Partners 1X01: Pilot

25.9.12


Que hilário! Já vi isso em algum lugar! Isso me lembra o Jack!  Isso é tão anos 90! Quero muito mais disso! Enfim chegou a estréia cômica mais aguardada da Fall Season. E em meio a esse mix de sentimentos o seriadores te ajuda a processar todos eles, e explica por que você se identificou tanto com Partners.


Friends, Will & Grace, a própria primeira versão de Partners, e os mais recentes How I Met Your Mother e   Rules of Engagement, consolidaram um estilo de humor que se faz muito forte na televisão americana até hoje. Esse estilo de comédia que retrata a dinâmica entre amigos acaba sendo uma zona de conforto para o público americano, e apesar do festival de clichês, todos querem sempre ver mais do mesmo e identificarem-se com aquela nova velha história criada.

Partners além de possuir um grande elenco, o que já é ponto à seu favor, tem toda essa vibe de comédia que já vi, mas quero ver de novo, a questão de multicâmeras também é algo que chama atenção na série. Em uma época que o inovador está no "akward humor" e na "single camera", Partners resgata para nós esse humor bobinho que aos poucos fomos perdendo na televisão. As vezes me questiono porque The Big Bang Theory continua fazendo sucesso com aqueles quotes tão desgastados. Mas é exatamente por isso. Esse estilo que um dia já foi maçante na televisão, hoje em dia já quase não existe mais, e é muito bacana você ver algo, que apesar de não ser o ápice do humor, é redondinho, bacana, pronto para curtir.


É visível a semelhança dos personagens com alguns quotes e trejeitos dos de Will & Grace (antiga série dos produtores David Kohan e Max Mutchnick), ou até mesmo da dinâmica de câmeras e situações com as da antiga versão da série e as de Friends (ambas dirigidas também por James Burrows). Porém a série vai além, ela faz uma antropofagia de tudo isso e nos entrega um produto que poderia simplesmente ser chamado de mais do mesmo, mas não é. É inteligente, é moderna e realmente cativa o espectador.

Apesar de bem limitada devido ao pequeno elenco, a dinâmica entre os quatro flui muito bem, não cansa em momento algum, mas o destaque é realmente para os protagonistas Michael Urie e David Krumholtz. Vemos aqui o foco de Will & Grace sendo mudado de posição para "Will & Jack", é gritante a comparação entre os personagens, mas nada que irrite! Sempre foi bom ver a dinâmica daqueles dois em cena e continua sendo impagável, e ninguém mais icônico que Urie para fazer jus a um personagem que ficou imortalizado. É como se após oito temporadas de Jack McFarland se auto-intitulando diva e centro das atenções da série, Kohan e Mutchnick finalmente reconhecessem  isso e dessem uma série para ele.

Louis acaba sendo a alma da série. Não só a alma, a cabeça, o foco, os principais pontos positivos e os principais pontos negativos... Ocupando todo o espaço e carregando a série nas costas. Todos os trejeitos que Urie usa no personagem já vimos em algum lugar, se não foi com Sean Hayes foi com algum outro personagem icônico. O problema aqui não é repeti-los, porque eles são bem divertidos, mas sim a quantidade exagerada em que o ator os utiliza no piloto. Chega uma hora que você não vê mais o propósito em ele estar fazendo todos aqueles gestos.


A dinâmica entre Sophia Bush e os dois protagonistas também está bem bacana. Acho que ela é o grande trunfo da série. No meio de tanto mais do mesmo, Ali é divertida, simpática, mandona, por vezes meio passiva e burrinha, esquentadinha... Enfim é algo que ainda não presenciamos em outro lugar e que com o passar do tempo pode acabar se tornando o diferencial de Partners, além de ser um grande coringa que cai como uma luva tanto nas cenas com Urie quanto nas com Krumholtz (Sabe aquele personagem que começa sem muito foco e depois acaba crescendo e se tornando o ápice da série, como Jack foi em Will & Grace? Pois é, assim que estou encarando Ali, muito também por acreditar no grande potencial de Sophia Bush).

Apesar de sempre ser ofuscado pelos colegas de trabalho, ainda conseguimos identificar a personalidade do personagem de David Krumholtz, o que não acontece com Brandon Routh que faz de Wyatt uma grande incógnita, pelo menos nesse piloto. O personagem que as vezes é meio bobalhão, em horas se mostra bem sagaz e denota que faz algumas coisas só para passar como mainstream ou para ser irônico, mas no fundo é bem espertinho. A dinâmica do personagem com Louis não funcionou, tampouco com Joe com o qual protagonizou a cena mais desconfortável desse piloto.

Colocando tudo na balança, sinceramente não sei dar uma opinião formada. Acho que é muito cedo. Se é para ser imparcial então digo que realmente a série é bem clichê, com muitos exageros e muita coisa para melhorar, e que todos fizemos alarde a toa, a série nem é tudo isso. Porém se é para ser parcial, digo que adoro comédias doas anos 90, sou fã incondicional de Will & Grace e encontrar todos esses fatores reunidos em um só lugar, me fez sentir muito bem assistindo esse piloto. Mais uma coisa... Curti muito as palminhas nas transições de cena.

No mais é isso, tentei ignorar os números de audiência para escrever essa review. Vamos torcer para que a série dê a volta por cima e que vocês continuem acompanhando as reviews. Até!


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1 comentários

  1. Não me lembrei do Jack em momento nenhum, até pq não simpatizava em nada com Will & Grace em geral, mas concordo que o clima noventista está lá e bateu muito bem, pena que a audiência não colabora.

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