Spartacus 3x02: Wolves at the Gates
9.2.13
Toda batalha tem um custo.
Antes de mais nada, vamos dar as mãos e agradecer aos roteiristas de Spartacus por terem tornado uma das peças centrais do exército de Crassus a pessoa mais sexy do mundo. Nem Gannicus tem tanto poder sensual igual esse novo camarada, que é ninguém menos que Júlio César. Esperava que ele fosse apresentado a partir do terceiro episódio, mas como a temporada foi totalmente reduzida, não havia outro motivo para deixar para depois.
Todo mundo estava esperando por um César diferente, eu pelo menos estava. O César que nos foi apresentado é um homem selvagem, petulante, com algumas perversões sexuais estranhas e com uma quantidade bem alta de perigo, mesmo que ainda não tenhamos visto tudo isso. O drama entre ele e Tiberius - uma batalha de vontades para respeito mútuo e a honra de Crasso com uma leve tensão sexual – deverá ser divertido em acompanhar. Gosto de ver como a série está juntando a questão do aumento de fama de César com a riqueza de Crasso, já que é óbvio que em algum momento um vai trair o outro.
Por outro lado, o episódio também foi palco para a apresentação de novos personagens, ou melhor, de uma cidade inteira. Logo de cara, achei bastante estranho Spartacus confiar tanto no que o homem das tripas do cavalo tinha para falar sobre a cidade na costa da Itália, sendo que ele não é uma pessoa que Spartacus conhece bem. Ou melhor, ele nem conhece o cara. Só estava levando em consideração tudo o que ele falou porque claramente o comandante estava desesperado.
Felizmente, nada aconteceu, além do inevitável: banho de sangue. Porém, alguns personagens se destacaram antes disso tudo acontecer. O primeiro foi Laurus, o dominus que decidiu apedrejar um escravo no começo do episódio. Depois de um tempo, ele agradece Spartacus por ter terminado logo o sofrimento do cara, mas convenhamos que ele não deveria ter amarrado ele para começo de conversa.
Laeta é a esposa do dominus e convenhamos que ela é bastante sem sal. Ela tem toda a ideologia de que não há necessidade de matar os escravos e tratá-los eles mal, mas mesmo assim, continua com seu marido. Ela é a primeira a fazer amizade com Spartacus e depois usada pelo menos quando o caos aparece na cidade. A partir do momento em que o ataque começa que esse ataque não acabaria em banho de sangue, uma vez que remete ao final da primeira temporada, em que toda a casa de Batiatus é barbaramente assassinada. Tirando a Xena, é claro.
A violência exibida nesse momento é muito gráfica, mesmo que seja excessivamente dramatizada. O mais irritante foi mostrando a mãe a filha que Spartacus estava interagindo no começo do episódio, que é basicamente uma tentativa desesperada dos roteiristas em mostrar que não tolera a violência, mesmo mostrando isso em uma base diária.
O simples fato é que o que está acontecendo é uma guerra, e, obviamente, haverá baixas e nem todos serão opressores. Seria fácil se todos os mortos fossem iguais a Laurus, o dominus da pedra, do que um escravo rebelde ou uma mãe e uma filha, mas isso é uma mera consequência do que já havia sido proposto.
2 comentários
Mas o que não deve saber é que, Caio Julio César, muito pouco provável participou da guerra civil contra Spartacus.
ResponderExcluirA série apela para esse argumento. Marcus Crassus foi quem, na verdade, derrotou Spartacus que ficou acuado ao sul da Itália entre as tropas Romanas e o Mar. Júlio César era um jovem tribuno na época.
ResponderExcluirComenta, gente, é nosso sarálio!