Vegas 1x01/02: Pilot/Money Plays
7.10.12
CSI Las
Vegas: Anos 60.
Toda a programação de séries do canal CBS é exclusivamente
composta de procedural dramas (séries
de “caso da semana”) e sitcoms com
claque, nas raras ocasiões em que a emissora decidiu diversificar sua grade,
falhou miseravelmente (alguém aí se lembra de Swingtown?). Vegas, criação de
Nicholas Pileggi e Greg Walker, não foge à regra, mas também estabelece uma
trama paralela aos casos policiais com o dia-a-dia do cassino Savoy. O problema
é que nenhum dos segmentos do programa é eficiente em despertar o interesse do
telespectador, sendo a ambientação de época e os nomes conhecidos do elenco
seus únicos atrativos. Uma embalagem diferente para um produto óbvio, abordagem
semelhante à de Elementary, outra estreia da CBS.
Dennis Quaid é Ralph Lamb, fazendeiro local e veterano de
guerra, vivia tranquilamente com seu irmão Jack (Jason O’Mara) e filho ou o
máximo de tranquilidade que alguém pode ter com aviões aterrorizando seu
rebanho. Porém, por um conjunto de fatores que para os dias de hoje seriam
considerados absolutamente irreais (veja bem, eram tempos mais simples) ele
acaba se tornando o novo xerife local porque a) lutou na guerra com o prefeito
e b) não tinha ninguém melhor para ocupar o cargo. E como aparentemente não
existiam critérios para ingressar a força policial, nem lei contra nepotismo,
Lamb aproveita a oportunidade para empregar todos os outros Lambs. Reitero,
eram tempos mais simples.
Do outro lado da lei está Vincent Savino (Michael Chiklis),
gângster de Chicago e gerente do Savoy, um sujeito com cara de boa gente, mas
que está disposto a usar quaisquer métodos para proteger os interesses do
cassino. O personagem é quase um amálgama dos personagens de Robert De Niro e
Joe Pesci em Cassino (cujo livro e
adaptação cinematográfica foram escritos por Pileggi) que eram caracterizados
como o “administrador centrado” e “psicopata inconsequente” respectivamente,
porém desta vez com uma interpretação bem menos inspirada de Chiklis.
Para completar o elenco, temos Katherine O’Connell
(Carrie-Anne Moss) que trabalha na promotoria e portanto colaborará com o novo
xerife nos casos daqui para frente. Os casos, aliás, foram um tanto decepcionantes.
Apesar de ambos trazerem a investigação para o ambiente do Savoy, eles não
possuem nenhuma correlação. Já os problemas relacionados ao cassino possuem uma
melhor assiduidade quando comparados ao “crime da semana”.
Essa trama do cassino é a única esperança de que Vegas
subverta o repetitivo gênero o qual foi submetida e venha a se tornar uma série
que case bem duas subtramas de maneira inteligente e instigante, mas sem
afastar o telespectador eventual. Porém não basta repetir o feito malabarístico de The Good Wife quando
não existe uma boa história para ser contada e, pelo menos nesses primeiros
dois episódios, isso ainda não foi apresentado pelo programa. Estava ansioso para
ver uma série de máfia do roteirista de Os
Bons Companheiros e Cassino, mas
acabei vendo o novo projeto do ex-roteirista de Without A Trace. Por uma questão de gosto pessoal, torço para que
isso mude em breve.
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