Grey’s Anatomy 9x05: Beautiful Doom
11.11.12
30 second dance party para comemorar este episódio.
É por conta de episódios como este que a vida de Grey’s
Anatomy é tão longa e ainda não tem hora para acabar. Assim como o Dr. Thomas,
a série pode ser velha e já fez muita desgraça com a vida destes médicos, mas
ainda é capaz de nos emocionar e nos envolver com histórias as histórias de
personagens que amamos tanto. Toda vez que Shonda concentra toda sua força e
foco em apenas um ou dois personagens, modificando a estrutura narrativa padrão,
ela acerta em cheio. Apesar da existência de outros bons personagens, a série
sempre foi de Meredith e Cristina e prestar uma homenagem a esta linda amizade
só poderia render um episódio tão bom como este mesmo. Tudo só não foi perfeito
por conta da pós produção que achou conveniente a inserção de um eco nas
tomadas divididas entre Seattle e Minnesota, o que me irritou muito e colocou
em cheque a qualidade das minhas caixas de som. Sério, no começo fiquei achando
que havia algum problema com o som ou com o arquivo que baixei, mas quando
percebi que era proposital só ficava torcendo para estas cenas acabarem logo.
Felizmente a qualidade do texto conseguiu superar esta infeliz escolha.
Pela primeira vez, vimos Meredith se desdobrando entre mãe,
médica e amiga, tomando para si o controle das coisas. É louvável a evolução da
personagem e como os roteiristas conseguiram fazer isto de forma tão natural e
orgânica. A relação entre a paciente com a morte de Lexie foi na medida certa e
não extrapolou os limites do drama. A escolha da atriz também foi muito
acertada, uma vez que ela possui uma grande semelhança física com Cheryl Leigh
e manteve o clima, como se Lexie ainda estive presente. Por mais que faça as
suas cagadas de vez em quando, é o poder de eternizar os seus personagens desta
maneira que consagra Shonda no mundo das séries e faz de Grey’s Anatomy este
grande sucesso há tanto tempo. O poder desta mulher de me fazer se importar é
tão grande que eu realmente fiquei preocupado até com Zollinha sendo cuidada
por Ted, um enfermeiro desconhecido, e fiquei na torcida por ele não ser um
ursinho, ou Zolla estaria fumando maconha até o final do episódio. Fiquei
realmente feliz e com lágrimas nos olhos ao ver o sucesso da cirurgia e todos
os médicos sendo obrigados a dançar com a Medusa.
O que mais me impressiona é o quanto Cristina Yang é capaz
de render. Se pararmos para pensar, a personagem é o grande destaque da série
(tanto na parte dramática como na cômica) há muito tempo. Chega até a dar dó
dela, que já passou por muito drama desde o início da série, largada no altar,
envolvida com ex-soldado em crise, tiroteio, queda de avião, chifrada pelo
marido, coitada. A história em Minnesota conseguiu ser muito boa, criando, em
poucos episódios, uma ótima relação da personagem principalmente com o Dr.
Thomas e marcando a vida de Yang. A
amizade conseguiu ser inesperada e coerente ao mesmo tempo, explorando novos
lados de Cristina e a enriquecendo ainda mais como personagem. É legal perceber
que, longe de casa, ela precisou se acolher em outra pessoa além de Meredith e
que o fim deste laço culminou a sua volta a Seattle e à superação do trauma de
avião. A morte do velhinho foi realmente de cortar o coração e deixou em lágrimas
muitos fãs por todo o mundo. Não tem como não gostar do abraço entre as amigas,
que conseguiu fechar o episódio com chave de ouro apesar de já ser bem esperado
por todo mundo.
O legal deste episódio foi que ele conseguiu concluir a
história de Cristina em Minnesota, homenagear a amizade dela com Meredith e
ainda mostrar o quanto as duas amadureceram tanto no âmbito pessoal como no profissional.
Se trata de mais um clássico de Grey’s Anatomy e apresenta todos os elementos
que nos fazem gostar tanto da série. Agora sim posso afirmar tranquilamente que
Greys se recuperou e voltou a provar o porquê está na TV há tempo e ainda tem
lenha para queimar.
PS: Que hilário que
foi a Zolla sendo treinada para fazer xixi no vazo e se mijando toda no colo da
mãe.
5 comentários
Review tão boa quanto o episódio, parabéns.
ResponderExcluirGrey's é o que é principalmente pela existência destas duas personagens e sua amizade. criar um episódio mostrando o paralelo do que elas estão vivendo foi um recurso muito bom, principalmente amarrando as feridas ainda abertas das duas em relação ao acidente.
ResponderExcluirNão tem o que falar da cristina e sua vida no outro hospital. No início da temporada não imaginava que eu iria amar tanto a amizade dela com o Dr. Thomas. Cristina precisou sair de Seatle para achar um mestre a altura.
Meredith! Que orgulho dela. Não gostava muito da personagem, mas de uns tempos pra cá não tem como não amar e respeitar a protagonista de fato e direito de Grey's.
Não tinha como um episódio focado nas duas da errado (tirando o defeito sonoro).
Parabéns pela bela review.
Só agora percebi porque eu não gostava da Meredith. É por causa do Derek. Em todas as temporadas em que eles estavam de mimimi, ela ficava um saco. Mas quando eles estão bem, sou só amor por ela. Amor e orgulho, de ver nossa antiga interna, que já fez tanta merda, sendo essa médica poderosa que lidera a OR, não desiste, inspira quem está em volta. Acho que tudo o que passou foi apenas o caminho até chegarmos a este momento, de ver nossos queridos alcançarem o sucesso.
ResponderExcluirpara falar a verdade, com um episódio desse, nem senti falta de Mark! :S
ResponderExcluirO eco nas tomadas divididas entre Seattle e Minnesota, também me irritaram bastante e coloquei em cheque a qualidade das caixinhas de som e do arquivo kkkk a morte do velinho foi taaaoo emocionante. Mas realmente Yang sempre rende boas historias e a personagem é estilo ame-a ou deixe-a.. no meu caso a amo intensamente. Criticas mto bem escritas.. quem dera se The Voice chegassem aos pés dessas criticas.
ResponderExcluirComenta, gente, é nosso sarálio!