Cougar Town 4x05/06: Runnin' Down a Dream/Restless
14.2.13
Não tá fácil pra ninguém, muito
menos pra Grayson Ellis.
Depois que Tom foi promovido a
membro oficial da panela Cul de Sac, todo o sofrimento até então vivido pelo
careca se derramou sobre o G-man. Em Runnin’
Down a Dream, a crise existencial de Jules pela infelicidade na
profissão de corretora sobrou pro marido. Primeiro, nada de sexo matinal. E
bem, isso já deveria significar muito sofrimento para o coitado.
Enquanto as coisas não pioravam
para o lado de Grayson, todo mundo começava a se envolver na crise. Ellie
estava enfrentando o drama de ser dona de casa e babá do próprio monstrinho
(aka Stan) enquanto a verdadeira babá
aproveitava as férias no velório da mãe. Andy também não estava muito
contente com seu trabalho chato e ficou cheio de recalque pela alegria de
Laurie e Travis, os únicos realmente realizados com seus trabalhos artísticos.
Como é típico de Cougar Town,
palavras novas foram criadas. Guarde no vocabulário:
Furk: s.m. Ato de se
divertir no trabalho; um trabalho divertido. Do inglês fun (diversão) e work
(trabalho).
Surk: s.m. Um trabalho
chato. Do inglês suck (ruim, não
prazeroso) e work (trabalho).
Além disso, tivemos uma frase de
efeito de Laurie para refletir: “Trabalho é como sexo, você não deve fazer a
menos que queira”. Pois é, o episódio foi de cunho filosófico e sociológico (e
eis que a autora dessa resenha recebe uma chuva de processos de filósofos e
sociólogos por tal afirmação) e levantou questões sérias para fazer a audiência
pensar. Seu trabalho é furk ou surk?
Entre as melhores cenas, estão as
que envolviam os esforços de Andy em provar que Laurie e Travis não eram tão
poderosos assim em seus respectivos trabalhos. No fim, o careca deu uma boa
lição de moral na dupla e ganhou um presente “premiado” de Laurie e um quadro
com um retrato dele e Bobby – uma das poucas doses de bromance desse quinto
episódio.
Como Andy estava ocupado com a
dupla de babacas da arte, Ellie e Bobby acabaram se aliando no novo
empreendimento do loiro. O clima do episódio anterior permaneceu entre os dois
e reforçou meu gosto por esse triângulo amoroso. O legal do Bobby’s Burger, pra
não mencionar a menção subliminar ao concorrente do McDonald’s, foi o
absurdo: Bobby roubava os hambúrgueres de um restaurante próximo e vendia em
seu trailer de condições péssimas. (A cena dele aquecendo os sanduíches embaixo
do braço foi de chorar). Poderia ser um negócio malsucedido, mas Ellie mostrou
seus talentos como Burger’s Bitch, maltratou E
fidelizou a clientela. Até Tom estava lá – o que não quer dizer muita coisa.
Nesse meio tempo, Jules se
afogava mais na depressão de não estar feliz com seu emprego. E de novo, sobrou
pra Grayson, que se viu obrigado a dar uma vaga para a esposa em seu bar. Claro
que o lance não deu certo, mas foi só um passo para que G-man soltasse os
cachorros e no fim tudo se ajeitasse.
No fim das contas, Bobby e Ellie
ficaram sem o trampo ilegal, mas conseguiram salvar Jules com bons conselhos. A
Sra. Cobb (Ellis na carteira de motorista) acabou vendendo uma casa para um
casal bem pé no saco e o capítulo terminou em comemoração regada a champanhe (!?!?!?)
As lições de vida transmitidas em
tom de comédia foram a graça do episódio. No mais, dois pontos a destacar: o
jogo (sucessor de Penny Can?) Stranger’s Touch, que quase resultou na morte de
Grayson, e a afirmação marcante de Travis sobre Jules: “Eu acho que você seria
uma prostituta maravilhosa. Ai meu Deus, não acredito que disse isso!”. Ops, um
terceiro ponto: o stand-up comedy fail de Andy. É, nem todo mundo nasceu pras
artes.
E como já disse, não está fácil
para Grayson. Depois de sofrer com a crise de Jules (com mais uma, a
propósito), o barman começou o sexto episódio dessa temporada arrasando (só que
não) em um jogo de hóquei com patins (algo assim) quando levou uma bolada na
cara. Tudo estava bem, porque Jules havia prometido amá-lo não importava o que
acontecesse com o rosto dele até que... bem, ela viu o estrago.
Mas, como foi difícil fazer esses
dois ficarem juntos e a produção provavelmente não vai se dar ao trabalho de
separá-los tão cedo, o máximo que aconteceu depois que a boca de Grayson ficou
destruída foi: a) ele e Jules trocaram beijos na boca por high-five b) Jules
ficou com insônia c) a crise de insônia virou um problema para todos.
Restless foi um episódio de Valentine’s Day
e, mesmo com todos os problemas, o amor estava no ar. Ou o sexo, de qualquer
maneira. Ellie teve o pesadelo de descobrir que os cupons de sexo que havia
dado para Andy nos Valentine’s Day anteriores não tinham sido perdidos, o que
significava vários favores sexuais durante a comemoração. Depois de Andy usar 4
cupons, Ellie já estava adotando medidas desesperadas como se esconder na casa
de Laurie. (as duas estavam praticamente bffs nesse episódio)
Bobby era o São Valentim
encarnado e estava cheio de amor pra dar pros homens da turma. Por isso, Andy
ganhou um suéter cor de rosa bastante másculo (cof cof) e Grayson, o livro de
dicas sobre como lidar com Jules. O mais lindo: Grayson surtando do nada com o
uso do livro e devolvendo-o para Bobby dizendo que não precisava de conselhos
do ex-marido de Jules sobre como lidar com o relacionamento com ela, já que
Bobby nem mesmo tinha conseguido fazer dar certo, e Travis defendendo o pai e
explicando pra Grayson que o livro tinha sido escrito depois da separação, para
o caso de Bobby ter uma segunda chance. Tem que ser muito homem e muito nobre
para dar um presente desses pro amigo que roubou essa chance, não?
Laurie ajudou na reconciliação de
Ellie e Andy – e com o jogo “coisas que a Ellie jamais diria”, a malvada mais
boazinha do mundo soltou várias declarações lindas de Valentine’s Day! Jules e
Grayson ficaram bem (e Jules voltou a dormir) graças às dicas de Bobby, Tom passou
todo o episódio aparecendo só na janela de Jules e Travis poderia ter pego a
gatinha pra quem preparou um cenário galáctico com chroma key, mas Jules
atrapalhou tudo.
Foi um episódio temático pra
fazer o telespectador soltar vários “own”. Dos momentos engraçados, vale
destacar o sonambulismo de Jules depois de tomar a pílula pra dormir. A
dancinha da “gaiola do tomate” (eu entendi certo!?) foi clássica.
Pra fechar bem, a curiosa
animação em bloco de papel da posição sexual favorita de Jules. Esperavam algo
a la Kama Sutra, né? Bem, gosto não se discute.
E dá-lhe vinho pra comemorar o Valentine’s
Day, pois como já afirmei, não está fácil pra ninguém.
PS: Semana passada o título ficou
com Donny, que pagou com a vida, parece. Nessa semana, a as roteiristas aproveitaram para deixar um recado:
rapazes, nós mulheres queremos presentes no Valentine’s Day, mas nada de
lingerie, porque esse presente acaba sendo pra vocês. Bom, eu não recusaria
lingerie. Mas isso não vem ao caso.
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