The Mentalist 5x22 (Season Finale): Red John's Rules
12.5.13
“I bet
you think you’re pretty damn clever. But you’re not. You’ve got a lucky break. That’s not clever. I’ll show you clever.”
Lembro-me que cheguei a
questionar – várias vezes – se The Mentalist chegaria à sexta temporada. Veio a
renovação e passei a me perguntar se retomariam a trama para não terem alguns
momentos fracos que rolaram nessa quinta. Sim, pois a temporada começou muito
bem, de repente seguiu para um caminho arriscado: o de se tornar chata e sem
sentido, e depois de alguns hiatos repetidos, voltou para um fechamento de
fazer tremer as bases.
Red John retornou – e retornará
com força, se cumprir o prometido – e lembrou que é um arqui-inimigo daqueles
que não dá para botar defeito.
Evolução define Red John’s Rules. O relacionamento dos personagens
principais deu um salto, bem como a rivalidade de Patrick e o assassino de sua
esposa e filha. E tudo começou com a conhecida afirmação proferida pelo
mentalista nos últimos tempos: “estou chegando muito perto”. Será?
Patrick queria tempo e espaço
para continuar avançando (?) na investigação da identidade do serial killer da carinha feliz, mas não
teve tempo. RJ havia atacado novamente. Ah! Que delícia mórbida ver o smiley
pintado de sangue na parede do quarto. Nostalgia boa que fez lembrar sobre o
que é The Mentalist, pra começo de história.
Era só o começo das sambadas
fenomenais que rolaram no episódio. Logo em seguida, revelou-se que a vítima,
Eileen Barlow, era alguém que Jane conhecia. A tensão maior no início da
investigação era que a filha da moça estava desaparecida. Em algum lugar, Red
John certamente se divertia com a situação. Macabro, no mínimo.
Patrick e Teresa passaram a maior
parte do capítulo juntos e em evidência. A detetive estava desesperada em saber
os nomes que constavam da lista de Jane, mas ele sabia o risco de abrir o jogo.
Como disse para Lisbon, que ficou ultrajada: “você não tem desonestidade alguma”.
Ela até tentou argumentar que não era bem assim, mas... só tornou a cena
divertida.
Divertido também foi o momento
muito bem inserido de Cho e Rigsby em algo que está a um passo de virar Bromance
sério. A TPM de Kimball estava no limite no final da temporada, e aturar o
deslumbrado Wayne falando sem cessar no assunto Van Pelt não estava fácil. As cortadas
de Cho enquanto Rigsby tentava puxar assunto foram cômicas. A amizade dos dois
foi muito bem trabalhada ao longo da temporada e fechou com chave de ouro.
A investigação da morte de Eileen
corria, com o marido, Roddy Turner (Scott Anthony Leet) logo figurando na lista
de suspeitos. O passado de Jane emergia cada vez mais, com a família da vítima,
que tinha certa rivalidade com os Jane, entrando no rol de possíveis comparsas
de Red John. O tio de Eileen, Shaun Barlow (Michael Hogan) acrescentou mais
climão ao episódio. Depois de Patrick confessar à Teresa que a memória positiva
que tinha – daquelas memórias que trazem alegria - era de Lily Barlow quando
pequena, e deixar a incógnita de como Red John teria sabido daquilo e cuidado
para “matar” aquela lembrança, ele e a detetive visitaram Shaun, que reforçou o
problema.
“Médiuns não existem”, é o que
Patrick sempre diz. Shaun Barlow discorda veementemente da filosofia da família
Jane e diz acreditar no seu dom de vidente. Para ele, Red John está sempre um
passo à frente de Patrick por ser um vidente que acredita no próprio dom. Seria
possível?
O tio Barlow não lançou só esse
problema. Com todas as letras, jogou na cara de Lisbon que ela está apaixonada
por Jane – na frente dele, inclusive. A proximidade dos dois tem aumentado
desde o “eu te amo” da temporada anterior, mas parece que verbalizarem o óbvio –
isto é, os sentimentos de Teresa – fez com que a relação dos dois evoluísse
ligeiramente nessa finale. Foi depois
do encontro com Barlow que Patrick revelou para Teresa por que não contava os
nomes que estavam na lista. É, porque Gale Bertram era um deles.
Teresa ficou abalada, só não mais
que Marta (Alice Amter), a jovem gótica que encontrara o cadáver de Eileen. No
interrogatório da moça, destaque para Cho sendo delicado com Marta. (a acidez
era só para Rigsby).
O grande problema não era só
solucionar o assassinato de Eileen, mas encontrar a filha dela e Roddy. A
intenção era que o próprio Roddy e Shaun parecessem os comparsas de RJ, mas
Miriam Gottlieb (Laura San Giacomo), cuidadora da creche em que ficava a
pequena Kathlyn quem estava por trás do sumiço da criança. Como não podia
faltar, claro, Patrick armou um verdadeiro circo para desmascarar Miriam.
E como toda pessoa sequelada que
se alia a Red John, Miriam parecia fanática e logo após entregar um DVD
(cortesia do assassino) para Patrick e ser presa, cometeu suicídio. Previsível,
né?
A trilha sonora foi impactante na
cena que se seguiu a da morte de Miriam, com a filha de Eileen sendo entregue
para a família. Contudo, parecia que seria uma season finale morna, com alguns momentos tensos, e só.
Vieram então os 3 minutos finais.
Patrick mostrou para Teresa o DVD
que fora enviado por Red John. É, a temporada não poderia fechar bem sem mais
uma aparição de Lorelei Martins, antes de sua morte. No vídeo, Lori se mostrou
conformada em pagar por “trair” RJ e leu o recado do serial. Nele, o assassino previa os passos que Patrick teria dado
(após o assassinato de Eileen) e, inclusive, a lista de sete suspeitos (Brett
Stiles, Gale Bertram, Raymond Heffner, Reede Smith, Robert Kirkland, Xerife
Thomas McAllister e Brett Partridge). Seria um deles realmente Red John?
O mais importante não é isso. Red
John colocou a cereja do bolo ao finalizar o aviso. Ele voltará a matar, com
frequência, até que Patrick o capture – ou vice-versa.
Ansiedade para a sexta temporada?
Absoluta.
Os roteiristas de The Mentalist
mostraram como devolver um trem aos trilhos e frear para deixar impacto. Em
três simples minutos, fizeram da season
finale uma das melhores da série.
Por uma sexta temporada sangrenta
e repleta da essência da obra prima de Bruno Heller.
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