The Mentalist 5x03: Not one red cent / 5x04: Blood Feud

23.10.12





De um episódio bom a um episódio SENSACIONAL.

Chega a ser irônico que o atraso na review (mil perdões, a propósito) tenha feito com que eu repensasse todos os pontos fracos que ia apontar sobre Not one red cent. A verdade é que muitos deles foram muito bem compensados em Blood Feud. Posso começar dizendo que acredito que o terceiro episódio dessa temporada tenha sido uma ponte entre o intenso Devil’s Cherry e o profundo Blood Feud. Assim sendo, os produtores estão perdoadíssimos por terem feito dele um capítulo “morno”.

Bem, vamos ao recap para refrescar vossas memórias!


Not one red cent começou daquele jeitinho típico de The Mentalist: com Patrick Jane causando. Quem não achou cômico ele levar o par de sapatos para consertar e não ter um par de reserva? Segundo os autores, o figurino estilo Mônica (sim, a do Maurício de Sousa) se deve ao fato de que o mentalista precisa ter algo que possa vestir rapidamente diante de uma emergência e tendo em vista a peculiar moradia dele. Bem, curiosidades à parte, enquanto Jane ~aprontava~ no sapateiro, perto dali uma quadrilha se preparava para assaltar um banco. Quando um dos meliantes disse que nada daria errado, já pensei: duvido, honey!

E estava certa, óbvio! Acontece que o assalto aparentemente se torna um latrocínio e resta ao pessoal da CBI investigar... junto com o FBI. Com isso, eu já esperava altas ~tretas~ entre a gang Lisbon e a gang Mancini, o que não aconteceu. Detalhe que penso que poderia ter sido mais bem explorado.

Chegamos a um ponto que eu elogiaria e criticaria ao mesmo tempo: Van Pelt finalmente apareceu mais, o que há dois episódios não acontecia [mas podemos atribuir à gravidez da Amanda Righetti, então, novamente absolvo os produtores], porém, em contrapartida, Cho e Rigsby ficaram de escanteio. Estava sentindo que faltava um equilíbrio na série que não existia antes: toda a equipe recebia os holofotes, ainda que houvessem episódios mais focados em uma personagem específica. Mas, devo admitir: a ~trollagem~ de Patrick com a ruiva foi um deleite.

A investigação do roubo e assassinato seguiram nos moldes-padrão da série: com Patrick colocando Lisbon em saias justas, armando situações que só ele entende a que vão levar e deixando no ar aquela ideia de que o sagaz consultor já sabe quem é o culpado no momento em que pisou na cena do crime. Destaque para o loiro revelando na frente dos familiares de Ernie Wright (Mark Provencher) que a vítima estava envolvida no assalto. Pobre Teresa!

Pra variar, meus skills de detetive falharam e eu jurava que a amante era a assassina. E é claro que Jane não ia perder a chance de armar um verdadeiro circo para revelar o culpado. Ponto para a performance impecável de Simon Baker, que não deixa de nos garantir minutos agradáveis a cada episódio de The Mentalist -  mesmo nos episódios menos marcantes.

E por falar em performance digna de destaque, Katie Walder fez uma ótima assassina. A aparência ingênua de esposa em luto se transfigurou quando Nancy confessou a Cho os detalhes do crime. Não posso negar que a trama foi interessante.

E quem diria que CBI e FBI começariam a fazer as pazes tão rápido? Sinto que perderam um pouco o fio da meada quanto à presença dos federais na história, mas... aguardemos.

É, aguardemos, porque Blood Feud veio mostrar que essa temporada não pretende decepcionar. Talvez a jogada seja um episódio mais “light” e então... SURPRISE!
Apesar de ter acompanhado as propagandas que Owain Yeoman fez no Twitter sobre o episódio focado em seu personagem, não esperava que um capítulo sobre o Rigsby pudesse ser tão... WOW. E que atire a primeira pedra quem não se abalou com o 5x04.

Quando J.J Laroche apareceu, o que me ocorreu foi: ops! Vai dar merda. Acontece que Internal Affairs em séries policiais nunca é bom sinal e bem, o Glutony (quem assistia Full Metal Alchemist talvez entenda o apelido) não é um dos personagens mais bacanas quando o assunto é o time de Teresa. Me perguntei se iriam desenterrar o problema antigo de Wayne com o pai. Melhor: o velho trouxe novos problemas.

Mas, comecemos pelo começo, claro! A grande pergunta em três episódios era: os caras esqueceram que Rigsby tinha virado papai? Estava achando uma falta de noção terem sumido com a mãe e a criança. Felizmente, Blood Feud já iniciou mostrando que não se esqueceram da paternidade de Wayne e de quebra, arrumaram gêmeos lindos para fazer a criança!

Não demorou para que o pai de Rigsby aparecesse na cena do crime da vez. Steve Rigsby (William Forsythe) em cena era sinal de polêmicas. Aliás, Forsythe mandou muito bem até o fim fazendo a linha velho fdp.

Assim, seguiu-se a investigação sobre a morte de Andy Huff, que parecia motivada por uma rixa entre gangues. De cara, todo o equilíbrio que mencionei antes que estava sentindo falta ficou evidente: Grace aparecendo mais; Kimball com a postura de sempre, falando o necessário e dizendo muito com a expressão; Teresa e Patrick na liderança e Wayne assumindo muito bem o posto de protagonista. 

Aliás, a narrativa do episódio não deixou a desejar. Os fatos estarem sendo contados por Rigsby a Laroche deram peso ao desfecho. Era inevitável se perguntar: “será que dessa vez o careca vai pegar o pobre Wayne na curva?”.

Impossível não mencionar que o drama que tem sido a marca da temporada continua a se reafirmar. A morte de Steve poderia ter sido mais do tipo que faz o telespectador chorar, mas não faria jus ao personagem. No entanto, não se deve ignorar a porta que o fato abriu para uma reconciliação entre Van Pelt e Rigsby – Alerta shipper: simplesmente lindo a ruiva abraçando o amigo e chamando-o pelo primeiro nome. Owain transmitiu muito bem em seu personagem a ideia do policial bonzinho com um pai bandido que não foi lá um progenitor muito presente ou adequado, mas que tinha alguma importância em sua vida e merecia – pelo menos na visão do filho – ser defendido.

Quanto ao verdadeiro culpado, foi bem fácil desconfiar de Fletcher Moss (Max Martini) com sua postura de cara da paz que queria “ajudar o pessoal vida loka a encontrar Jesus”. Mas, entre os mauzinhos da história, quem merece aplausos é Sue Overton (Jeannetta Arnette). Uma pena que a personagem tenha sido apenas uma participação. Bela e like-a-boss, a loira causou ótima impressão e poderia ter sido aproveitada para várias cenas de trocas de sarcasmo com Jane.

E por falar em sarcasmo e Jane, mais uma vez o consultor mandou bem na estratégia para condenar Fletcher. Diante de toda a tensão e tristeza que rondavam o problema de Wayne, reunir as duas gangues contando mentiras bem elaboradas foi uma das artimanhas que só o mentalista poderia desenvolver. E claro, quebrou o gelo do episódio.

O que não pareceu fácil de prever foi que a manobra tivesse sido feita para garantir que Rigsby se vingasse sem prejudicar ninguém da turminha de Lisbon. Apesar das trocas de olhares e conselhos entre os rapazes – Cho, Jane e Rigsby – até o último momento pensei que a cartada de Laroche fosse ser devastadora. Mas, Patrick é um charlatão, afinal. 

Se tivesse de dar nota de 1 a 10, Blood Feud levaria 10 sem titubear. Com uma salva de palmas para Owain Yeoman e sua atuação que está sendo apontada como digna de um Emmy. Impagável ver as lágrimas de Wayne ao fim do episódio.

E espero que concordem: a première e mesmo Devil’s Cherry ficaram a ponto de deixar a desejar diante do espetacular capítulo dessa semana. Ao que parece, The Mentalist promete muito mais nessa fall season do que podíamos esperar até então.

Que venha mais drama!

PS: Quem advinha o que Van Pelt escreveu para Jane no final de Not one red cent?
PS2: Por quanto tempo conseguirão esconder a gravidez da Righetti nas cenas? Impecável até agora!
PS3 [o último]: “Steve Rigsby says hi”.

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