Doctor Who 7x08: The Rings of Akhaten

10.4.13



"Oh, god of Akhaaaten..."



O que dizer da estréia de Neil Cross (criador de Luther e escritor da vindoura Crossbones) como roteirista de Doctor Who? Nada menos que excepcional, um episódio cheio de mitologia, de emoção e com uma trilha sonora magnífica para nos aprofundar ainda mais na história de The Woman Twice Dead.

Tendo como ponto de partida o final de "The Bells of Saint John" o episódio nos mostra o Doutor voltando ao passado para saber mais sobre sua nova companion Clara, e a importância que história da garota tem. A história de amor que cerca o nascimento de Clara é realmente linda e tocante, o que me deixou ainda mais com um nó na garganta com o sacrifício feito pela garota mais adiante.

No intuito de mostrar a nova companheira algo espetacular, como ela mesmo pediu, o Doctor a leva para as pirâmides nos anéis de Akhaten, onde Oswald, como toda companion que se preze mostra toda sua veia exploradora e acaba esbarrando em Merry Gejehl, interpretada por Emilia Jones (recentemente vista em Utopia do Channel 4). The Queen Of Years, como é conhecida pelo seu povo, e a ajuda a cumprir sua obrigação, a garota tem que cantar uma canção ao Old God para mantê-lo dormindo e com isso a paz em seu mundo. Mal sabia a garotinha que estava se preparando para o sacrifício, seu Deus se alimenta de histórias e como conhecedora de todas as do seu povo. a Rainha dos Anos se torna a refeição perfeita.

Clara fica conhecendo ainda mais sobre o Doutor, um dos principais lemas do Time Lord "We Don't Walk Away", e mostra que assim como ele não consegue deixar as coisas acontecerem sem interferir ao benefício dos necessitados. O salvamento de Merry Gejehl foi de uma beleza poética incomparável, assim como vários diálogos que enriqueceram esse episódio.

Tinha tempo que eu não chorava tanto assistindo alguma série, mas não consegui me conter de maneira nenhuma com a forma que Clara resolveu a situação. A cena que já vinha toda carregada de emoção e nostalgia, tocada com o primoroso monólogo do Doctor, que nos remete a vários acontecimentos que nos foram mostrados nas temporadas anteriores, ainda consegue ser elevada à um novo nível com o sacrifício realizado por Clara. A analogia do roteiro entre a folha e as infinitas possibilidades de um futuro foi de uma inteligência sem igual.

The Rings of Akhaten foi um episódio que conseguiu fazer com maestria tudo o que Doctor Who se propõe, e de maneira excepcional, nos emocionou, intrigou, fez rir e nos coloca perfeitamente no novo ciclo que a série começa.

P.s. 1:
o diálogo entre Clara e Doctor sobre o local é um dos mais inteligentes que já vi.
P.s. 2:
Em seu monólogo Doctor faz várias menções à acontecimentos de episódios passados.
- A destruição dos Time Lords (Last Great Time War)
- O começo do universo (Castrovalva)
- De ver o tempo do universo acabar (The Big Bang)
- Dimensões onde as leis da física não se aplicam ( The Mind Robber, The Three Doctors)
- O conhecimento que nunca deve ser dito (The Wedding of River Song
P.s. 3:
Sua neta, com quem já havia visitado Akhaten, Susan Foreman, foi a companion do Doctor em sua primeira encarnação.
P.s  4:
Clara é a terceira pessoa que a T.A.R.D.I.S. tem birra, outros que passaram por isso foram o Capitão Jack e a companion do oitavo doctor, Charlotte Pollard.
P.s. 5:
Ainda tivemos referências a Indiana Jones (quando o Doctor quase perde sua Chave Supersônica) e ao O Guia do Mochileiro das Galáxias (a raça de alienígenas Hooloovoo está presente na criação de Adam Douglas)
P.s. 6:
A mãe de Clara faleceu no mesmo mês e ano do incício do reboot do seriado, março de 2005.
P.s 7:
Claro que não poderíamos passar o episódio sem nenhuma referência aos Pond, novamente o Doctor utiliza os óculos de leitura de Amy.

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2 comentários

  1. Thais Ximenes Marquesquarta-feira, 10 abril, 2013

    Muito obrigado por ter respondido quem era a neta do Doctor. Fiquei com cara de interrogação na hora, me perguntando onde tinha me perdido na história. No final, eu não sabia mesmo desse detalhe.

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  2. De nada. Obrigado você por comentar
    A Susan é uma das companions que eu mais gosto, depois de ver esse episódio me deu até vontade de rever os episódios clássicos com o primeiro Doutor (só falta agora é arrumar tempo para isso)

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