666 Park Avenue 1x03/04: The Dead Don't Stay Dead/Hero Complex
23.10.12
O começo do declínio.
666 Park Avenue começou sem querer muita coisa, copiando qualquer coisa que aparecesse, mas um episódio que usa o clichê de filmes de terror mais sem graça do mundo (ou seja, um gasparzinho fêmea) não vale a pena continuar.
Não foi só o mau uso do clichê que me irritou, foram todos os plots desenvolvidos (ou não) no episódio. Por exemplo, Brian e loira. Achei que depois da cena da toalha, Brian iria se entregar logo, mas ele ainda fica se fazendo de difícil e o pior é que gastam tempo de tela para essa troca de olhares. Ou desenvolve logo esse plot, ou acabe logo com ele.
Nunca sabemos nada sobre o arco central da série, porque ela simplesmente fica negligenciando os assuntos. Se pelo menos mostrasse Gavin dialogando com o ‘morador da semana’, saberíamos mais sobre suas reais motivações e não ficaríamos no escuro sobre o que está acontecendo.
Pelo menos tivemos mais tempo em tela para Vanessa Williams brilhar. Descobrir que a filha dos Durans se suicidou com o acidente de carro só porque papai é maligno foi chocante, mas não foi bem uma novidade. Jane, tadinha, que teve que ficar de babá de Vivian o dia inteiro e mesmo assim não conseguiu fazer um bom trabalho.
O relacionamento entre Gavin e Henry está cada vez mais parecida com o filme O Advogado do Diabo. Da mesma forma, esse relacionamento é o único motor da série até o momento. Pena que deveriam ou dar mais foco nos acontecimentos ou criarem uma narrativa de maior qualidade. Ok, então Gavin conhecia o promotor, fez um acordo com ele para Henry ganhar o emprego a troco de algo. Mas a que custo?
Em tese, o que aconteceu com a moradora da semana seria bem mais intrigante se Gavin tivesse feito aquilo acontecer. A única coisa que ele fez foi dar uma IDEIA para lidar com os orbituários. A atriz é até carismática, mas a má condução da narrativa fez com que o plot parecesse mais um tapa buraco do que qualquer outra coisa. Ela simplesmente brincou de jornalismo investigativo de mentira e deu naquilo.
Convenhamos então que a série precisa melhorar seus plots e parar de achar que consegue se segurar com algumas cenas que assustam, mas que, obviamente não assustam tanto assim. Só na cabeça deles uma menina aparecendo no meio do corredor é assustador.
Patético também é Jane, que continua na sua incansável busca pelos segredos do Drake. Ela não é burra, mesmo sendo loira, em perceber que tudo o que está acontecendo com ela é bem real. Deveria pelo menos ficar mais neurótica e começar a procurar por um novo trabalho.
No quarto episódio, porém, as coisas começaram a dar uma melhorada e obviamente foi porque os roteiristas finalmente entenderam que adicionando Brian e a esposa e a loira já estava ficando um pouco entediante.
Nora é a personagem bem desenvolvida da vez e achei mesmo que ela era só uma cleptomaníaca que gosta de proteger os olhos, mas ela realmente está lá para ajudar. A avó com certeza sofre de demência, mas provavelmente isso aconteceu por causa de alguma entidade pertencente à Avenida do Diabo.
Da mesma forma, a obsessão de Jane da semana era pela malinha que se revelou ser a fumaçinha do Lost que faz aparições especiais em todas as outras séries da ABC. Ainda bastante irritante o fato de usarem o clichê da criança morta, mas vamos ver como esse plot vai se desenvolver na próxima semana.
Da mesma forma, o episódio já começou chocante, pois tinha certeza que Annie (a jornalista) estava morta. Muito lentinha, porém, fugir do apartamento e ir logo para a casa do editor que obviamente é o próximo alvo do assassino, a sorte é que ele já tinha feito seu trabalho.
A forma pela qual todos os acontecimentos foram interligados no final foi bem divertido e foi, até agora, a única narrativa que fez sentido até hoje na série. Achava que estava demorando chegar à parte em que alguém (o governo) iria começar a suspeitar de Henry e perceba que ele foi até chantageado com fotos, que sempre é a maior forma de chantagem do MUNDO. Era óbvio, porém, que Gavin iria arrumar uma forma de fazê-lo acreditar de uma vez por todas em sua ‘bondade’ e o melhor é que isso foi feito em grande estilo, incluindo caviar fino, vestidos colados e uma boa cena de assassinato, tão rápida que nem percebi.
2 comentários
Acho a série beeem sem noção, as personagens bem mal trabalhadas e os plots também...
ResponderExcluirNão consigo me interessar pela história de ninguém e nem me importar.. mas se lá.. quando acaba o episódio, fico sempre com curiosidade pra ver o próximo e saber onde tudo isso vai dar.. rs
É, que bom que não fui só eu.... achei essa série totalmente "Advogado do Diabo".
ResponderExcluirComenta, gente, é nosso sarálio!