Grey’s Anatomy 9x19 / 20: Can’t Fight This Feeling / She’s Killing Me

6.4.13



Quando a morte volta a rondar Grey’s Anatomy.


9x19: Can’t Fight This Feeling

Bem focado nos casos médicos e no lado emocional dos pacientes, o décimo nono episódio desta temporada de Greys foi muito bom, justamente por mostrar alguns médicos se envolvendo com os sentimentos dos pacientes. O grande destaque ficou por conta do menino que tinha o pai nas mãos de Cristina e a memória da mãe nas mãos de Derek. É muito raro, pelo menos na minha opinião, ver Owen tão bem num episódio e toda a sua interação com o menino foi excelente. Apesar dele ter nos poupado do mimimi, acredito que, desde o começo da temporada, Shonda está preparando o terreno para que ele e Cristina resolvam ter um filho. O mais legal é perceber que este desfecho agora parece realmente coerente depois de tudo que os dois passaram na temporada. Se tem uma coisa que Shonda já provou que sabe fazer é evoluir os seus personagens de forma sólida sem descaracterizá-los.

April também esteve muito bem e todo o questionamento em relação ao destino foi muito bem abordado. Apesar de eu realmente me interessar pela relação dela com Avery e com o paramédico, o que realmente me cativa é vê-la se dedicando e crescendo como médica, visto que poucas vezes este ângulo da personagem é trabalhado.

Os instintos de Meredith a fazendo ajudar a personagem de Sarah Chalke (Scrubs e How I Met Your Mother) também renderam bons momentos. Este caso conseguiu despertar a minha curiosidade e não fiquei satisfeito até Meredith e Jo encontrarem a real doença da criança. Fico com um pouco de medo ao pensar o que Meredith pode descobrir vendo o mapeamento de seu Genoma, mas acho que a série encontrou uma maneira legal e nada forçada de finalmente descobrirmos se ela terá ou não Alzheimer’s. Outro ponto interessante foi ver a médica se aproveitando da condição de dona do hospital para exigir que suas vontades sejam feitas. Ela e Cristina sabem muito bem equilibrar o autoritarismo com uma boa dose de bom humor.

Mesmo um pouco divertidas, as outras tramas não disseram ao que vieram e estavam lá apenas para cumprir tabela e preencher os 42 minutos de episódio. Só destaco mais uma vez os novos internos, que caíram de vez nas minhas graças. A Brooks é completamente retardada e é justamente isto que me cativa na personagem.

(Escrevi a review do episódio 19 sem ter assistido ao 20)

9x20: She’s Killing Me

Diferente do episódio anterior, fiquei com a impressão de que as coisas foram meio arrastadas e que praticamente todas as tramas não me interessavam muito. Bailey ficou o episódio inteiro apontando o dedo para a cara da Leah e enchendo o saco, como de costume, e isto realmente estava me deixando entediado. Entretanto, ao final, esta trama foi salva com uma grande reviravolta. A pedante que ficou gritando e colocando a culpa toda em cima de uma interna inexperiente era na verdade a culpada pelos casos de infecção no pós operatório. Não sabemos ainda o que está acontecendo com Bailey, que tipo de doença ela tem ou se ela pode perder o seu emprego. Para ser sincero, apesar de todo o amor que já senti pela personagem no passado, tenho que confessar que se tem uma personagem que poderia morrer ou sumir do hospital ela é a Bailey. A personagem era a fodona que se envolvia e se entregava aos pacientes, mas virou uma babaca que só reclama e o buraco no qual os roteiristas a enfiaram não parece ter fim. É triste mas ao invés de eu me preocupar com o seu futuro só consegui comemorar o fato de que a dona da verdade estava errada e quem sabe ainda não tem uma doença grave de brinde. Se Shonda vendo sendo capaz de evoluir e reinventar vários de seus personagens, com Bailey ela vem sendo desastrosa e talvez a única solução seria retirá-la da série mesmo.

A neura de Meredith não foi a coisa mais legal do mundo e colocou ainda mais lenha no conflito de Cristina e Owen terem filhos. Acredito que, ao perceber que a inquietude do marido (ou seria namorado?) está ligada ao menino, Cristina irá ceder. Se no passado eu era completamente contra a maternidade para a personagem, agora entendo que este seria o caminho natural em sua evolução. Só vou torcer o nariz se os pais do menino morrerem e eles o adotarem, o que me parecerá muito forçado e inadequado, porém o fato do menino escaldo para o papel ser ruivo assim como Owen dá força a esta possibilidade.

A virgindade de April voltando a pauta me irritou muito, afinal faz quantas temporadas que este assunto é o tema da personagem? A narração de Meredith sobre a honestidade até conseguiu fazer a trama fazer sentido dentro dó contexto do episódio, mas já deu (literalmente no caso de April). Outra coisa que eu não entendi muito bem foi vê-la roubando um monte de equipamentos do hospital e dando para os sírios, será que ela quer ser demitida pela vigésima vez na série? Não fez o menor sentido, mesmo porque já havia sido explicado que dar suplementos para eles só resolveria o problema num prazo muito curto.

O interessante deste dois últimos episódios é ver que Shonda não está com preguiça e resolveu chacoalhar as coisas antes mesmo da season finale. Se pensarmos existem muitas tramas em aberto e só posso esperar um bom desfecho para todas elas. Depois dos erros cometidos na temporada passada, acredito que teremos dramas e desastres na medida certa desta vez.  Entretanto continuarei com a campanha: #MorraBailey.

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1 comentários

  1. "A Brooks é completamente retardada e é justamente isto que me cativa na personagem."

    As únicas internas que me agradam, Brooks e Jo.

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