Hawaii Five-0 3x11: Kahu

19.12.12



“É claro que você gostou dele. Ele é você aos treze anos.”


As participações bem-sucedidas estão em alta no drama havaiano. Essa semana o episódio contou com o lendário George Takei (comento adiante) e com um ator mirim não tão conhecido, mas cuja atuação surpreende: Tristan Leabu, no papel de Ethan Awana, um garoto durão que muito lembrava McGarrett. 

Falando em Steve, comecemos pelo começo, que faz mais sentido. Kahu teve início de comédia romântica, que cairia melhor em um episódio de Valentine’s Day do que de Natal. Com Catherine cada vez mais assídua na trama, parece que os produtores aproveitaram o espírito natalino para apostar mais no casal McRollins e menos no sonhado (por muitas) McDanno. Mas, alegria de Cath dura pouco e o encontro romântico (!?) no drive-in de um restaurante fast food terminou com Steve levando um loser que tentou assalta-los para o escritório da HPD – não sem antes descer a porrada no mané e arrancar o piercing do nariz da pobre criatura.  

Foi na delegacia que Steve encontrou Ethan, com quem se identificou de cara. Vendo que ninguém estava preocupado em ajudar o menino, que buscava pelo pai desaparecido – providencialmente, Ethan era órfão de mãe e tinha um pai a quem idolatrava – McGarrett assumiu o caso. Assim, a Five-0 Task Force tinha algo a investigar e Catherine, a oportunidade de trocar seu dia com Steve (pois afinal, parece que a moça tem mais folgas do que trabalha) pelo cargo de baby sitter. 

O interessante do caso da vez foi a interrogação que pairou sobre a conduta do pai de Ethan. A princípio parecendo vítima, ao longo da investigação se tornou suspeito, para que então concluíssem que o filho não estava errado ao dizer que o pai não era má pessoa. O problema foi que Bruce Awana (Andrew Miller) resolveu tirar uma grana extra fazendo trabalhos para as pessoas erradas. Ao se meter com o bad boy Stuart Rizzi (Lew Temple), colocou a própria vida e a de Ethan em risco.

Claro que em meio a toda a crise para lidar com o jovem enquanto o sumiço de Bruce era investigado, muitas cenas engraçadas aconteceram. A busca no sítio de Moku Bradford, que resultou em Chin tomando um banho de entranhas de porco, foi um daqueles momentos inesperados e épicos. E Danny, como sempre, estava hilário, tanto ao ajudar Kamekona a comprar o helicóptero para a “expansão dos negócios na ilha” quanto ao recusar o convite de Steve para passar o Natal com os McGarrett e Catherine. Além disso, Chin não poderia ter levado outra pessoa para conhecer o xenófobo e divertido tio Choi, personagem de Takei. Confesso que esperava que o ator fosse participar com um papel mais forte na trama – mas, sendo tio de Chin, as chances de que ele volte a dar as caras em H50 não são nulas. De qualquer forma, foram minutos clássicos!

Voltamos à tensão com o desfecho do caso. Com as infâmias típicas da série, Catherine conseguiu as cenas de ação da vez, fazendo a linha Mulher Maravilha, sem despentear um fio de cabelo ou ficar com um hematoma ou filete de sangue à mostra. Cenas da poderosa Kono, por outro lado, não aconteceram. Dessa vez, a prima de Chin foi a escolhida para ficar no escanteio. Enfim, na cena de pancadaria na casa dos Awana, quem encantou novamente foi Ethan, ao superar seu medo de entrar no porão para ajudar o pai. Achei digno que Steve tenha convidado o garoto a fazer parte do time Five-0 quando adulto. E um charme a resposta do jovem Awana: “vou pensar na proposta”.

O dia salvo mais uma vez, graças ao quarteto fantástico, rolou algo que já estava fazendo falta: as finalizações de episódio no quiosque do Kamekona. Um ponto muito positivo de Kahu: quase todas as figurinhas principais da série estavam lá – o quarteto Five-0, Max, Kamekona e... Catherine. Mais presente de Natal que isso, só a aparição de McGarrett em traje de gala, para arrancar suspiros da mulherada.

Aliás, falando de Natal, a celebração não foi o foco do episódio, como outras séries têm feito. A despeito do Kamekona Noel, da decoração natalina que apareceu quando Cath deixou Ethan escapar e das menções dos personagens sobre como comemorariam a data, nada mais especial foi feito. Já o romance estava mesmo no ar: não deu para ignorar Max dizendo que levaria Sabrina no passeio de helicóptero que ganhou de Kamekona. Um must!

E assim como começou, Kahu terminou concentrado em Steve e Catherine. Opinião suspeita de McDanno shipper, mas devo dizer que senti que estão dando uma forçada no lance desses dois de uns episódios para cá. O relacionamento não está convencendo. 

Fora isso, foi um bom episódio: no estilo clássico de H50, com as piadinhas de sempre, a ação indispensável, o drama e as presenças cruciais. A propósito, falta a volta à trama central. Mas, cada coisa a seu tempo.

A hui hou o/

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2 comentários

  1. Parabéns! Amei a resenha. Não poderia ser resumido de outra forma. Eu adorei o episódio, mas sou suspeita, pq adoro a série! Só uma ressalva: preferia que fosse eu no colo do Steve ao invés da Catherine! :-D

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  2. Acho que quando o Steve apareceu com aquele traje, o nível de ovulação da audiência foi a 100% huahauahuahauahau Obrigada pelo comentário ;)

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