Eu conseguiria assistir muito mais dessa delícia, mas acabou sendo uma jornada curta. O bom disso é que não teve tempo pra enrolação. Os roteiristas sempre foram muito generosos, nos rendendo oito excelentes episódios. Mesmo para mim, leigo que sou com o gênero, está claro que essa primeira temporada foi impecável. A BBC e a Cinemax investiram pesado na produção e o resultado foi maravilhoso.

Snow Maiden começa com um plano para finalmente matar Jack. Zoe chega a colocar uma bomba no carro dele, mas era óbvio que ele não morreria nos primeiros minutos. Ele brilhantemente chama Eddie e Sam acaba salvando os dois. Isso só a compromete ainda mais e Jack não deixa ela se safar dessa vez.

Sam é nocauteada, envenenada e afogada. Quase morrendo na banheira, a vida passa diante dos dela (eu sempre gosto quando essas coisas acontecem) e ela enfim se lembra de sua infância, quando um homem sem dedo que ainda será abordado tenta mata-la. É claro que Sam tem muito mais que nove vidas e não seria agora que essa cota iria acabar. 

                             

O final do episódio é de tirar o fôlego. Sam se recupera, sai da água e empurra Jack da sacada. Essa é a hora em que eu pulo, grito e bato palmas ao mesmo tempo. É lindo ver Jack despencando e seu sangue escorrendo pelo chão. E, para deixar claro que isso não é tudo que tem pra dar, Spotnitz nos presenteia com um final quase épico: um déjà vu belíssimo do piloto, com Sam indo lá encontrar Zoe, que fingiu levar Sam para uma armadilha da bitch de Stoke, quando na verdade o plano era pra enganar Stoke, forjando a morte de Sam. Again. Como se isso não bastasse, descobrimos que o bebê de Sam está vivo, compondo a cena mais linda e da série até agora, ganhando até da despedida de Sam e Eddie. Tudo isso, somado à narração da história da Snow Maiden foi muito bem trabalhado e a produção está de parabéns.