Survivor Philippines 25x01: Survivor Smacked Me in the Chops
20.9.12
Que comece mais uma temporada de barracos, estratégias e, principalmente, blindsides.
Survivor, o meu reality show favorito, está de volta finalmente,
com uma locação nova e mais uma tentativa de mexer na dinâmica do jogo e acabar
com aquela lealdade exagerada que tanto atrapalhou as últimas temporadas. Eu
não tenho muita certeza se a mudança para 3 tribos irá diminuir a lealdade e a
previsibilidade no jogo, mas achei que funcionou muito bem na premiere, a edição
foi equilibrada (deus abençoe os 20 minutinhos a mais) e foi capaz de
apresentar alguns bons participantes. É claro que sempre vai ter gente avulsa e
aqueles que beiram a invisibilidade, mas nunca uma premiere (tirando Heroes Vs.
Villains e Micronesia, claro) me deixou com tantas opções de torcida. Com participantes
inteligentes (alguns pelo menos) e que conhecem o jogo, a temporada tem tudo
para ser boa e quem sabe garantir mais algumas temporadas para o reality, que
anda na berlinda por conta da queda na audiência.
Eu realmente gostei muito da locação, ninguém aguentava mais
Samoa, aquele lugar lamacento, sem vida animal e que impossibilitava os
maravilhosos challenges subaquáticos que nós tanto amamos. As Filipinas parecem
um lugar mais exótico, mesmo que a gente saiba que aqueles animais que aparecem
na abertura nunca serão vistos pelos participantes. A fotografia ficou tão boa
que até a abertura ficou legal, o que não acontecia desde Heroes Vs. Villains.
Em relação a grande polêmica, se devem haver ou não
retornantes contrastando com novos competidores em toda a temporada, tenho que
assumir que eu era bem contra, principalmente pelos nomes que estão de volta,
já que Russel S. e Michael Skupin não fazem o meu tipo favorito de participante,
mas acabei gostando do que vi neste episódio. Nunca gostei e continuo não
gostando de Russel S., o cara é chato, burro, fica pregando a harmonia e sempre
se achou, pensando que teria alguma chance de vencer Survivor Samoa se não
tivesse quase morrido no meio de um challenge qualquer e ter sido obrigado a
abandonar o jogo. Apesar de toda a chatice e onipresença de Russel Hantz, a
gente tem que combinar que só existe um Russel em Survivor e o Predador nem
chega aos seus pés. Já Michael Skupin é uma lenda do reality, o cara fazia
cosplay do John Locke de Lost antes mesmo de J.J. Abrams se quer pensar naquela
patifaria toda, matando javalis e fazendo prefecias no meio do Outback
australiano, sem dizer que a cena de sua evacuação é com certeza o momento mais
chocante de todas as temporadas. Se na primeira participação de Skupin eu não
gostava muito dele já que só tinha olhos para a Rainha Jerri Manthey, desta vez
eu estou gostando do cara por enquanto e o vejo como uma boa aposta para pelo
menos chegar entre os 5 finalistas. Para compensar dois retornantes miguxos e
que presam pela honestidade e honra, a CBS tinha mesmo que trazer Jonathan
Penner de volta, um dos melhores e mais irreverentes jogadores de todos os
tempos. Eu sou fã confesso de Penner, mas como não ser? O cara fez um motim ao
lado de Candice (a eterna Puta do Motim), se ferrou lindamente com a rejeição
de sua nova tribo e depois da merge voltou para a aliança da sua tribo
original, ferrando com o jogo de Parvati e sua tribo e ganhando com mérito o
título de rato da temporada. Temos que combinar que não é todo mundo que
consegue ferrar Queen Parvati. Não vejo como Penner possa se tornar o campeão
da temporada, mas torcerei para que ele dure bastante, rendendo muitos momentos
hilários. Como aperitivo, já tivemos o cara trollando Jeff Prosbt logo de cara
e perguntando o que aconteceria se ele não saísse do barco em 10 segundos. Toma
esta Jeff.
Das 3 tribos a que parece que terá mais sucesso é a Tandang,
além de Skupin, que pretende ajudar a tribo e ir com a maré pelo menos no começo,
a tribo é composta pelas duas participantes mais refrescantes da temporada, a quenga
RC e a brasileiríssima Ave Maria. As duas já elevaram o nível de safadeza na
temporada e vão fazer de tudo para ganhar os fãs de Queen Parvati para elas. RC
parece ser a pessoa que mais conhece o jogo e logo mostra suas qualidades,
formando alianças e laços afetivos com os seus companheiros de tribo. Já
Abi-Maria pretende utilizar o seu sotaque brasileiro sensualizando com todos e
mantendo a boa imagem que os americanos fazem dos brasileiros, é assim que se
faz. A aliança das duas com Skupin e Pete, o avulso forte que vai tomar um
blind no pós merge, tem tudo para dominar o jogo e, pela edição desta premiere,
acredito que RC será a grande jogadora da temporada e que Ave Maria tem grandes
chances de se sagrar campeã. A atriz decadente que perdeu tudo e está
desesperada para retomar, pelo menos, 15 minutos de fama (deveria vir
participar da Fazenda e não de Survivor), é simpática e pode fazer a mãezona
que surpreende a todos e vai longe, mas é claro que a gente tem certeza que ela
vai roda ainda na fase tribal. A tribo ainda conta com mais um retornante,
apesar de ninguém lembrar dele, me parece que o Tyron, de Survivor Nicaragua,
ganhou mais uma chance de não fazer nada (brincadeira, se trata apenas de um avulso
qualquer que não ganhou se quer um confessional mas pode ir longe por estar na
melhor tribo da temporada).
A tribo vermelha, a Kalabaw, me causa sentimentos
conflitantes, por um lado torço por ela já que é a tribo em que Penner se
encontra, mas por outro se mostrou uma tribo bem fraca com muita gente
invisível e burra. Não dá para acreditar que todos eles realmente acham que a
melhor opção é se livrar do Penner logo de cara sem aproveitar o fato do cara
ter uma grande experiência e ser um pescador magnífico. O cara quase ficou rico
vendendo peixe em Cook Island de tanto que pescou e seria um ótimo aliado para
estar na final, uma vez que suas chances de ganhar votos do júri sempre serão
pequenas. Eu até simpatizo com a Dana, mas é apenas pelo fato dela me lembrar a
Lhitts, participante maravilhosa de No Limite 2, que foi evacuada na cópia
barata e descarada de Survivor pela Globo. Outro que deve render é Jeff, o
jogador de baseball que além de tentar esconder isto de todos tem grande
potencial para ser o vilão da temporada.
A Matsing, tribo na qual se encontra o Predador, começou mal
e tem tudo para ser a tribo disfuncional que só vai flopar e me deixar com
raiva por ver participantes que rendem indo para casa. Tomara que a Matsing
consiga ser uma nova Casaya (minha tribo favorita de todos os tempos), tribo
disfuncional que barraqueava como se não houvesse o amanhã, e não uma nova
Ulong, tribo flopada que perdeu todos os challenges e acabou com o jogo dos
participantes mais legais da temporada (Palau). O Predador vem cavando a sua
própria cova sendo um retardo mental, Russel fica repetindo sem parar que não
quer ser o líder, mas continua agindo como se fosse o próprio Sadam Hussein.
Malcom (que já está garantido na temporada de número 26 ao lado de Brendalinda
e Corinne) e Denise são a minha torcida nesta tribo, já que parecem
inteligentes e safados o suficientes para dar um blindside em qualquer outro. A
grande surpresa ficou por conta de Angie (ainda bem que eu não comentei o cast
esta temporada, já que eu tinha certeza que ela seria mais invisível do que a
Purple Kelly), que, apesar de parecer mimada, nova e inexperiente, ganhou bastante
destaque e quase armou uma revolta contra a liderança não declarada do
Predador. O eliminado da semana, Zane, foi um bom first boot, mas o cara foi
com muita sede ao pote e tentou jogar em três dias o que se joga na temporada
inteira. Rachei de rir com ele pensando que todo mundo era leal a ele, que
ainda foi capaz de se jogar de baixo do ônibus confessando que foi o responsável
pela derrota. Apesar de tudo, eu gostei do Zane e o considero uma perda muito
grande para a temporada, mas ninguém ia ser burro o suficiente de seguir este
lunático, dando um blindside no jogador mais forte da tribo logo no primeiro
Tribal Council.
Em resumo, a premiere não decepcionou e me fez acreditar que
Phlippines pode sim ser uma ótima temporada (pessoas que sabem o que aconteceu
nas gravações dizem que a temporada será melhor do que China, mas eu não estou
comprando isto de forma tão fácil assim não, para ser China tem que comer muito
arroz com feijão). De qualquer forma a apresentação das peças foi feita de
forma competente e ainda tivemos um bom challenge, como não se via há muito
tempo. A grande questão que fica é se a temporada conseguirá apresentar boas
jogadas e principalmente reviravoltas, não dá para ficar vendo 15 episódios sem
emoções ou surpresas. Eu ainda me divirto muito com o programa e acredito que
ainda pode render e muito.
E vocês o que acharam da estreia? Empolgados? Quem são seus
favoritos? E apostas?
3 comentários
Não vou ler, pois é muito texto... mas gostei bastante do episódio. Gostei da brasileira, para o jogo a personalidade "bitch" sempre ajuda. Por enquanto torço para ela e para a RC.
ResponderExcluirNem li, achei um livro isso que esse autor fez!
ResponderExcluirParem de ser preguiçosos, eu li e achei o texto ótimo, falou tudo que tinha pra falar. Eu espero que a temporada seja boa, quem sabe assim Survivor dure mais.
ResponderExcluirComenta, gente, é nosso sarálio!