Glee 4x22: All Or Nothing
11.5.13
Tudo ou nada? Nem um, nem outro.
Ver o copo meio cheio ou meio vazio nunca foi tão importante para decidir
se gostei ou não desse final de temporada. Já ficou mais do que estabelecido que
o 4º ano de Glee dividiu opiniões, mas na minha, o nível esteve altíssimo até
'Shooting Star', décimo-oitavo episódio da temporada, decaindo nos 2 episódios
seguintes e tendo uma boa recuperação em 'Wonder-Ful'. As expectativas eram as
mais variadas possíveis: boa pelo tanto que acertaram até aqui, ruim porque os
plots guardados para a finale eram a parte fraca da temporada ou coisas que não
me interessavam. O sentimento de 'tudo ou nada' realmente imperou antes da
exibição do episódio, mas ao terminar de vê-lo, a sensação que ficou foi de copo
meio cheio, meio vazio, meio morno.
Brittany foi de longe a melhor coisa do episódio, ganhando ares de
protagonista depois de um afastamento providencial por conta da gravidez de
Heather Morris. Não é à toa que a abertura nos apresenta o "Glee by Brittany",
porque ela foi a responsável pelos momentos de emoção genuína e pela sensação de
desfecho que o episódio tanto precisava, já que não terminamos o ano letivo e
nem tivemos outros acontecimentos tão importantes. Aceita precocemente no MIT
(que nem fica na Europa, pasmem), a mente mais genial desde Albert Einstein
distribuiu patadas e exigências, relembrou o clássico 'My Cup', colocou fogo no uniforme de torcida, terminou com Sam
por SMS, levou convidados de peso para o Fondue For Two e, embora estivesse
agindo, como bem destacou Santana, como se fosse a semana de Britney 3.0, levou
todo mundo às lágrimas ao se despedir do New Directions, direcionando o discurso
a seu pai (profª Schue), suas irmãs (Mercedes, Tina, Sugar e Mercedes), seus
irmãos (Mike, Blaine e Jim), o vizinho que constrói robôs no porão de quem ela
tira a virgindade (Artie) e as crianças que vêm morar com a gente quando o
orfanato fecha e em quem não confiamos a princípio, mas que acabamos aprendendo
a amar como fazemos com nossos animais de estimação (Marley, Ryder, Kitty e
Jake).
A cereja do bolo fica, é claro, com as despedidas de Sam e Santana. Dá pra
ver que Brittany tem relações muito diferentes, mas talvez igualmente intensas
com os dois e, com todo o respeito às guerras de shippers, é um alívio perceber
que os dois personagens não ficarão presos a esse triângulo agora que nossa
mente brilhante dará um tempo na série. Tenho lá minhas dúvidas se Heather não
desmama o bebê precocemente e volta a gravar o mais rápido possível, mas do
jeito que a despedida foi construída, temos pelo menos a primeira parte da
temporada sem Brittany e só posso esperar que as novas histórias para Sam e
Santana façam jus ao crescimento individual de ambos na série – e se for pra
investir em casal bizarrinho de novo, reforço a minha dica de Samtina.
Aliás, no caso de Santana, fica bem óbvio que as possibilidades românticas entre
as duas, por enquanto, são mesmo coisa do passado e embora o letreiro do Fondue
For Two insista que "Brittana lives", está mais do que na hora de dar outros
rumos para essa personagem tão complexa que do dia para a noite decide que ama
balé.
Se Brittany ganhou o posto de protagonista, Rachel o perdeu de forma
inacreditável. A temporada passada deixou aquela sensação de que a trajetória
dela em New York seria o fio condutor da série e e dessa vez, fomos brindados
com menos de 5 minutos de Narizinho em tela, só com o tempo para que ela
aparecesse na sala de espera, em cenas intercaladas com o discurso motivacional
da vez de profª Schue e cantasse "To Love You Cada Vez Mais" (clique aqui para ouvir o mashup), em um dueto emocionante com Daniel que, infelizmente,
se tornou um solo na versão final do episódio.
Já que a parte de NY só dependia
dos minutos iniciais, ela poderia facilmente ter viajado para Ohio junto com
Santana e participado de todos os eventos seguintes, das Regionais ao casamento.
Chega a parecer piada que Rachel passe tão rapidamente pelo episódio, enquanto
personagens que em teoria nem são fixos ocupam minutos preciosos.
Sim, estou falando de Ryder, que foi completamente destruído nessa reta
final, por puro recalque daqueles que invejam toda a sua expressividade corporal.
Cada novo piti por conta do mistério de Katie foi mais difícil de
aguentar do que o anterior, até que chegou num ponto insuportável. A manobra de
colocar Marley para assumir a culpa na tentativa de encobrir a revelação mais
óbvia, que era a de Unique ser a gatapeixe. Não entendo o motivo desse
"mistério", da edição toda trabalhada em música de suspense e no tempo gasto com
esse plot para, no fim das contas, a solução ser a primeira que se esperava.
A
aproximação de Ryder e Unique depois de tudo colocado em pratos limpos podia até
render algo interessante, mas já dá pra ver nesse episódio que Alex Newell não
vai segurar as pontas atuando em cenas dramáticas, o que dificuldade muito
qualquer expectativa positiva quanto a isso. Esperemos que se concentrem mais nas piruetas de Blake e menos nesse "alerta social" que só enfraqueceu Ryder e foi um desserviço para Unique, mostrando que, no fim das contas, travesti é bagunça sim.
Igualmente irritante é a situação de Blaine, que se recusa a aceitar os
sábios conselhos de Burt e Sam, continuando sua saga "traí meu namorado com um
avulso que me cutucou no Facebook e vou resolver tudo com um pedido de
casamento", com direito a Tina se humilhando ainda mais ajudando-o a escolher um
anel que gostaria que fosse dela e velhinhas lésbicas filosofando sobre o que
significa poderem se casar legalmente e contando as histórias de suas vidas. Vi
que algumas pessoas se emocionaram com essa parte e, sinceramente, não consigo
entender que cabimento ela tem nesse momento para os personagens. Parece que
queriam simplesmente discutir a legalização do casamento gay e inventaram essa
motivação descabida para Blaine do nada, com direito a cliffhanger patético dele
segurando a caixinha, deixando a entrega do anel (!) para a próxima
temporada.
Para não dizer que estava desinteressado por tudo, o casamento de Will e
Emma me surpreendeu, não pela realização, mas pelo quanto eu ainda me importava.
Uma pena que Finn não estivesse lá para demonstrar o apoio ao seu mentor,
beijando a noiva minutos antes da cerimônia, mas mesmo com as várias ausências
de velhos membros do New Directions (pelo menos Mercedão estava presente para
cantar sua ópera caso precisassem), foi bonito ver a cerimônia finalmente
acontecendo, além de coerente com a paranoia de Emma no que diz respeito a
planejamentos perfeitos.
A parte das Regionais foi outro ponto que precisava de mais atenção. Corrida
demais, sem grandes atrativos (vamos lembrar dos Warblers fazendo piruetas
sobrenaturais e de Tina bancando a cachorrona e o grupo se desdobrando na
coreografia mirabolante de 'Gangnam Style' que dá pra ver a diferença), a
competição pecou até em apresentar a concorrência, já que Sou Frida Mas Não Me
Kahlo só cantou, passou vergonha em alguns passos de dança e foi isso. Nos anos
anteriores, tivemos pelo menos um pouco de história envolvendo Jesse, Sunshine,
os Warblers, Unique, os menonitas, Harmony e outros rivais do New Directions,
mas dessa vez foi só música e pronto. Não restavam dúvidas de que o New
Directions levaria a melhor, mesmo que as performances também não tenham sido
das mais marcantes.
No fim da análise, acho que estou no time dos que viu o copo meio vazio,
mas Glee deu motivos suficientes durante a temporada para que ficássemos loucos
para que setembro chegue logo, com a quinta temporada trazendo mais música,
trocas de casais, teletransporte entre núcleos, ex-alunos que não largam o osso,
novos alunos que precisam marcar o território e o que mais vier da mente insana
desses roteiristas. Esteja meio cheio ou meio vazio, o copo está sempre
esperando a próxima vítima que vai levar raspadinha na cara.
Músicas do episódio:
"To Love You More" - Céline Dion: Rachel (Lea Michele)
"My Cup" - Glee: Brittany (Heather Morris)
"Clarity" - Zedd featuring Foxes: Sou Frida Mas Não Me Kahlo (Jessica Sanchez) e The Hoosierdaddies
"Wings" - Little Mix: Sou Frida Mas Não Me Kahlo (Jessica Sanchez) e The Hoosierdaddies
"Hall Of Fame" - The Script featuring will.i.am: Sam (Chord Overstreet), Artie (Kevin McHale), Ryder (Blake Jenner), Jake (Jacó Artista) e Jim (Samuel 'Cabeça de Taturana' Larsen)
"I Love It" - Icona Pop featuring Charli XCX: Tina (Jenna Ushkowitz), Véia (Becca Tobin), Brittany (Heather Morris) e Unique (Alex Newell) possuídas pelo autotune
"All or Nothing" - Glee: Marley (Melissa Benoist) e Blaine (Darren Criss)
22 comentários
Só uma coisa, Lights Out é o epi 20, o 18 é o Shooting Star ;)
ResponderExcluirQdo digo que Quinn é a cola (beiço) do Glee ninguem acredita e acho que se derem chance Kitty aceita uns sweet lady kisses dela.
ResponderExcluirE eu acho que ele quis dizer Sweet Dreams, o 19, que foi onde desceu a coisa.
ResponderExcluirTbm acho que Rachel não teve o tratamento necessário nessa season finale e se ela não fosse a protagonista da série provavelmente nem aparecer ela iria no episódio.
ResponderExcluirLeo, como você não faz um gif da coreografia mais heterossexual que Zach já fez em Glee: http://24.media.tumblr.com/4301c1d825f5a451f1f5ab7ea6022405/tumblr_mmnt21Z0YB1r982jyo1_1280.png ?
ResponderExcluirAbsurdo vcs (povp do grupo) tão pegando todos gif e não vem agradecer só reclamar #Deception
ResponderExcluirNão peguei nenhum nesse frenesi que teve no grupo, e sou muito grato por Leo por todos os gifs (ainda guardo um de Alex mostrando a língua em sua famigerada época de TGP).
ResponderExcluirFinale morna, mas já valeu pelo adeus da brittany que foi trabalhado maravilhosamente bem. Os outros plots (mesmo já sendo meio ruinzinhos sozinhos) não tinham como fluir bem, são vibes diferentes, até parecem dois episódios colados juntos.
ResponderExcluirP.S. : A coletânea de gifs do Blake ficou muito boa!
P.S. 2 : A cara de gatinho da Marley me fez colocou uma nova perspectiva naquela apresentação ^^
Amo/Sou MarleyCat
ResponderExcluirTo de bem de novo #BarracoFail
ResponderExcluirHilária a review kkkkkkkkk e boa também. Concordo em muita coisa, no fim a sensação foi realmente essa. Valeu o investimento na despedida da Brittany mas realmente, essa devia ter sido uma finale dupla para termos um melhor encerramento de algumas tramas, Artie, Tina e cia se formando, Blaine levando um belo NÃO de Kurt por sua tamanha imaturidade e carência.
ResponderExcluirA discussão do casamento gay com a participação das velhinhas não foi algo ruim mas um tanto desnecessário para se encaixar em uma season finale com tanta trama melhor para ser desenvolvida e gerar um bom cliffhanger para a season 5. Essa discussão da união gay e Blaine querendo casar, francamente, podia ter sido encaixado em um filler qualquer já que outras tramas despertariam mais o interesse. Nas Regionals, faltou sim algo a mais, músicas boas, coreografias doidas mas faltou sim uma trama ao redor, mínima que fosse. Até a cortada briga de Marley e Frida babuíno seria bom, não rolou nem a interação dos jurados. Se bem que a última eu achei bem forçada sem graça.
Só não está perdoado por esquecer de Sugar roubando a cena nas performances.
http://25.media.tumblr.com/ed223029889ec463369073346ddd093e/tumblr_mmms6u3wn91qa1bxgo2_250.gif
http://25.media.tumblr.com/10f15e580e90fff01a517479b34248b7/tumblr_mmms6u3wn91qa1bxgo7_250.gif
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Quando o episodio terminou, pensei que não tinha feito o download completo do episodio, porque aquilo não foi cliffhanger, e sim pararam o episódio no meio do nada, sem climax nenhum e disseram "a gente continua ele na próxima semana", porque foi sem emoção nenhuma esse plot de Klaine...
ResponderExcluirExplicado o motivo: Toda season finale que tem My Cup não consegue ser um bom episódio... kkkkk
ResponderExcluirEsse fim de temporada devia estar totalmente preparado antes dos 'incidentes' ocorridos com os atores de Finn e Brittany. Daí só deu tempo mesmo de dar um fim decente à última, enquanto o outro sumiu na história. Não digo que foi no nível da segunda temporada, mas com certeza concordamos que não foi do nível da primeira ou dessa quarta no começo. Devemos lembrar que Glee nunca foi exemplo de série que faz sentido com suas tramas, por isso achei bem satisfatório esse final. Com relação ao Klaine, acredito que foi um dos plots que arranjaram de última hora, além desse casamento de Will e Emma, que, na minha humilde opinião, deveria ser feito no último episódio da série, pra a gente não perder os costumes de ver tanto non-sense.
ResponderExcluirComo assim ninguém notou na "árvore beijalógica" o Broddy e as garotas com 20 dólares?
Esse fim de temporada devia estar totalmente preparado antes dos 'incidentes' ocorridos com os atores de Finn e Brittany. Daí só deu tempo mesmo de dar um fim decente à última, enquanto o outro sumiu na história. Não digo que foi no nível da segunda temporada, mas com certeza concordamos que não foi do nível da primeira ou dessa quarta no começo. Devemos lembrar que Glee nunca foi exemplo de série que faz sentido com suas tramas, por isso achei bem satisfatório esse final. Com relação ao Klaine, acredito que foi um dos plots que arranjaram de última hora, além desse casamento de Will e Emma, que, na minha humilde opinião, deveria ser feito no último episódio da série, pra a gente não perder os costumes de ver tanto non-sense.
ResponderExcluirComo assim ninguém notou na "árvore beijalógica" o Brody e as garotas com 20 dólares?
Eu sou uma das poucas que viu esse finale como uma minha taça de champanhe transbordando Alegria. Glee sempre foi essa serie meio sem noção que foi me ganhando aos pouquinhos, conquistando meu coraçãozinho peludo, então eu não estava esperando uma Super coerencia na continuação dos plots, e acho que tirando o Clone de Merdacedes eu estaria dando pulinhos como o Ryder agora pela finale . Nem sei porque eu amei tanto esse episodio, mas a Diva Britty me lembrou o quanto eu me importo com personagens.
ResponderExcluirPs: Quem foi que fez essa dlç de mashup? Quero maaaais! Onde eu compro o CD?
Sugar tava chapada gravando essas cenas!! CER TE ZA!
ResponderExcluirEra Shooting Star mesmo, valeu :D
ResponderExcluirAcho que Alex foi bem convincente em suas cenas, não é um dos melhores atores mas com certeza ela pode melhorar e tem que melhorar. Coragem de se apresentar ela tem com certeza, com mais treinamento ele pode sim se tornar um grande performer. Ja possui a incrível voz e mta confiança (quem assistiu TGP sabe do que estou falando), só falta melhroar na atuação.
ResponderExcluirkkkkkk Não deve ter sido à toa que Dianna levou como a "mais flertadora" do cast! hehehe
ResponderExcluirMIT não fica na Europa, ignorante.
ResponderExcluirEssa árvore esqueceu que Rachel pegou o Puck...
ResponderExcluirComenta, gente, é nosso sarálio!