Arrow 1x23: Sacrifice (Season Finale)

21.5.13



Uma coisa era certa: alguém iria morrer nesse episódio.

Arrow finalmente chega ao fim de sua primeira temporada. A série teve uma trajetória satisfatória, no geral, conseguindo fechar seu primeiro ano com algumas pontas soltas para serem desenvolvidas na segunda temporada, enquanto tentaram até demais em adicionar outros elementos que não deram tanto certo durante esse primeiro ano.

Verdade seja dita, o episódio final foi redondo, possuía um clima de encerramento, mas ao mesmo tempo também era avassalador, precipitado. Não foi, porém, imprevisível. Não havia dúvidas de que Malcolm não iria morrer, afinal o personagem já se provou como um ótimo antagonista na série. Da mesma forma, não foi choque nenhum assistir Tommy passar dessa para melhor.

Dramaticamente falando, a escolha foi perfeita. Isso dará insumo para que Ollie fique com medo de continuar um relacionamento com Laurel e também deixará mais difícil para o Arqueiro contar seu segredo para algum membro de sua família ou até para Laurel, pois como ele próprio viu, aqueles próximos dele não terão um futuro muito longo.

Porém, a escolha foi previsível. Poderiam muito bem terem matado outro personagem, considerando que Tommy ficou quase a temporada inteira sem plot interessante. Além disso, se ele tivesse sobrevivido e Malcolm continuasse morto, a carga dramática aumentaria bastante na próxima temporada, uma vez que ele se rebelaria contra o melhor amigo de todas as maneiras possíveis, e como sugerido no próprio episódio quando Malcolm mostra para o filho o quarto secreto do Arqueiro Negro, Tommy poderia seguir os passos de seu pai e se transformar no novo Arqueiro Negro. É claro que ela ainda precisa fazer muita musculação para conseguir algo do tipo, mas ainda assim, seria um bom plot.

A surpresa foi ver Mama Queen contando tudo o que estaria para acontecer para todo mundo que queria ouvir. Geralmente, os vilãos não avisam sobre seus planos malignos, mas Moira quis inovar. Foi uma ponta solta no final do episódio, mas talvez Moira quis ir para cadeia para não ter que lidar com Malcolm tão cedo.

Infelizmente, Malcolm está morto e isso põe fim ao que considero um dos melhores antagonistas da série. Na verdade, ele não chegou a fazer tanto estrago antes do grande plano, já que foi completamente esquecido pelos roteiristas por um tempo. Porém, ele trazia algo novo que a série precisava e traria grandes conflitos para todos. Felizmente, ele saiu em estilo, com ótimas cenas de luta, principalmente aquela travada no quarto secreto entre Diggle, Ollie e Malcolm.   

Os flashbacks da ilha de Lost também chegaram à um clímax e à uma resolução, mesmo que a última tenha sido completamente apressada. Ou seja, passamos vinte e dois episódios descobrindo várias histórias na ilha, para que tudo seja resolvido como uma explosão e mísseis que para modificar a rota era só tirar e colocar de novo um cartão de memória? Os flashbacks da ilha foram completamente insatisfatórios.

Algo importante para ser ressaltado é o tanto que esse episódio pareceu com Batman Begins. Ao longo de sua primeira temporada, a série estabeleceu-se firmemente como uma espécie de sucessor do Batman. O show pisou em terreno conhecido por vinte e três episódios e o plano de Malcolm para destruir aqueles que ele considera que não merecem redenção ecoa como Batman Begins em vários momentos. O episódio final da temporada continua com essa tendência enquanto o dispositivo é desativado, destruindo partes significativas da área mais pobre da cidade com a maioria dos nossos heróis ocupados com uma grande luta.

A única coisa que realmente não foi bem desenvolvida (e não foi só nesse episódio) se chama Roy. Aliás, é o relacionamento dele com Thea que ainda não achou um bom tom. A participação dos dois no episódio pareceu bastante descontextualizada, sem contar que não tiveram bastante tempo em tela. Além disso, não conseguiram fechar o arco dos dois, mas é claro que Thea não foi embora, deixando Roy para trás para cuidar de um acidente de ônibus.

Parecia que Detetive Lance seria o premiado da morte no episódio, mas até Laurel também tinha grandes chances para participar do acontecimento, já que decidiu trabalhar bem na hora do terremoto. Os momentos ‘finais’ de Lance foram cheio de emoções, mesmo que tenham tentado humanizar bastante o personagem depois de terem o caracterizado como um dos malvados da série, considerando que tudo que ele fez até agora não conseguiu agradar nem a própria filha.

Entretanto, a série conseguiu se despedir com alguns arcos já definidos para a segunda temporada, enquanto tenta ao máximo se consolidar como uma série dramática. Nos vemos de volta em setembro ou outubro com a segunda temporada de Arrow, sendo um dos dramas mais bem produzidos dessa última (horrorosa) temporada.

 P.S: A palavra 'sacrifício' foi usada tantas vezes no episódio que sem dúvidas perdeu o significado. 

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