuitivo assim, basta sacudir a mão e o portal se abre?)

A pequena jornada de Sookie até a aceitação de seu futuro aparentemente inevitável é um aspecto interessante do episódio. Ela procura por Bill tentando encontrar o vampiro que ele foi um dia (a mudança dele durante a temporada também é interessante), depois busca Sam e ganha dele apenas rejeição. O irmão esta distante, e a memória dos pais já não é mais um ponto de apoio, apenas mais um motivo tornando sua vida um pouco mais intolerável.

É compreensível que Sookie aceite a proposta de Warlow pois, no meio de todos seus problemas, ele parece ser o menor. E a direção da série faz questão de apontar que aquela é, metaforicamente, a morte da protagonista, colocando-a num vestido preto que remete a completa falta de esperança dela e que remete a cena da primeira temporada onde ela, ainda inocente, corria numa camisola branca pelo cemitério para encontrar Bill.

Como já mencionei antes, a transformação sofrida por ele também se revelou interessante até aqui. Pena que o ator, Stephen Moyer, não ajuda já que interpreta Billith como se nada tivesse acontecido com ele. São as mesmas expressões, os mesmos gestos, mas as atitudes são diferentes. Ele se revelou mais do que aquela fera descontrolada do começo da temporada, chegando até a desafiar Lillith quando se viu perdido e agora abraçando completamente a idéia de que ele é responsável por salva toda a sua raça, seguindo totalmente a idéia de que grandes poderes trazem grandes responsabilidades.

Jamais esperaria que, depois daquele começo desastroso, a temporada poderia render boas e complexas situações.

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