Hawaii Five-0 3x12: Kapu

18.1.13



H50 voltou fazendo a vontade do público no melhor estilo Intercine. Quem foi o assassino escolhido?


A proposta de Kapu não poderia ter sido melhor. Quando, logo no início, a aparente vítima da vez teve que implorar pela vida falando num espanglish fail e cantando uma música dos BACKSTREET BOYS (segura a fangirl aqui, gente!) eu soube que o episódio seria bom. E o melhor: não estava enganada.

Embora a tortura psicológica fosse nada mais que um ritual de entrada para a fraternidade Lambda Lambda Phi, o verdadeiro crime não foi menos tenso. O próprio rapaz que quase havia borrado as calças enquanto gemia I want it that way encontrou o corpo corroído em ácido, no laboratório da universidade. Era o momento do time five-0 entrar em ação, de Max juntar as peças do quebra-cabeça humano para identificar a vítima (sempre com muito prazer, embora tenha faltado a presença física de Mais Oka no episódio) e assim, apontarem os principais suspeitos.

Entre uma coisa e outra, e com mais cantoria, Sang Min retornou à ilha, sob custódia, para atuar como testemunha em troca de redução da própria pena. Kono foi escalada para ficar de olho no bandido engraçadinho e de cara passou maus bocados tentando impor moral. Um dos pontos bastante positivos do episódio foi que a investigação principal e o lance com Sang Min tiveram espaço e, por isso, fãs da diva Kalakaua puderam desfrutar de várias cenas ótimas envolvendo ela e o preso. Além disso, a presença de Sang Min abriu espaço para a breve participação de Kamekona, que sempre garante risadas.

Como o enredo de Kapu foi bem trabalhado, houve até mesmo espaço para incluir outro participante na trama. Estou falando do sobrinho de Danny, Eric “E-train”. O garoto-problema veio de Jersey para tomar uns sermões do tio e entrar na linha, mas acabou sendo útil também na investigação, com seus insights de jovem malandro. Mais uma vez, ponto para o fato de que houve espaço também para trabalharem a relação de Danny com Eric. Entre sobrinho sacaneando o tio e tio dando lição de moral no sobrinho, com momentos de drama leve, a visita deixou espaço para que E-train volte a dar as caras na série. 

Apresentados os três pontos principais do episódio, vamos ao caso da semana. Quando o corpo decomposto pelo ácido é identificado como sendo do professor Cutler, os três principais suspeitos são identificados. Primeiro, Patrick Roth, chefe de Cutler, que parece tentar esconder fatos e ao mesmo tempo, deixar escapar outros para denegrir a imagem do colega de trabalho. A investigação no campus leva à Rebecca Black Fine, que parece suspeita, mas é só uma estudante obcecada com notas que estava se drogando para obter um bom desempenho. Depois de testar os nervos da dupla McGarrett e Williams, a jovem dá a pista que leva ao segundo suspeito: o estudante Tyler Brown, que estava colando nas provas e com isso, dando um up nas médias. O próprio Tyler levou ao terceiro suspeito, Bram Helms, assistente da vítima e que alegava ser o responsável por preparar as aulas de Cutler, fazer o papel de professor no lugar deste, enquanto o chefe trabalhava numa pesquisa ultrassecreta.

Foi aí que a proposta do episódio se mostrou bacana. Os telespectadores puderam votar online e escolher o culpado. Enquanto a votação corria, conhecemos o motivo do crime. O então finado pesquisador havia descoberto como reproduzir uma planta medicinal já extinta (semelhante à maconha) e, com ela, desenvolver um medicamento que possivelmente curaria a doença degenerativa do filho do Dr. Brian Stephens, amigo de Cutler e também pesquisador. Ambos estavam conduzindo a pesquisa em uma reserva particular, no maior sigilo. 

Mas, um dos suspeitos havia hackeado o computador do professor e o email enviado com o vírus era a chave para descobrir o criminoso. Danny (e Eric), que chegou ao hacker com a ajuda do “fumador de abacaxi”, fez certo suspense para revelar o culpado. Achei uma jogada sagaz a enrolação com o loiro dizendo “você não vai acreditar nisso”. 

No final oficial, escolhido pelo público, Patrick Roth foi o assassino. Mas, em todos os finais o motivo era basicamente o mesmo: o assassino queria roubar a pesquisa e apresenta-la como de sua autoria, para assim obter prestígio e grana. Achei que os finais alternativos seriam completamente diferentes, mas não. Em todos, o assassino descobre que Cutler não estava sozinho na pesquisa e tenta matar Brian também. E é nesse momento que Chin e Steve prendem o suspeito. 

Creio que Roth era realmente o mais indicado para o “cargo de assassino”. Achei o final escolhido bastante adequado. Aliás, o final especificamente não poderia ter sido mais emocionante. Primeiro, o desfecho da história de Kono e Sang Min, que havia fugido dos policiais da HPD para tentar ver a ex-esposa – e acabou descobrindo que ela já estava casada com outro. O cara já aprontou várias, mas foi inevitável sentir dó dele. Destaque fortíssimo para o clima de amizade, com ele perguntando à Kono como era possível ela ser tão apimentada e doce a um só tempo, após ela prometer tentar garantir a transferência dele para um presídio de segurança máxima local. E para fechar com mais emoção, Steve entregando ao Dr. Stephens a autorização da governadora para que ele pudesse continuar a pesquisa – tudo isso no hospital onde estava o pequeno Avery. E como o episódio desenvolveu três plots: o assassinato, a volta de Sang Min e a visita de Eric, essa última não poderia ficar de fora. Então, desfecho perfeito: Eric emocionado com a cena no quarto em que Avery estava internado, confessando a Danny que havia decidido ser cientista forense.

Difícil resumir, mas tentemos: ótimo episódio, sem pontas soltas. Para não dizer que deixei um dos melhores lances de fora – o que dizer das garotas no dormitório achando que Danny e Steve eram os pais de uma das estudantes? E mais, de McGarrett só ter se incomodado com o fato de que era muito novo para ser pai de uma adolescente?

Episódio perfeito. Sem mais.


PS: Confesso, a ausência de Catherine, de Doris, de Gracie e Rachel foi fator importante para eu gostar tanto do episódio. J

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