Hawaii Five-0 3x20: Olelo Pa'a
21.4.13
Em plena época de discussão sobre
uma possível guerra entre as Coreias do Norte e do Sul, com EUA e o mundo todo
metendo o bedelho na tensão asiática, H50 nos trouxe um episódio que já começou
tão tenso quanto, com Steve e Catherine na fronteira da Coreia do Norte, com as
vestes militares, fazendo uma troca com o exército coreano de dois prisioneiros
por um caixão.
O pensamento inicial foi: “Wo Fat”?
O oficial coreano disse para Steve que as negociações haviam levado mais de 2
anos e lançou a pergunta: o que a pessoa no caixão significava para McGarrett.
O protagonista não respondeu, mas os flashbacks
que se seguiram explicaram bastante.
Um dos pontos altos do episódio
foi o retorno de Joe White. Para explicar o cadáver tão almejado por McGarrett,
a máquina do tempo nos levou à época em que ele estava em treinamento com os
demais soldados, sob o comando de Joe. As cenas também explicaram o jeito durão
do líder da Five-0 Task Force. Steve
seguiu o mestre, simplesmente.
A intensidade da relação de Steve
com o ex-parceiro militar, Freddie Hart (Alan Ritchson), veio com a descoberta
de que o cadáver entregue pelos norte-coreanos não era de fato do soldado. O flashback nos mostrou que Freddie quase
desistira do treinamento árduo de Joe, mas fora impedido pelo colega de abrigo
(McGarrett), que o incentivara a seguir em frente. É, e a gente pensando que
Danno era o primeiro da vida de Steve.
Aliás, falando em Danny, sua
participação no episódio foi quase nula. O mesmo vale para Kono e Chin. Mas,
apesar de terem focado mais uma vez na relação de Steve e Cath (até fez sentido
a moça estar lá, afinal, é tenente da Marinha e tem que trabalhar de vez em
quando), não deixaram faltar as mostras de preocupação da equipe Five-0 – e especialmente de Danno, que levou muitas
telespectadoras à loucura ao perguntar sobre Steve para Catherine com a frase “Como
vai meu garoto?”.
E todos ficaram muito apreensivos
com a missão inevitável de McGarrett e Rollins: a de tentar recuperar o
verdadeiro cadáver de Freddie. Isso envolveu Joe, um contato dele e Steve na
Coreia – um tio simpático que bebia um drink feito com sangue de cobra – e armamento
pesado, além da chance do casal não voltar para casa.
Houve muita ação no episódio, bang bang, cenas eletrizantes, etc. Mas,
como é típico de H50, os roteiristas forçaram bastante a amizade ao fazerem com
que Steve e Catherine sozinhos derrubassem tantos coreanos e saíssem quase
ilesos. Os asiáticos têm doutrina bem rígida, dominam técnicas de tortura e não
cedem a ameaças do tipo “abra o bico ou meto bala na sua cabeça”. No mínimo,
Steve deveria ter torturado muito o cara que o levou até a ossada de Freddie
antes que o coreba falasse qualquer coisa. As infâmias foram muitas nesse
sentido, porém, não dá para levar tudo a ferro e a fogo com a série.
E afinal, essa forçada de barra
foi muito bem compensada pela conexão sagaz de eventos que conseguiram fazer.
Nos primeiros minutos do episódio, parecia que Wo Fat voltaria a entrar em
cena. No entanto, não só Joe retornou, como os irmãos Grimm Hesse foram
lembrados. E mais explicações foram dadas com isso. Acontece que a missão de
Steve e Freddie na Coreia, para interceptar o tráfico e prender Anton Hesse foi
o que causou a morte de Freddie em campo.
Mas, não foi só isso. Quando Steve levava Anton sob custódia, ainda
abalado com a morte do colega militar, veio a cena que já conhecemos do
episódio piloto: o telefonema dos outros irmãos Hesse, que estavam com o pai de
Steve. Era a ocasião em que Jack McGarrett foi assassinado.
Somada à emoção de saber que
Steve perdera duas pessoas queridas no mesmo dia, quando até então só
conhecíamos parte da história, houve a cena do funeral de Freddie. A cerimônia
foi feita nos moldes militares, o que causou mais impacto. E foi lindo ver a
família de Freddie demonstrando gratidão à McGarrett, além de vê-lo cumprir a
promessa que fizera ao amigo, de entregar uma corrente para a filha que o
soldado Hart nunca conheceu e dar a ela o recado que o pai enviara antes de
morrer. O toque final foi o olhar de Steve para Danno, Kono e Chin.
Lembrar do início da série pode
ser o gancho perfeito para retomar a trama central, que vem cambaleando desde
então e correndo o risco de se perder. Se seguirem nesse caminho, o final da
temporada pode ser com a história nos trilhos de novo.
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