Bates Motel 1x03: What’s Wrong With Norman?
7.4.13
As nuances de Norman Bates.
A cada semana que se passa, Bates Motel destrói as barreiras
que eu comecei a construir contra a série, e, o terceiro episódio, deixou claro
que quer nos mostrar uma história com um fundamento, que nos deixa uma época Pós-Bates,
mas num entendimento sobre Norman, levando em consideração toda a mitologia
levada em Psicose. Pela primeira vez desde o seu Piloto, saí de um episódio
plenamente contente com a aposta do A&E.
Se for pra começar a falar de um personagem, começamos pelo
plot avulso de Dylan, que agora tem que cuidar de um campo de maconha (e
lamenta não poder fumá-las). O mais interessante de vê-lo em cena, se tornou,
com absoluta certeza, o modo que ele começou a tratar do irmão, e sua conversa
com Norman foi maravilhosa, levando em consideração o fato que havia acontecido
na cozinha.
Freddie Highmore está me levando ao delírio, com sua atuação
mais que impecável na série, e nos entrega em tela um papel maravilhoso, e
conturbado, de assistir. O seu colapso durante a prova, levando em condição os
pensamentos que ele estava tendo no momento, ou até mesmo a sua discussão febril
com Emma, nos leva a crer que, em suas multi-facetas, Norman Bates está chegando
a um padrão de um Norman Bates de Hitchcock.
Devo assumir, que vê-lo em cena com Vera Farmiga, causam-me
arrepios, cujo não consigo por em palavras para descrever todo o suspense e o
clima de tensão gerado entre ele e a mãe. Deixo aqui declarado, que uma das
melhores cenas do episódio, foi poder ver Norma fugindo com seu filho do
hospital, enquanto o levava numa cadeira de rodas pelo corredor. São em
momentos conjuntos desse casal, que
eu me impressiono com a profundidade das cenas.
Profundidade também encontrada enquanto Norma tem sua
explosão, ao descobrir que seu filho havia guardado o cinto de Keith Summers,
embaixo da cama, e só contar isso após a policia ter revistado a casa, levando
a mãe aos extremos. O plot de dar para o delegado para salvar família já é um
tanto quanto batido, mas poder vê-lo com a atuação intensa de Vera Farmiga, faz
tudo parecer simples e novo.
Quem também esta muito estranha, além do normal, é Emma.
Obcecada, digamos assim, pela história das garotas traficadas da Turquia, digo,
da Coréia, e usando isso como argumento para se aproximar de Norman. E além de
tudo, a garota se tornou a empaca foda da série, logo quando Norman queria
partir para a segunda base com Bradley. Não sei se o que mais o irritou foi
isso, ou foi Emma insistindo com a história.
Agora, o momento mais Psicose, e que mais me deixou
fascinado, foi de Norman e sua alucinação com a mãe no seu quarto, onde ela
joga em sua face que tudo aquilo ali era culpa dele, elevando o grau de culpa do
garoto. Deixo aqui a exclamação: se você viu essa cena e, em sã consciência, a
achou fantástica sem assistir Psicose, vá para a Locadora mais próxima e
assista ao filme antes de qualquer coisa, que, talvez, tudo faça mais sentido
para você.
Não se trata apenas de cenas bonitas, ou profundidade
absurda, se trata de um prequel introduzido nos dias atuais, que no começo
parecia não descer, mas quando a história começa a fazer sentido e você vê que
não haverá uma perca muito grande no material original, você abstrai o
necessário, e acaba se sentindo tão envolvido pela trama quanto qualquer outra.
Se Bates Motel é, por uma maioria absurda, uma das melhores estréias de 2013,
não há como dizer o contrário.
O final realmente me surpreendeu, e eu me vi sem piscar nos
3 minutos finais, querendo o mais breve possível, que aquele cliffhanger
acabasse logo. Quando tudo se trata de uma alucinação de Norman ou não, só
ficaremos sabendo no próximo episódio, todavia, creio que talvez, o que tivemos
ali, poderá se tornar uma base para mais uma, bem sucedida, estória que a série
nos mostrará.
Se todo o meu desgosto por Bates Motel se esvaiu, disso, eu
ainda não tenho certeza, mas a base que a série criou até agora se tornou uma
das mais sólidas vistas no ano, e conseguiu, em três episódios, conquistar um
espaço na watchlist de muita gente. Superestimada ou não, hoje, a série
encabeça como uma das melhores no seu gênero sendo exibida atualmente.
1 comentários
De acordo com o teaser do próximo episódio, que passa no fim dos episódios, aquilo tudo foi uma alucinação de Norman, ou pode ser só a A&E querendo dizer isso. Mas eu achei que esses três primeiros episódios foram uma introdução para a história, e agora sim as coisas estão em seus devidos lugares. Valeu pela Review, muito boa. Até o próximo episódio
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