The Mentalist 5x14: Red in Tooth and Claw
20.2.13
O que acontece depois da
revelação de Patrick no final do 5x13? A gente espera e curte o filler.
Lembram quando Teresa foi
apresentada ao “clube da jogatina” pelo agente Mancini? (saudades desse povo do
FBI, a propósito). Pois bem, depois do hiatus, a série voltou retomando esse
lance do começo da temporada e mostrando que Lisbon continua arriscando a sorte
no poker. A jogada, com intenção do
trocadilho, foi boa e já deixou evidente que o capítulo teria momentos
divertidos.
E como Teresa é uma personagem
injustiçada que sempre sofre – seja na mão do Patrick, seja pelos Tommy Volkers
da vida, seja pelos chefes – o enredo ficou ainda melhor com a chegada à cena
do crime. Dessa vez, a vítima era uma jovem universitária, que fazia pesquisas
a respeito de insetos raros. Sua morte não poderia ter sido menos grotesca:
Linda Parfrey (Jennifer Kuhn) foi encontrada numa espécie de baú, dentro de seu
laboratório, coberta de larvas. Nojento? Bem, ninguém expressou isso de maneira
melhor que Lisbon. Depois de fazer uma careta épica, a morena desmaiou – dando tempo
apenas de Patrick olhar para baixo e soltar um “ops!”.
A investigação teve início e os
suspeitos da vez logo foram identificados. Entre eles, a Dra. Sonia Kidd
(Zuleikha Robinson), que o tempo todo pareceu MUITO suspeita, o prof. Paul
Friedman (Robert Benedict), que parecia o típico professor fanfarrão e querido
pelos alunos e a colega de quarto de Linda, Megan Parker (Samantha Quan), uma
tagarela prepotente. Logo descobriram um namorado na história, que passou a ser
suspeito também. Pra não falar em Jeanette, a loirinha que entregou o ouro
sobre o ex-namorado de Linda.
No escritório, as problemáticas
dos protagonistas e coadjuvantes. Finalmente precisaram tirar Amanda Righetti
de cena, para a licença maternidade, e a desculpa no roteiro foi que Van Pelt
havia sido aprovada para um treinamento fora da cidade. Teresa dizendo que
todos sentiriam falta da ruiva durante aquele período pareceu um recado do cast à atriz. Para fechar o assunto,
Bertram precisava aprovar a ida de Grace para o treinamento. Acontece que o
chefão estava mais preocupado com suas derrotas no poker. É, o “clube da
jogatina” se mostrou um problemão.
Patrick, como sempre, cumpriu o
papel de salvador da pátria ao longo do episódio. Primeiramente, resolveu o
casos de família que estava rolando na mercearia em que o ex-namorado de Linda,
o policial Ray Moran (Drew Rausch), atendia a uma ocorrência policial – um suposto
assalto, que Jane esclareceu rapidinho mostrando pro dono da venda que o
funcionário que alegava ter sido assaltado era quem tinha passado a mão no
dinheiro. Moran acabou tendo de ser interrogado no CBI, e outra peça do
quebra-cabeça surgiu: ele e Linda haviam terminado, pois ela supostamente o
havia traído. Van Pelt conseguiu acessar o site de relacionamentos que tinha
causado o rompimento entre Linda e Ray e descobriu que a conta no site era fake. Assim, parecia que o motivo do
crime era recalque (e de certa forma, era mesmo). Para encontrar a
pessoa por trás do fake, Patrick
apelou para a jogatina também. Usando palavras-chave do perfil criado no site
(como “gostoso” e “partidão”), ele criou uma espécie cartela de bingo para ele,
Rigsby e Cho. Os três tinham que interrogar os alunos suspeitos no campus e
fazer perguntas que os levassem a usar uma (ou mais) daquelas palavras. Quem o
fizesse, era o culpado. E foi a oriental Megan quem se revelou, fazendo a linha
“I’m sexy and I know it” e demonstrando todo seu recalque por Linda. Mas, o
caso estava longe de resolvido.
Enquanto isso, Patrick solucionava
outro problema: o de Bertram, que consequentemente liberaria Van Pelt para a
viagem. Hilário ver o mentalista ensinando o chefe a blefar (pois convenhamos,
blefe não era o forte de Michael).
E para fechar a investigação
causando, Patrick conseguiu usar uma aula da Dra. Sonia para revelar o
assassino, em uma “inocente” palestra sobre memorização. Claro que isso só
depois de fazer Cho e Rigsby aprontarem no museu e o ajudarem a roubar o motivo
do crime (uma mariposa raríssima). Destaque para a arte de Wayne disfarçando
com a aranha para que ninguém visse o delito de Jane.
Diferentemente do que eu
esperava, o assassino era o prof. Friedman. E o motivo era recalque mesmo: com
a carreira ameaçada, ele queria o prestígio da descoberta de Parfrey para ele,
queria poder nomear a mariposa e ganhar reconhecimento, o que conseguiu, até
ser desmascarado pelas táticas troll de Jane.
E a Dra. Kidd, que me pareceu tão
suspeita, só era culpada de uma coisa. Bem, ela queria o corpo de Patrick. Mas,
quem pode tirar a razão da mulher? O legal foi o detalhe da aliança. Apesar da
torcida dos fãs de Jisbon, é válido lembrar que Patrick mantém certa fidelidade
à esposa morta.
Com o caso resolvido, o foco
voltou para os personagens principais. Apesar de ter sido mais um episódio
típico de procedurais (caso da semana, a trama central em stand by até a próxima bomba), em Red in tooth and claw houve bastante espaço para historinhas
paralelas sobre os protagonistas. Do lance de Bertram ao recesso de Van Pelt e
as rusgas entre Cho e Rigsby, tudo se encaixou muito bem no capítulo e o deixou
engraçado.
Aliás, vale falar sobre as “tretas”
de Cho e Rigsby, que estavam fazendo falta. Desde que ganharam as miniaturas de
dinossauro de Jane, souvenirs do museu vinculado à universidade, Wayne estava
se gabando por ter um T-Rex. Claro que Kimball não deixou por menos e Rigsby
teve que pesquisar argumentos para defender a supremacia do seu bichinho. Bem,
ele poderia ter ido dormir sem a acidez de Cho, que disse: “você foi pra casa e
googlou dinossauros, né? Bem, você não tem vida, eu ganhei”. 10 a 0 pro meio
coreano, com vigor! E não parou por aí: com o caso Bertram resolvido e Grace
liberada para o Programa White Hat, a questão Rigspelt voltou a ser levantada.
Uma graça Wayne levando café para a ruiva, sem saber que ela já havia partido.
Claro que ele tinha que se queixar para Kimball sobre não ter se despedido. De
novo, Cho não ia deixar barato. Chamou o colega de covarde e verbalizou o
óbvio: que Wayne ainda é apaixonado por Grace. Rigsby negou e foi chamado de
mentiroso, e só lhe restou apelar para a ofensa de garoto do prézinho: “você
namorava prostitutas e seu dinossauro come grama!”. Parabéns, Wayne! Que ataque
verbal bem elaborado e maduro! Foi uma das melhores cenas do episódio.
Para não deixar Patrick e Teresa
de escanteio, Red in tooth and claw
fechou muito bem, com o poker de gelatinas – e a derrota certa de Lisbon.
Foi um episódio filler, o que faz parte em séries policiais.
Mas foi um filler bom, que reacendeu
o gosto por cada personagem.
PS: QWERTY é a quinta senha mais
comum nos EUA. É, The Mentalist também é cultura.
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