Glee 4x19: Sweet Dreams

20.4.13


I still believe.

Fim de temporada é aquele tempo de nostalgia extrema, e nada inspira mais sentimento de volta às origens em Glee do que Don't Stop Believin', especialmente nesse contexto de realizar o velho sonho de Rachel em se consagrar como Fanny Brice em Funny Girl. Curiosamente, o número foi exibido um dia antes da renovação de Glee para mais duas temporadas, o que reforça a mensagem de não deixar de acreditar de uma maneira que só pode ter sido tudo planejado por tia Ryan Murphy e sua mente maligna.

E claro, não dá pra não se emocionar com o retorno do hino do New Directions à série, por mais enjoado que se esteja da música. Ver Rachel "acompanhada" de Finn, Kurt, Mercedes (sem falas no episódio, só no backing vocal), Artie e Tina com as blusas vermelhas do piloto dá um enorme nó na garganta. A atuação de Lea Michele estava surpreendentemente equilibrada, sem crysinging demais e o discurso de Rachel sobre a importância dos amigos para que ela estivesse ali foi bem coerente. Finn e Kurt sempre a apoiaram, Tina incentivou a viagem para convencer Carmen Tibideaux a considerá-la novamente para NYADA, Artie é a cola do Glee e só Mercedes não cabia nesse momento, mas até a falta de utilidade da personagem já é coerente na série.


O que deve ter agradado muita gente, mas que definitivamente faz pouca diferença pra mim, é o retorno de Shelby para falar, pela enésima vez, o quanto sua vida é maravilhosa por ter Beth, anunciar sua revolucionária creche para crianças da Broadway e mostrar seu amor eterno pela filha que deu para adoção com um dueto. Não compro que Shelby realmente se importe com Rachel como diz e não me convence o papinho de se realizar vendo-a agarrar as oportunidades que não teve, mas entendo quem se empolgue e se iluda com a promessa de que ela será presença constante daqui pra frente, o que já adianto que não vai acontecer.

    

Falando em emocionantes reuniões familiares, preciso destacar Evan Evans, gêmeo australiano de Sam introduzido nesse episódio e que já é o grande trunfo do New Directions. Com seu sotaque, casaquinho amarrado nos ombros e expressões que integram os mates, Evan foi uma ótima representação da insanidade que atingiu o grupo depois do trauma dos tiros, com direito também a Unique tomando anticoncepcionais para desenvolver as mamonas e Tina instituindo o visual steampunk.

   

Entre tantos bons alívios cômicos, quem carregou a parte dramática de Ohio foi Marley, que se beneficiou muito desse lado compositora, articulando um golpe político contra profª Schue (mais pitizento do que nunca) para colocar suas canções na competição. Não sou muito fã das músicas originais "sérias" de Glee, mas associá-las a uma personagem que realmente quer se firmar como compositora dá um sentido maior a elas, até porque Marley é do tipo que leva todo mundo no papo com aquele jeitinho sonso e inocente, sejam os colegas, seja o público. A única imune à manipulação de Marley é Véia, que já avisa de antemão não querer ouvir músicas sobre uma mãe gorda, vômito e a paixão doentia por Jake.


Ainda em Lima, mas com um plot que não é trágico e nem cômico, Finn nos leva a uma experiência universitária baseada em frequentes harlem shakes, Puck de cuecão do vovô, escorregões no sabão do corredor e outros esquemas que deveriam parecer divertidos, mas que nesse contexto depressivo, definitivamente não cumpriram o objetivo. O cabelinho de Puck foi uma distração à parte e, mesmo que a iniciativa dele em pressionar Finn para se dedicar mais e se tornar um professor decente, eu não vejo muito futuro nos plots da dupla Fuck na faculdade. É até maldade, mas a ida de Cory Monteith para a reabilitação veio em boa hora, se significa não perder tempo precioso da reta final da temporada com esse núcleo novo, e isso vindo de alguém que quase sempre se divertiu com as histórias de Finn.

O que também não veremos no fim da temporada é a parceria vitoriosa de Finn e profª Schue, juntos novamente (#reunited and it feels so good#) e decididos a levar seus filhos para as Nacionais. Acho que a essa altura já não é novidade pra ninguém que a temporada deve acabar antes do fim do ano letivo e que a próxima dedicará um pedaço ao encerramento desse ciclo, com Artie, Sam, Tina, Evan, Blaine e Brittany ainda na escola, o que nem de longe vejo como defeito. São mais alguns episódios de Blaine detetivão, investigando o que realmente aconteceu com Sue quando seu plano inicial era destruí-la ao se infiltrar nas cheerios, Tina desfilando os looks que bombarão muito em breve e os gêmeos Evans aprontando as maiores confusões. Se a qualidade continuar assim, que venham mais 2, 5, 10 anos de Glee.

 

PS: Coach Roz passou tão batida no episódio que só vale a menção por obrigar Fruit Fonzy e a bebê Robin adulta a fazerem um juramento.

PS2: Cuidado com Lord Tubbington!

  
  
  

Músicas do episódio:

Next To Me - Emeli Sandé: Rachel (Lea Michele) e Shelby (Idina Menzel)
Não quero apanhar dos milhares de fãs de Emília Sandero e muito menos os de Lea Michele, então direi apenas que não fez o meu estilo.

Fight for Your Right (To Party) - The Beastie Boys: Finn (Cory Monteith) e Puck (Mark Salling)
Costumava gostar de todas as incursões de Finn e Puck pelo rock em Glee, mas essa foi tão vergonhosa que quase anulou todas as outras.

You Have More Friends Than You Know - Mervyn Warren and Jeff Marx: Marley (Melissa Benoist), Unique (Alex Newell), Blaine (Darren Criss) e Sam (Chord Overstreet)
Admiro a cara de pau de dona Marlene em assumir a autoria de uma música que claramente não é dela, mas digo desde já que foi a minha favorita do episódio. Todas as vozes casaram muito bem e, embora a justificativa para que os envolvidos tenha se baseado nos esculachos de profª Schue, vale notar que escolheram justamente as duplas de amigos que mais se destacaram na temporada, Blam e Marlique.


Don't Stop Believin' - Journey: Rachel (Lea Michele) e seus Blue Caps
Já disse que o apelo da performance é inegável, então fica a minha observação sobre o que distraiu na cena: a peruca maravilhosa de Amber Riley.

Outcast - Glee: New Directions
Praticamente uma versão de "Loser Like Me" aplicada no dicionário de sinônimos, é aquela música chicletinha que vai ficar na cabeça por um tempinho e dar uma animada no astral sempre que for ouvida. Achei particularmente interessante a parte em que "os underdogs mordem de volta". Só senti falta de um trecho exclusivo para Véia!

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8 comentários

  1. O episódio foi bom, mas está longe de ser o meu favorito da temporada. Não consegui gostar do plot de Finnado (que está regredindo como personagem de novo), e o McKinley ficou esquisito, como se faltasse alguma coisa. Gostei um pouco mais da audição de Rachel, ainda que concorde sobre a relação esquisita com Shelby (que tem extrema relevância mas aparece de 6 em 6 meses).


    PS.: A participação de Roz só valeu por "Sou uma criança do gueto, só consigo dormir bem depois de ouvir dois tiros no meio da noite".

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  2. Essa frase de Roz foi tão pouco que até esqueci de comentá-la. De boa, achei o eps bem meia boca, mas Glee nos acostumou mal #FATO

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  3. eu gostei desse episódio, achei bem divertido e gostei também da última música outcast. só eu acho os novos ND melhores nas performances em grupo do que o antigo grupo? Não q faça alguma diferença mas cadê Joe e Sugar?

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  4. Joe estava no último eps. apesar de ninguem ter notado #BOOOOOOOOM
    Para provar isso veja o primeiro Gif contendo um dos ataque de Ryder. Vc verá ele no canto da cena olhando o rapaz #AcrediteSeQuiser

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  5. Adorei o jeito Glee de Titia abordar os traumas do tiros kkkkk Psicopatia pura! Sugar pode ter sumido ( ou saído...who knows?) mas ND ganhou um novo integrante: Evan Evans!

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  6. eu nem lembro qual é esse episódio? acho q é naked. eu tinha visto ele sim ali no Gif. ele e a Sugar aparecerem até o girl and boys on film, depois sumiram hahahahahaha

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  7. Como não amar esse gif's de Lord Tubbington?
    Assim como essa quarta temporada inteira, não foi meu episodio favorito de Glee mas adorei Sam e Evan Evans mostrando a bipolaridade loca que é o processo criativo de titia - snq asdfgfgh
    Amei finnado pegando todas na balada, mas gostei mesmo foi de Puck mostrando ser amigo do cara, E falando no cretino. Esse safado deu um xegapralá em Veia? Como assim produção?
    Gostei muito da cara sem aquiagem da Lea Michele quando vai pedir uns conselhos pra Finn, mostrando as inseguranças dela.
    Como ser Gleek e não se emocionar com Don't stop Believen?

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  8. Gente, mas e o plot da namoradinha virtual do Ryder ?!! Vai ficar por isso mesmo ?? Cadê a Sugar ?!!

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