Person Of Interest 2x12: Prisoner's Dilemma
20.1.13
Episódios que alteram dramaticamente a formula de uma
série procedural se destacam sem
muita dificuldade quando comparados com a repetição apresentada nos demais. Prisioner’s Dilemma é esse tipo de
episódio, que consegue surpreender fugindo do esperado.
A primeira decisão importante é a quase inexistência de
um caso da semana. Utilizado apenas como uma piada pontual ao longo desse
episódio, as aparições de Fusco o mostram sempre em momentos engraçados ou
inesperados, que funcionam bem aliadas a falta de continuidade com que são
apresentadas. Indo além, as cenas conseguem desenvolver ainda um interessante e
distinto ponto de vista sobre as missões enfrentadas por Reese: pareceriam elas
tão normais se não as acompanhássemos por completo e víssemos apenas flashes?
A trama principal da semana, tratando do jogo de gato e
rato entre Donelly e Reese funcionou bem apesar de alguns problemas. O primeiro
deles é toda a vida de fachada inventada por Finch para proteger seu empregado.
Se tudo aquilo é montado apenas quando necessário, percebemos facilmente como
aquele é um esforço absurdo e propenso a falhas. Caso todas aquelas pessoas
acreditem que Reese seja mesmo um empregado daquela empresa por que ele
realmente finge trabalhar ali constantemente, esse era um elemento da trama que
já deveria há muito ter sido introduzido. Sendo magicamente criado nesse
momento, o artifício se torna apenas uma solução preguiçosa contra a tenacidade
do agente do FBI.
Outro ponto fraco é a implausível ingenuidade de Reese e
Carter ao se encontrarem logo após o primeiro ser solto. Seria esperado um
mínimo de cautela dos dois, o bastante para evitar aquele flagrante bobo no
qual são pegos.
Exceto por essas falhas, a inserção de Donelly na série
acabou por se revelar uma trama interessante, provendo um bom adversário para
Reese e Finch, criando inúmeras barreiras para que pudessem prosseguir com seu
trabalho. O uso dos interrogatórios para criar alguma tensão e o presídio com
algumas figuras conhecidas funcionando
como uma arena para todas as partes interessadas no trabalho realizado pelo
ex-agente da CIA (ou na máquina, como aquele assino que se deixa prender apenas
para ter a chance de matar os quatro “homens de terno”) adiciona a sensação de
qualquer coisa pode acontecer.
Os flashbacks de
Reese, mostrando sua relação com Cara, são a contextualização do futuro
apontado pela ultima cena do episódio — que infelizmente envolve a morte de
Donelly —. Entender melhor como eles trabalhavam e o que faziam é essencial para a compreensão do que motiva a
ex-parceira de Reese na sua aparente busca por vingança.
Assim, com tantas figuras de diferentes tramas da série
que se unem para construir Prisoner's
Dilemma, pode ser dito que, mesmo com suas falhas, este é o melhor episódio
da série
1 comentários
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ResponderExcluirComenta, gente, é nosso sarálio!