Grey’s Anatomy 9x04: I Saw Her Standing There
27.10.12
Quem lembrar deste episódio até o final da temporada, ganha
uma leitoa.
Não, o episódio não foi ruim, mas não trouxe praticamente
nada de novo do que já vimos e revimos em Grey’s Anatomy, casos médicos
bizarros, gente que não consegue segurar a periquita e fica dando uma
escapadinha, draminha da perneta e Bailey sendo mala. Dentro deste universo, o
que mais gostei no episódio foi toda a trama de Cristina. Shonda voltou a
apostar no sexy apeal de Sandra Oh (a verdadeira ganhadora do prêmio Seriedade
Anônima de Gostosa do Ano), que saiu catando o novo chefe (como eu já havia previsto),
mas se apegou mesmo ao véio decrépito. Apesar de ser um truque velho de roteiro
fazer um personagem desapegado às relações interpessoais se importar com
alguém, como já vimos um milhão de vezes com o Karev e a própria Cristina, a
trama funcionou muito bem e nos faz se importar ainda mais com a médica. Na premiere,
tinha ficado com a impressão de Cristina iria se irritar logo com o hospital
cheio de gente chata e ultrapassada e gostei muito do inverso ao vê-la se
apegando ao médico dinossauro e até agindo em seu favor. A temporada vai bem
criando uma atmosfera desfavorável à personagem nos primeiros episódios e
depois desconstruindo tudo com a adaptação de Yang a seu novo ambiente de
trabalho, finalmente deixando dúvida se ela voltará rapidamente a Seattle ou
não.
O restante do episódio foi ok mas nada que chame muita
atenção ou consiga ser marcante a longo prazo. Fiquei feliz de ver Derek
evitando o mimimi desnecessário e ficando feliz ao ver Meredith realizando uma
daquelas cirurgias impossíveis que era a sua especialidade antes do acidente e
mais ainda com o Owen soltando algumas verdades na sua cara. Sério, gostei muito de ouvir o cara falando “Derek,
você sempre foi um puta de um babaca que se acha intocável e fica putinho com
qualquer coisa, fugindo para o meio do mato para ficar enchendo a cara e deixando
a barba crescer”. Foi legal também ver que é a vez de Hunt fugir dos problemas
e indo morar no trailer para superar o fato de que Cristina não vai voltar para
ele. Estou bastante desconfiado de que a realidade paralela (proposta naquele
episódio absurdo da temporada passada) vai se tornar realidade e Owen e Callie
se envolveram. A princípio a trama parece meio nada a ver, mas dependendo do
jeito que foi feita pode convencer. Callie vem sendo uma excelente personagem e
pode render ainda mais se o roteiro caprichar em suas motivações.
Pelo jeito, os dias de mimimi de Arizona estão acabando, foi
muito bom ver o Karev indo vê-la com as próteses e ajudando a médica a se tocar
um pouco. Em nenhum momento, eu quero dizer que deve ser fácil superar a perda
de um membro, só que para mim é um pouco entediante ficar vendo a Arizona
chorando e sendo ingrata com a Callie. Mas parece que as coisas aos poucos vão
melhorar, um convite para assistir o Programa da Palmirinha no sofá já é um bom
começo.
Acho que estou me rendendo e começando a me irritar com a
Kepner como o resto do mundo já se irrita há muito tempo. Este plot do “será a
última vez que vamos transar” foi bem chatinho e toda a tensão sexual exposta
na cirurgia de redução do escroto foi estranha e meio sacal (com o perdão do
trocadilho infame). Até gosto da mãe do Avery e do Chief feliz, traçando a véia
e deixando os problemas de Adele de lado, mas achei tudo repetitivo e
desnecessário.
Daqui a pouco tempo realmente irei esquecer de todo este
episódio, mas achei ele bom e até divertido. Sem dizer que é completamente normal
que uma série com cerca de 25 episódios por temporada faça algo whatever de vez
em quando principalmente porque dramas pesados toda semana pode encher o saco.
P.S: Nossa, os internos conseguem elevar a palavra avilso a um novo patamar.
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